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24/02/2006
-
12h27
da Folha Online
O toque de recolher imposto a Bagdá, associado a um chamado de calma feito por clérigos aos muçulmanos em várias partes do Iraque, gerou certa calmaria na onda de violência de caráter religioso que deixou cerca de 200 mortos em três dias.
Os conflitos tiveram início na última quarta-feira (22), quando uma explosão deixou em ruínas um dos mais importantes santuários xiitas no Iraque. Em resposta, muçulmanos xiitas desencadearam uma onda de represália a grupos sunitas, com ataques a várias mesquitas e confrontos entre as duas facções religiosas.
Apesar disso, milhares de xiitas simpatizantes do clérigo radical Moqtada al Sadr ignoraram o pedido de boicote a marchas para as rezas semanais nas ruas do distrito de Sadr City, na capital Bagdá, e membros do Exército Mehdi [de Al Sadr] se envolveram em confrontos que deixaram mais vítimas. Nesta sexta-feira, Al Sadr disse a seus seguidores: "Nós somos irmãos, não inimigos".
Dezenas de ataques xiitas em represália a minorias sunitas voltaram a ocorrer nesta sexta-feira, mas nada comparado à sangrenta explosão de revolta ocorrida logo após o ataque ao santuário xiita.
De acordo com a polícia, 20 pessoas foram mortas nas cercanias de Bagdá nesta madrugada, uma queda significativa se esse número for confrontado com os 180 mortos registrados entre quarta e quinta-feira, numa onda de violência e medo que não se via na região desde a invasão do país pelos Estados Unidos, em 2003.
Milhares de membros do Exército iraquiano bloquearam ruas por toda Bagdá e cercaram regiões vizinhas, observados por militares americanos. Forçados pelas ações dos rebeldes, o Exército iraquiano testa sua capacidade de intervir em situações de extrema violência, muito próximas a uma guerra civil.
Na região de Basra, sul do país, onde nos últimos dias várias confrontos entre xiitas e sunitas foram registrados, nenhum relato de violência foi detectado até o momento, apesar da ausência do toque de recolher.
Bagdá
Nesta sexta-feira, as ruas do centro de Bagdá --e as mesquitas, principal alvo dos manifestantes-- estavam desertas, mas nas regiões vizinhas, onde as pessoas estavam menos amedrontadas, grupos de xiitas e sunitas saíram às ruas em direção a suas mesquitas para as orações de sexta-feira [dia sagrado para os muçulmanos] e para ouvir os sermões dos clérigos, que pediram calma e união, na tentativa de evitar uma drástica divisão entre as duas facções religiosas.
"Qualquer um que ataca um muçulmano não é muçulmano, e quem ataca mesquitas e locais sagrados obrigatoriamente terá sua punição", informava um comunicado de Al Sadr.
Em um comunicado, Abdul Aziz al Hakim, líder do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica no Iraque, afirmou que quem promoveu o ataque contra a mesquita em Samarra na quarta-feira (22) "não representa os sunitas no Iraque".
Al Hakim acusou os partidários do ex-ditador Saddam Hussein e os seguidores do líder da Al Qaeda no Iraque, Musab al Zarqawi. "Nós temos que nos unir para eliminá-los", afirmou.
Com agências internacionais
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O toque de recolher imposto a Bagdá, associado a um chamado de calma feito por clérigos aos muçulmanos em várias partes do Iraque, gerou certa calmaria na onda de violência de caráter religioso que deixou cerca de 200 mortos em três dias.
Os conflitos tiveram início na última quarta-feira (22), quando uma explosão deixou em ruínas um dos mais importantes santuários xiitas no Iraque. Em resposta, muçulmanos xiitas desencadearam uma onda de represália a grupos sunitas, com ataques a várias mesquitas e confrontos entre as duas facções religiosas.
Reuters |
Iraquianas exibem cartaz com foto do líder Moqtada al Sadr após orações em Najaf |
Dezenas de ataques xiitas em represália a minorias sunitas voltaram a ocorrer nesta sexta-feira, mas nada comparado à sangrenta explosão de revolta ocorrida logo após o ataque ao santuário xiita.
De acordo com a polícia, 20 pessoas foram mortas nas cercanias de Bagdá nesta madrugada, uma queda significativa se esse número for confrontado com os 180 mortos registrados entre quarta e quinta-feira, numa onda de violência e medo que não se via na região desde a invasão do país pelos Estados Unidos, em 2003.
Milhares de membros do Exército iraquiano bloquearam ruas por toda Bagdá e cercaram regiões vizinhas, observados por militares americanos. Forçados pelas ações dos rebeldes, o Exército iraquiano testa sua capacidade de intervir em situações de extrema violência, muito próximas a uma guerra civil.
Na região de Basra, sul do país, onde nos últimos dias várias confrontos entre xiitas e sunitas foram registrados, nenhum relato de violência foi detectado até o momento, apesar da ausência do toque de recolher.
Bagdá
Nesta sexta-feira, as ruas do centro de Bagdá --e as mesquitas, principal alvo dos manifestantes-- estavam desertas, mas nas regiões vizinhas, onde as pessoas estavam menos amedrontadas, grupos de xiitas e sunitas saíram às ruas em direção a suas mesquitas para as orações de sexta-feira [dia sagrado para os muçulmanos] e para ouvir os sermões dos clérigos, que pediram calma e união, na tentativa de evitar uma drástica divisão entre as duas facções religiosas.
"Qualquer um que ataca um muçulmano não é muçulmano, e quem ataca mesquitas e locais sagrados obrigatoriamente terá sua punição", informava um comunicado de Al Sadr.
Em um comunicado, Abdul Aziz al Hakim, líder do Supremo Conselho para a Revolução Islâmica no Iraque, afirmou que quem promoveu o ataque contra a mesquita em Samarra na quarta-feira (22) "não representa os sunitas no Iraque".
Al Hakim acusou os partidários do ex-ditador Saddam Hussein e os seguidores do líder da Al Qaeda no Iraque, Musab al Zarqawi. "Nós temos que nos unir para eliminá-los", afirmou.
Com agências internacionais
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