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17/02/2006
-
18h45
da Efe, em Nova York
da Folha Online
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aplaudiu nesta sexta-feira a paciência do povo haitiano pela espera dos resultados eleitorais e felicitou René Préval por sua vitória no pleito presidencial.
Os 15 membros do CS emitiram uma declaração à imprensa para felicitar os haitianos pelo "compromisso demonstrado com a democracia" e deram os parabéns a Préval, que, com 51,15% dos votos, foi proclamado presidente eleito do Haiti.
"Esperamos trabalhar com o novo governo para ajudar os haitianos a construir um melhor futuro para seu país", diz a declaração lida pelo presidente rotativo do conselho, o embaixador dos EUA, John Bolton.
O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti proclamou Préval presidente eleito ontem, após firmar um acordo com o governo interino para a distribuição dos votos em branco proporcionalmente entre todos os candidatos.
A repartição dos votos em branco permitiu que Préval --líder do partido Lespwa (Esperança) e ex-aliado do presidente deposto Jean Bertrand Aristide-- alcançasse a maioria absoluta e evitasse um segundo turno.
Ressalva
Ontem, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, classificou como "razoável" a decisão de proclamar o candidato René Préval como presidente eleito do Haiti.
Em declarações à imprensa, após almoço com os membros do Conselho de Segurança do órgão, Annan manifestou que a decisão foi tomada levando em conta as circunstâncias existentes no Haiti após as eleições do último dia 7.
"Foi uma maneira razoável de tentar resolver um problema que poderia ter levado a inúmeros confrontos e a um nível maior de violência entre os haitianos", avaliou.
Annan ressaltou que o procedimento foi desenvolvido com base na Constituição haitiana e com a assessoria do Ministério da Justiça do Haiti. Também reconheceu que Leslie Manigat, que ficou em segundo lugar nas votações, já se pronunciou contrário aos resultados, e que "por isso serão necessárias mais discussões no futuro".
Manigat classificou o resultado das votações como "um golpe de Estado", após considerar que seu direito a disputar a Presidência do Haiti em um segundo turno eleitoral "foi confiscado por uma manipulação das estatísticas".
Aparição
René Préval fez uma rápida aparição pública nesta sexta-feira em Porto Príncipe, mas não deu declarações e anunciou que só falará à imprensa na próxima quarta-feira (22).
"Sem entrevista coletiva hoje, responderei na quarta-feira [22]", declarou Préval, 63, à pequena aglomeração de jornalistas que o cercou. Falando inicialmente em crioulo, ele repetiu a proposta em francês, inglês e espanhol.
Visivelmente à vontade, o futuro presidente, que usava uma camisa pólo listrada e jeans cinza, foi cercado pelos jornalistas, a quem cumprimentou com um aperto de mão e sorrindo.
Cooperação
A França renovou nesta sexta-feira seu compromisso de trabalhar, "ao lado das autoridades recém-eleitas" do Haiti, "no restabelecimento da segurança, o Estado de direito e o desenvolvimento econômico e social" do país, após a proclamação da vitória de Préval.
Ao dar boas-vindas à eleição de Préval como presidente, a França o convidou a manter "um diálogo" com todas as forças políticas haitianas para "permitir a reconciliação nacional".
As autoridades francesas "desejam que o processo democrático em curso, em particular com as eleições parlamentares, possa continuar em condições de transparência e legalidade", acrescentou o porta-voz do Ministério de Exteriores da França em uma declaração.
A Chancelaria francesa reiterou o compromisso do país de trabalhar com as novas autoridades haitianas a favor da restauração da segurança, o Estado de direito e o desenvolvimento econômico e social do país caribenho.
Sem ingerências
Cuba cumprimentou nesta sexta-feira a proclamação de Préval como presidente eleito e desejou que o dirigente possa governar o país sem ingerências externas.
"Tomara que o deixem governar agora, sem ingerência nos assuntos internos do Haiti. Que fique restabelecida também a possibilidade desse povo de seguir adiante", disse o presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, em declarações à agência Prensa Latina.
Alarcón lembrou que Cuba manteve boas relações com o governo de Préval durante seu mandato anterior (1996-2001), e ressaltou que desta vez seus adversários políticos se viram obrigados a reconhecer sua vitória eleitoral por "uma grande margem".
De acordo com a opinião do presidente do Parlamento cubano, o Haiti necessita agora de menos tropas e mais cooperação internacional com médicos e educadores para impulsionar seu crescimento e melhorar as condições de vida da população.
