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20/08/2005
-
08h43
MARCELO NINIO
da Folha de S.Paulo, em Neve Dekalim (Gaza)
Cada família retirada dos 21 assentamentos de Gaza e dos quatro no norte da Cisjordânia receberá em média uma indenização equivalente a R$ 1,18 milhão. A soma exata depende do tamanho da propriedade que possuíam.
Muitos dos habitantes dos assentamentos, especialmente os ultranacionalistas, que acreditaram até o fim que a retirada não ocorreria por conta de um milagre ou de uma reviravolta politica, se recusaram a atender aos apelos do governo e não entraram com pedidos de compensação nem de moradia provisória a que têm direito.
Ao longo desta semana, quando começou a remoção forçada dos últimos remanescentes, foi recorrente a reclamação de que o governo fracassou em providenciar locais para onde os colonos pudessem ir logo após a retirada. "Não me disseram nada, não faço idéia de onde dormirei amanhã", disse a dona-de-casa de origem etíope Tigis Cohen, da colônia de Neveh Dekalim.
"Panela de pressão"
Apesar das queixas, o governo não só avisou com bastante antecedência sobre a retirada como também preparou traileres que foram instalados nas proximidades da faixa de Gaza e reservou cerca de 2.500 quartos de hotel para os retirados que não têm para onde ir, que durante dez dias terão direito a pensão completa, alguns em hotéis de luxo. Em algumas cidades, como Jerusalém, praticamente todos os hotéis estão lotados em virtude da chegada dos ex-assentados.
"Ha três meses imploramos para que viessem tomar as providencias da retirada, sobretudo as relativas às moradias provisórias e ao pagamento das indenizações, mas eles se mantiveram indiferentes até a última hora", disse à Folha Raanan Guissin, porta-voz do premiê Ariel Sharon. "Mas, quando toda a turbulência passar e eles estiverem livres das pressões dos radicais, acredito que farão o que não fizeram enquanto estiveram dentro daquela panela de pressão em que Gaza se transformou."
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Artigo: Retirada de Gaza, demonstração unilateral
Artigo: Israel deixa Gaza, mas ocupação continua
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Cada família de colonos judeus pode receber mais de R$ 1 mi
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da Folha de S.Paulo, em Neve Dekalim (Gaza)
Cada família retirada dos 21 assentamentos de Gaza e dos quatro no norte da Cisjordânia receberá em média uma indenização equivalente a R$ 1,18 milhão. A soma exata depende do tamanho da propriedade que possuíam.
Muitos dos habitantes dos assentamentos, especialmente os ultranacionalistas, que acreditaram até o fim que a retirada não ocorreria por conta de um milagre ou de uma reviravolta politica, se recusaram a atender aos apelos do governo e não entraram com pedidos de compensação nem de moradia provisória a que têm direito.
Ao longo desta semana, quando começou a remoção forçada dos últimos remanescentes, foi recorrente a reclamação de que o governo fracassou em providenciar locais para onde os colonos pudessem ir logo após a retirada. "Não me disseram nada, não faço idéia de onde dormirei amanhã", disse a dona-de-casa de origem etíope Tigis Cohen, da colônia de Neveh Dekalim.
"Panela de pressão"
Apesar das queixas, o governo não só avisou com bastante antecedência sobre a retirada como também preparou traileres que foram instalados nas proximidades da faixa de Gaza e reservou cerca de 2.500 quartos de hotel para os retirados que não têm para onde ir, que durante dez dias terão direito a pensão completa, alguns em hotéis de luxo. Em algumas cidades, como Jerusalém, praticamente todos os hotéis estão lotados em virtude da chegada dos ex-assentados.
"Ha três meses imploramos para que viessem tomar as providencias da retirada, sobretudo as relativas às moradias provisórias e ao pagamento das indenizações, mas eles se mantiveram indiferentes até a última hora", disse à Folha Raanan Guissin, porta-voz do premiê Ariel Sharon. "Mas, quando toda a turbulência passar e eles estiverem livres das pressões dos radicais, acredito que farão o que não fizeram enquanto estiveram dentro daquela panela de pressão em que Gaza se transformou."
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