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04/09/2005
-
19h12
da Folha Online
Após uma semana de silêncio a respeito do número de mortos na passagem do furacão Katrina, que devastou o sul dos EUA, autoridades do estado da Louisiana anunciaram neste domingo que foram confirmadas 59 mortes.
"É um número pequeno e todos sabem que ele vai aumentar", afirmou Fred Cerise, secretário do Departamento de Saúde e Hospitais da Louisiana. "O número de hoje é apenas o início da descrição e contagem da tragédia".
Autoridades locais, estaduais e federais afirmaram esperar milhares de mortos em decorrência da passagem do Katrina.
Neste domingo, soldados e equipes de resgate continuavam a recolher corpos abandonados nas ruas inundadas de Nova Orleans. Autoridades alertam para que a população se prepare para o pior quando toda a água for removida.
"Serão cenas horríveis, nunca antes vistas neste país, possivelmente com a exceção de 11 de Setembro", afirmou o secretário de Segurança Interior, Michael Chertoff, em referência aos ataques terroristas de 2001, que mataram quase 3.000 pessoas.
"Realmente, quero que a população saiba que teremos dias difíceis pela frente", afirmou Chertoff neste domingo à rede de TV americana Fox News.
Campanha
Diante de um possível balanço de mais de 10 mil mortos, o governo do presidente George W. Bush deu início a uma ação de relações públicas para rebater as críticas sobre a demora na resposta à catástrofe.
Chertoff fez campanha neste domingo nos programas matinais da televisão americana, enquanto a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, visitaram as áreas afetadas. Nesta segunda-feira, Bush inspecionará pela terceira vez a região.
Em declarações à imprensa em Metaire, Louisiana, Chertoff anunciou que Nova Orleans será completamente esvaziada, à força se necessário.
As autoridades haviam ordenado aos 485 mil habitantes de Nova Orleans --1,4 milhões na área metropolitana-- que abandonassem a cidade, construída abaixo do nível do mar, diante da chegada do furacão, mas milhares não puderam ou não quiseram sair.
A Louisiana e o Mississipi foram os Estados mais atingidos pela passagem do Katrina, que atingiu a costa do Golfo na última segunda-feira (29).
Retirada
Neste final de semana, equipes terminaram o resgate por terra e por ar dos últimos 10 mil sobreviventes que estavam há quase uma semana no estádio Superdome e no Centro de Convenções de Nova Orleans.
"Temos que drenar esta cidade. Temos que retirar todos esses cadáveres da água", afirmou o prefeito, Ray Nagin à rede de TV CNN. Autoridades estimam que devem demorar vários meses para que a água seja totalmente retirada da cidade.
Dezenas de milhares de pessoas já foram retiradas da cidade. O governador do Texas, Rick Perry, afirmou que cerca de 120 mil desabrigados pelo furacão estão em 97 abrigos em todo o Estado, enquanto outros 100 mil estão em hotéis e motéis. Outros sobreviventes estão nos Estados do Tennessee, Indiana e Arkansas.
"Basicamente, estamos mudando a cidade de Nova Orleans para outras partes do país", afirmou Chertoff à Fox News.
Tropas
Neste sábado, o presidente dos EUA, George W. Bush, ordenou o envio de 5.200 membros de tropas regulares do Exército e outros 2.000 marines para a região. Cerca de 300 soldados que estavam no Afeganistão e Iraque também foram ordenados a retornar para ajudar famílias no Golfo do México.
Segundo o general Steven Blum, chefe do Departamento de Guarda Nacional do Pentágono, anunciou que outros 10 mil membros da Guarda Nacional devem ser enviados à região dentro de três ou quatro dias --elevando o número para 40 mil.
O FBI [polícia federal americana] prometeu restaurar a lei e a ordem em Nova Orleans, combatendo qualquer terrorista, agente de informação estrangeiro ou criminoso que tentar se aproveitar do colapso das estruturas de organização da cidade devastada.
Quanto às perdas econômicas, a Gestão de Risco, companhia especializada em calcular o impacto das catástrofes naturais, estimou neste sábado em US$ 100 bilhões os danos causados pelo Katrina.
Essas cifras o transformariam no furacão mais devastador da história e no fenômeno natural mais prejudicial para a economia dos Estados Unidos.