Centenas de médicos cubanos prestam serviço em zonas do Haiti, país com o qual o governo de Havana sempre manteve boas relações.
Com agências internacionais
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Conselho da ONU elogia paciência dos haitianos e felicita Préval
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da Folha Online
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aplaudiu nesta sexta-feira a paciência do povo haitiano pela espera dos resultados eleitorais e felicitou René Préval por sua vitória no pleito presidencial.
Os 15 membros do CS emitiram uma declaração à imprensa para felicitar os haitianos pelo "compromisso demonstrado com a democracia" e deram os parabéns a Préval, que, com 51,15% dos votos, foi proclamado presidente eleito do Haiti.
"Esperamos trabalhar com o novo governo para ajudar os haitianos a construir um melhor futuro para seu país", diz a declaração lida pelo presidente rotativo do conselho, o embaixador dos EUA, John Bolton.
O Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do Haiti proclamou Préval presidente eleito ontem, após firmar um acordo com o governo interino para a distribuição dos votos em branco proporcionalmente entre todos os candidatos.
A repartição dos votos em branco permitiu que Préval --líder do partido Lespwa (Esperança) e ex-aliado do presidente deposto Jean Bertrand Aristide-- alcançasse a maioria absoluta e evitasse um segundo turno.
Ressalva
Ontem, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, classificou como "razoável" a decisão de proclamar o candidato René Préval como presidente eleito do Haiti.
Em declarações à imprensa, após almoço com os membros do Conselho de Segurança do órgão, Annan manifestou que a decisão foi tomada levando em conta as circunstâncias existentes no Haiti após as eleições do último dia 7.
Reuters |
René Préval, declarado presidente do Haiti |
Annan ressaltou que o procedimento foi desenvolvido com base na Constituição haitiana e com a assessoria do Ministério da Justiça do Haiti. Também reconheceu que Leslie Manigat, que ficou em segundo lugar nas votações, já se pronunciou contrário aos resultados, e que "por isso serão necessárias mais discussões no futuro".
Manigat classificou o resultado das votações como "um golpe de Estado", após considerar que seu direito a disputar a Presidência do Haiti em um segundo turno eleitoral "foi confiscado por uma manipulação das estatísticas".
Aparição
René Préval fez uma rápida aparição pública nesta sexta-feira em Porto Príncipe, mas não deu declarações e anunciou que só falará à imprensa na próxima quarta-feira (22).
"Sem entrevista coletiva hoje, responderei na quarta-feira [22]", declarou Préval, 63, à pequena aglomeração de jornalistas que o cercou. Falando inicialmente em crioulo, ele repetiu a proposta em francês, inglês e espanhol.
Visivelmente à vontade, o futuro presidente, que usava uma camisa pólo listrada e jeans cinza, foi cercado pelos jornalistas, a quem cumprimentou com um aperto de mão e sorrindo.
Cooperação
A França renovou nesta sexta-feira seu compromisso de trabalhar, "ao lado das autoridades recém-eleitas" do Haiti, "no restabelecimento da segurança, o Estado de direito e o desenvolvimento econômico e social" do país, após a proclamação da vitória de Préval.
Ao dar boas-vindas à eleição de Préval como presidente, a França o convidou a manter "um diálogo" com todas as forças políticas haitianas para "permitir a reconciliação nacional".
As autoridades francesas "desejam que o processo democrático em curso, em particular com as eleições parlamentares, possa continuar em condições de transparência e legalidade", acrescentou o porta-voz do Ministério de Exteriores da França em uma declaração.
A Chancelaria francesa reiterou o compromisso do país de trabalhar com as novas autoridades haitianas a favor da restauração da segurança, o Estado de direito e o desenvolvimento econômico e social do país caribenho.
Sem ingerências
Cuba cumprimentou nesta sexta-feira a proclamação de Préval como presidente eleito e desejou que o dirigente possa governar o país sem ingerências externas.
"Tomara que o deixem governar agora, sem ingerência nos assuntos internos do Haiti. Que fique restabelecida também a possibilidade desse povo de seguir adiante", disse o presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, em declarações à agência Prensa Latina.
Alarcón lembrou que Cuba manteve boas relações com o governo de Préval durante seu mandato anterior (1996-2001), e ressaltou que desta vez seus adversários políticos se viram obrigados a reconhecer sua vitória eleitoral por "uma grande margem".
De acordo com a opinião do presidente do Parlamento cubano, o Haiti necessita agora de menos tropas e mais cooperação internacional com médicos e educadores para impulsionar seu crescimento e melhorar as condições de vida da população.
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Com agências internacionais
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