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04/08/2005
-
10h57
da Folha Online
A explosão que matou 14 marines (fuzileiros navais) em Haditha (220 km da capital iraquiana, Bagdá), ocorrida nesta quarta-feira, mostra com que tipo de inimigo estão lidando os americanos: uma insurgência pesada e extremamente bem-armada.
De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal americano "The New York Times", o ataque contra os marines teve potência suficiente para destruir o veículo de guerra [que pesava 25 toneladas] em que estavam os soldados.
Segundo fontes do Exército americano ouvidas pelo jornal, nos últimos meses, as bombas usadas pelos rebeldes no Iraque aumentaram "significantemente em tamanho e sofisticação", o que pode invalidar a estratégia americana de usar pesados veículos de guerra para defender os militares durante as operações no país.
Mas a descoberta de que os rebeldes têm usado explosivos mais poderosos aconteceu há quase duas semanas, em 23 de julho último, quando uma grande bomba enterrada em uma estrada que liga um o aeroporto de Bagdá à região urbana da cidade, explodiu, atingindo um Humvee que transportava quatro soldados americanos, que morreram no ataque.
Essa bomba, segundo especialistas citados pelo "New York Times", tinha mais de 227 quilos, e provavelmente, origem da Rússia. A explosão causou um buraco na estrada com quase dois metros de profundidade e área de 1,5 m².
Apesar da ameaça, o Exército ainda conduz investigações iniciais sobre o assunto, e não há informações sobre as novas ações dos militares para evitar mortes de soldados americanos. Ontem, o presidente americano, George W. Bush, afirmou que a morte dos 14 marines não vai fazer com que haja uma retirada do contigente americano do Iraque.
Célula
Militares informaram ao jornal que o uso desse tipo de explosivos indica que há no Iraque uma nova célula insurgente, especializada na construção dessas bombas, e voltada para atacar patrulhas americanas. O principal foco de operação desse grupo é a capital Bagdá.
De acordo com o jornal americano, os insurgentes no Iraque estariam usando as mesmas técnicas de construção de bombas adotadas pelo Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano]. Um comandante do Exército informou ao "New York Times" que os artefatos explosivos "são muito semelhantes" aos que foram usados pelos libaneses contra Israel.
Por conta dessas suspeitas, os militares começaram a fazer investigações após os atentados ocorridos no Iraque mas os rebeldes, para confundir os especialistas, colocam várias bombas no mesmo ponto.
Com agências internacionais
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A explosão que matou 14 marines (fuzileiros navais) em Haditha (220 km da capital iraquiana, Bagdá), ocorrida nesta quarta-feira, mostra com que tipo de inimigo estão lidando os americanos: uma insurgência pesada e extremamente bem-armada.
De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal americano "The New York Times", o ataque contra os marines teve potência suficiente para destruir o veículo de guerra [que pesava 25 toneladas] em que estavam os soldados.
Segundo fontes do Exército americano ouvidas pelo jornal, nos últimos meses, as bombas usadas pelos rebeldes no Iraque aumentaram "significantemente em tamanho e sofisticação", o que pode invalidar a estratégia americana de usar pesados veículos de guerra para defender os militares durante as operações no país.
Mas a descoberta de que os rebeldes têm usado explosivos mais poderosos aconteceu há quase duas semanas, em 23 de julho último, quando uma grande bomba enterrada em uma estrada que liga um o aeroporto de Bagdá à região urbana da cidade, explodiu, atingindo um Humvee que transportava quatro soldados americanos, que morreram no ataque.
Essa bomba, segundo especialistas citados pelo "New York Times", tinha mais de 227 quilos, e provavelmente, origem da Rússia. A explosão causou um buraco na estrada com quase dois metros de profundidade e área de 1,5 m².
Apesar da ameaça, o Exército ainda conduz investigações iniciais sobre o assunto, e não há informações sobre as novas ações dos militares para evitar mortes de soldados americanos. Ontem, o presidente americano, George W. Bush, afirmou que a morte dos 14 marines não vai fazer com que haja uma retirada do contigente americano do Iraque.
Célula
Militares informaram ao jornal que o uso desse tipo de explosivos indica que há no Iraque uma nova célula insurgente, especializada na construção dessas bombas, e voltada para atacar patrulhas americanas. O principal foco de operação desse grupo é a capital Bagdá.
De acordo com o jornal americano, os insurgentes no Iraque estariam usando as mesmas técnicas de construção de bombas adotadas pelo Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano]. Um comandante do Exército informou ao "New York Times" que os artefatos explosivos "são muito semelhantes" aos que foram usados pelos libaneses contra Israel.
Por conta dessas suspeitas, os militares começaram a fazer investigações após os atentados ocorridos no Iraque mas os rebeldes, para confundir os especialistas, colocam várias bombas no mesmo ponto.
Com agências internacionais
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