Com agências internacionais
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Após uma semana de silêncio a respeito do número de mortos na passagem do furacão Katrina, que devastou o sul dos EUA, autoridades do estado da Louisiana anunciaram neste domingo que foram confirmadas 59 mortes.
"É um número pequeno e todos sabem que ele vai aumentar", afirmou Fred Cerise, secretário do Departamento de Saúde e Hospitais da Louisiana. "O número de hoje é apenas o início da descrição e contagem da tragédia".
Autoridades locais, estaduais e federais afirmaram esperar milhares de mortos em decorrência da passagem do Katrina.
Neste domingo, soldados e equipes de resgate continuavam a recolher corpos abandonados nas ruas inundadas de Nova Orleans. Autoridades alertam para que a população se prepare para o pior quando toda a água for removida.
"Serão cenas horríveis, nunca antes vistas neste país, possivelmente com a exceção de 11 de Setembro", afirmou o secretário de Segurança Interior, Michael Chertoff, em referência aos ataques terroristas de 2001, que mataram quase 3.000 pessoas.
"Realmente, quero que a população saiba que teremos dias difíceis pela frente", afirmou Chertoff neste domingo à rede de TV americana Fox News.
Campanha
Diante de um possível balanço de mais de 10 mil mortos, o governo do presidente George W. Bush deu início a uma ação de relações públicas para rebater as críticas sobre a demora na resposta à catástrofe.
Chertoff fez campanha neste domingo nos programas matinais da televisão americana, enquanto a secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, visitaram as áreas afetadas. Nesta segunda-feira, Bush inspecionará pela terceira vez a região.
Em declarações à imprensa em Metaire, Louisiana, Chertoff anunciou que Nova Orleans será completamente esvaziada, à força se necessário.
As autoridades haviam ordenado aos 485 mil habitantes de Nova Orleans --1,4 milhões na área metropolitana-- que abandonassem a cidade, construída abaixo do nível do mar, diante da chegada do furacão, mas milhares não puderam ou não quiseram sair.
A Louisiana e o Mississipi foram os Estados mais atingidos pela passagem do Katrina, que atingiu a costa do Golfo na última segunda-feira (29).
Retirada
Neste final de semana, equipes terminaram o resgate por terra e por ar dos últimos 10 mil sobreviventes que estavam há quase uma semana no estádio Superdome e no Centro de Convenções de Nova Orleans.
"Temos que drenar esta cidade. Temos que retirar todos esses cadáveres da água", afirmou o prefeito, Ray Nagin à rede de TV CNN. Autoridades estimam que devem demorar vários meses para que a água seja totalmente retirada da cidade.
Dezenas de milhares de pessoas já foram retiradas da cidade. O governador do Texas, Rick Perry, afirmou que cerca de 120 mil desabrigados pelo furacão estão em 97 abrigos em todo o Estado, enquanto outros 100 mil estão em hotéis e motéis. Outros sobreviventes estão nos Estados do Tennessee, Indiana e Arkansas.
"Basicamente, estamos mudando a cidade de Nova Orleans para outras partes do país", afirmou Chertoff à Fox News.
Tropas
Neste sábado, o presidente dos EUA, George W. Bush, ordenou o envio de 5.200 membros de tropas regulares do Exército e outros 2.000 marines para a região. Cerca de 300 soldados que estavam no Afeganistão e Iraque também foram ordenados a retornar para ajudar famílias no Golfo do México.
Segundo o general Steven Blum, chefe do Departamento de Guarda Nacional do Pentágono, anunciou que outros 10 mil membros da Guarda Nacional devem ser enviados à região dentro de três ou quatro dias --elevando o número para 40 mil.
O FBI [polícia federal americana] prometeu restaurar a lei e a ordem em Nova Orleans, combatendo qualquer terrorista, agente de informação estrangeiro ou criminoso que tentar se aproveitar do colapso das estruturas de organização da cidade devastada.
Quanto às perdas econômicas, a Gestão de Risco, companhia especializada em calcular o impacto das catástrofes naturais, estimou neste sábado em US$ 100 bilhões os danos causados pelo Katrina.
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Com agências internacionais
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