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25/02/2006
-
09h14
da Folha Online
Apesar de o governo iraquiano ter mantido o toque de recolher, na tentativa de conter a violência entre xiitas e sunitas --que já deixou mais de 200 mortos após a explosão de um santuário xiita--, 12 corpos de uma mesma família foram encontrados em Bagdá neste sábado.
Também em Bagdá, a polícia encontrou os corpos de 14 agentes nas imediações de uma mesquita sunita. Ao que tudo indica, as vítimas morreram durante confronto contra um grupo de xiitas.
O crime contra a família ocorreu na cidade de Baquba, 60 quilômetros ao nordeste de Bagdá, mesmo local onde nesta quinta-feira outras 16 pessoas morreram [entre elas oito soldados iraquianos] e 20 ficaram feridas na explosão de uma bomba.
A polícia iraquiana investiga o caso, mas, aparentemente, os agressores invadiram a casa e dispararam contra a família. Outras informações dão conta que as vítimas eram agricultores e que teriam sido mortos quando trabalhavam em uma plantação. Segundo informações de vizinhos, dos 12 mortos, nove eram xiitas e três sunitas [é freqüente o casamento entre muçulmanos xiitas e sunitas em regiões habitadas por membros das duas facções religiosas].
Em Karbala, a explosão de um carro-bomba causou a morte de oito pessoas. Já em Bagdá, várias pessoas morreram quando participavam do funeral da jornalista Atuar Bahjat, da Al Arabyia, que morreu na última quinta-feira durante conflitos entre xiitas e sunitas. O cortejo de homenagem à jornalista virou um verdadeiro campo de batalha. Primeiro, homens armados atacaram a tiros o grupo que acompanhava o funeral. Após o enterro, um carro-bomba foi detonado no local. Entre as vítimas haveria muitos membros das forças de segurança iraquiana.
Os conflitos entre xiitas e sunita tiveram início na última quarta-feira (22), quando uma explosão deixou em ruínas um dos mais importantes santuários xiitas no Iraque, o Al Askari, que fica em Samarra (125 km ao norte de Bagdá). Em resposta, muçulmanos xiitas desencadearam uma onda de represália a grupos sunitas, com ataques a várias mesquitas e confrontos.
O santuário Al Askari é um dos quatro maiores e mais importantes para os xiitas iraquianos, e tem significado especial porque dois dos 12 imãs reverenciados como figuras predominantes para os xiitas estão enterrados no local: Ali al Hadi, que morreu em 868 d.C., e seu filho e 11º imã, Hassan al Askari.
Bagdá
Durante a madrugada deste sábado, outros incidentes em mesquitas sunitas foram registrados em Bagdá e em Províncias vizinhas. Entre os locais atacados estão a mesquita de Abu Hanifa, a mais importante de Bagdá para os sunitas.
Também houve ataque contra a casa de Harith al Dari, líder da Associação dos Clérigos sunitas, que deixou feridos.
Com agências internacionais
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Apesar de o governo iraquiano ter mantido o toque de recolher, na tentativa de conter a violência entre xiitas e sunitas --que já deixou mais de 200 mortos após a explosão de um santuário xiita--, 12 corpos de uma mesma família foram encontrados em Bagdá neste sábado.
Também em Bagdá, a polícia encontrou os corpos de 14 agentes nas imediações de uma mesquita sunita. Ao que tudo indica, as vítimas morreram durante confronto contra um grupo de xiitas.
O crime contra a família ocorreu na cidade de Baquba, 60 quilômetros ao nordeste de Bagdá, mesmo local onde nesta quinta-feira outras 16 pessoas morreram [entre elas oito soldados iraquianos] e 20 ficaram feridas na explosão de uma bomba.
Thaier al Sudani/Reuters |
Policial vigia rua de Bagdá no segundo dia de toque de recolher; 12 pessoas morreram |
Em Karbala, a explosão de um carro-bomba causou a morte de oito pessoas. Já em Bagdá, várias pessoas morreram quando participavam do funeral da jornalista Atuar Bahjat, da Al Arabyia, que morreu na última quinta-feira durante conflitos entre xiitas e sunitas. O cortejo de homenagem à jornalista virou um verdadeiro campo de batalha. Primeiro, homens armados atacaram a tiros o grupo que acompanhava o funeral. Após o enterro, um carro-bomba foi detonado no local. Entre as vítimas haveria muitos membros das forças de segurança iraquiana.
Os conflitos entre xiitas e sunita tiveram início na última quarta-feira (22), quando uma explosão deixou em ruínas um dos mais importantes santuários xiitas no Iraque, o Al Askari, que fica em Samarra (125 km ao norte de Bagdá). Em resposta, muçulmanos xiitas desencadearam uma onda de represália a grupos sunitas, com ataques a várias mesquitas e confrontos.
O santuário Al Askari é um dos quatro maiores e mais importantes para os xiitas iraquianos, e tem significado especial porque dois dos 12 imãs reverenciados como figuras predominantes para os xiitas estão enterrados no local: Ali al Hadi, que morreu em 868 d.C., e seu filho e 11º imã, Hassan al Askari.
Bagdá
Durante a madrugada deste sábado, outros incidentes em mesquitas sunitas foram registrados em Bagdá e em Províncias vizinhas. Entre os locais atacados estão a mesquita de Abu Hanifa, a mais importante de Bagdá para os sunitas.
Também houve ataque contra a casa de Harith al Dari, líder da Associação dos Clérigos sunitas, que deixou feridos.
Com agências internacionais
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