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22/02/2006
-
14h43
da Folha Online
O porta-voz do Ministério israelense das Relações Exteriores, Mark Regev, disse hoje que seu país tentará bloquear a ajuda financeira que o Irã ofereceu ao governo palestino (ANP), e chamou o "empréstimo de investimento terrorista" --referindo-se ao Hamas, que lidera o Parlamento palestino.
Segundo Regev, considerando que "o dinheiro estará sendo revertido para uma liderança terrorista" [como o Hamas é classificado por Israel, Estados Unidos e União Européia], Israel terá o direito de "utilizar todos os meios legais para impedir que o dinheiro chegue a seu destino".
Fazendo coro à pressão contra o Irã, o premiê interino de Israel, Ehud Olmert, qualificou nesta quarta-feira o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de "anti-semita, racista e inimigo de Israel", segundo a rádio militar israelense. "Não vale a pena empreender uma competição de declarações polêmicas com ele", afirmou Olmert ao Comitê de Defesa e Assuntos Internacionais do Parlamento.
Recentemente, Ahmadinejad causou a indignação da comunidade internacional ao dizer que Israel deveria ser "riscado do mapa" e ao duvidar da existência do Holocausto-- no qual morreram 6 milhões de judeus.
Durante o discurso no Parlamento, Olmert disse ainda que Israel continuará a pressionar os palestinos com ações diplomáticas, e não militares. Em uma reunião fechada de governo, o premiê afirmou que a ANP foi "contaminada pelo terror" depois que o Hamas tomou posse no Parlamento. No entanto, segundo o Olmert, o grupo "não é uma ameaça" para Israel.
Comunidade internacional legítima
Regev afirmou ainda que a liderança palestina deve decidir se quer fazer parte da "comunidade internacional legítima" ou se deseja, "por suas próprias ações, alinhar-se com nações que são párias internacionais [referindo-se a países acusados de desenvolver ações terroristas]".
Israel diz considerar o Irã um "pária internacional" devido a seu apoio a grupos como o Hamas e o Hizbollah, e acusa o país de produzir armas nucleares --acusação negada por Teerã.
Oferta
As declarações do ministério israelense foram dadas um dia depois de o Irã oferecer ajuda financeira à Autoridade Nacional Palestina (ANP). A oferta foi anunciada pelo secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Larijani, após uma reunião com Khaled Mashaal, líder político do Hamas.
O Irã fez sua oferta três dias depois que Israel --como represália ao Hamas, que agora tem maioria no Parlamento-- aprovou sanções financeiras a palestinos com o corte mensal de US$ 50 milhões mensais arrecadados em impostos à ANP, revertidos para o pagamento de 140 mil trabalhadores.
Os EUA também se recusaram a fornecer verbas ao governo palestino enquanto o Hamas não renunciar à violência, reconhecer o direito de existência de Israel e aceitar os termos do acordo de paz entre os dois Estados.
"Os EUA provaram que não irão apoiar a democracia, cortando a ajuda financeira ao governo palestino depois da vitória do Hamas nas eleições. Nós certamente ajudaremos os palestinos", disse Larijani.
"Independência"
Apesar das ameaças de Israel, o Hamas afirmou, nesta quarta-feira, que já recebeu pequenas quantidades de verbas vindas do Irã. Segundo o grupo, o governo não quer receber grande volume de dinheiro iraniano porque deseja "preservar sua independência."
Israel e os EUA freqüentemente acusam o Irã de fornecer ajuda financeira e material ao Hamas, mas o Teerã sempre alegou que seu apoio ao grupo era apenas "ideológico".
Com agências internacionais
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O porta-voz do Ministério israelense das Relações Exteriores, Mark Regev, disse hoje que seu país tentará bloquear a ajuda financeira que o Irã ofereceu ao governo palestino (ANP), e chamou o "empréstimo de investimento terrorista" --referindo-se ao Hamas, que lidera o Parlamento palestino.
Segundo Regev, considerando que "o dinheiro estará sendo revertido para uma liderança terrorista" [como o Hamas é classificado por Israel, Estados Unidos e União Européia], Israel terá o direito de "utilizar todos os meios legais para impedir que o dinheiro chegue a seu destino".
Fazendo coro à pressão contra o Irã, o premiê interino de Israel, Ehud Olmert, qualificou nesta quarta-feira o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de "anti-semita, racista e inimigo de Israel", segundo a rádio militar israelense. "Não vale a pena empreender uma competição de declarações polêmicas com ele", afirmou Olmert ao Comitê de Defesa e Assuntos Internacionais do Parlamento.
Recentemente, Ahmadinejad causou a indignação da comunidade internacional ao dizer que Israel deveria ser "riscado do mapa" e ao duvidar da existência do Holocausto-- no qual morreram 6 milhões de judeus.
Durante o discurso no Parlamento, Olmert disse ainda que Israel continuará a pressionar os palestinos com ações diplomáticas, e não militares. Em uma reunião fechada de governo, o premiê afirmou que a ANP foi "contaminada pelo terror" depois que o Hamas tomou posse no Parlamento. No entanto, segundo o Olmert, o grupo "não é uma ameaça" para Israel.
Comunidade internacional legítima
Regev afirmou ainda que a liderança palestina deve decidir se quer fazer parte da "comunidade internacional legítima" ou se deseja, "por suas próprias ações, alinhar-se com nações que são párias internacionais [referindo-se a países acusados de desenvolver ações terroristas]".
Israel diz considerar o Irã um "pária internacional" devido a seu apoio a grupos como o Hamas e o Hizbollah, e acusa o país de produzir armas nucleares --acusação negada por Teerã.
Oferta
As declarações do ministério israelense foram dadas um dia depois de o Irã oferecer ajuda financeira à Autoridade Nacional Palestina (ANP). A oferta foi anunciada pelo secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Larijani, após uma reunião com Khaled Mashaal, líder político do Hamas.
O Irã fez sua oferta três dias depois que Israel --como represália ao Hamas, que agora tem maioria no Parlamento-- aprovou sanções financeiras a palestinos com o corte mensal de US$ 50 milhões mensais arrecadados em impostos à ANP, revertidos para o pagamento de 140 mil trabalhadores.
Os EUA também se recusaram a fornecer verbas ao governo palestino enquanto o Hamas não renunciar à violência, reconhecer o direito de existência de Israel e aceitar os termos do acordo de paz entre os dois Estados.
"Os EUA provaram que não irão apoiar a democracia, cortando a ajuda financeira ao governo palestino depois da vitória do Hamas nas eleições. Nós certamente ajudaremos os palestinos", disse Larijani.
"Independência"
Apesar das ameaças de Israel, o Hamas afirmou, nesta quarta-feira, que já recebeu pequenas quantidades de verbas vindas do Irã. Segundo o grupo, o governo não quer receber grande volume de dinheiro iraniano porque deseja "preservar sua independência."
Israel e os EUA freqüentemente acusam o Irã de fornecer ajuda financeira e material ao Hamas, mas o Teerã sempre alegou que seu apoio ao grupo era apenas "ideológico".
Com agências internacionais
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