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27/03/2006
-
19h02
da France Presse, em Jerusalém
Enquanto os grandes partidos israelenses tentam conquistar votos prometendo segurança ou a separação definitiva dos palestinos, os líderes do Folha Verde apostam na legalização da maconha, um projeto rebelde e ousado com o qual eles têm chances de entrar no Parlamento.
Criado em 1999, o partido participa pela terceira vez das eleições e, segundo pesquisas, poderia conseguir duas cadeiras nas legislativas desta terça-feira. "Se não acreditássemos que temos chances de entrar no Knesset, o Parlamento, não perderíamos nosso tempo", disseram seus líderes, acreditando que terão muito mais votos do que as pesquisas apontam.
Segundo Moshe Sasson, um dos candidatos a deputado pelo partido, apesar do que pode parecer no exterior, "para os israelenses não interessa apenas a solução do conflito com os palestinos (...) Não queremos promover o uso de drogas, e sim a sua legalização, como na Holanda (...) É verdade que o denominador comum é o amor pela cannabis."
Para o especialista em política Sergio Yani, do Alternative Information Center (AIC) de Jerusalém, é "muito provável" que o partido Folha Verde ganhe espaço no Parlamento. "É um erro pensar que em Israel as pessoas só pensam em paz e segurança. A maioria dos cidadãos quer apenas uma vida normal", comentou.
Para Yani, os eleitores da Folha Verde --a maioria jovem-- e de outros partidos minoritários sentem um grande desgosto e decepção diante das eleições. "Eles acham que todos os políticos, de direita e esquerda, estão mentindo. O problema dos partidos grandes é que eles têm programas que estão muito distantes do eleitor israelense, por isso não têm credibilidade", explicou.
Segundo os membros do Folha Verde, legalizar o consumo de maconha traria benefícios econômicos para o país, já que US$ 111 milhões saem anualmente de Israel destinados à compra de maconha, "um dinheiro que poderia ficar no país se o consumo fosse legalizado".
Ao contrário do que se pode pensar, os candidatos do partido não são hippies, e sim estudantes ou profissionais com carreiras bem-sucedidas, muitos deles formados no exterior. Seu presidente, Boaz Wachtel, 47, é um especialista na crise da água no Oriente Médio, e trabalhou na embaixada israelense em Washington.
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Criado em 1999, o partido participa pela terceira vez das eleições e, segundo pesquisas, poderia conseguir duas cadeiras nas legislativas desta terça-feira. "Se não acreditássemos que temos chances de entrar no Knesset, o Parlamento, não perderíamos nosso tempo", disseram seus líderes, acreditando que terão muito mais votos do que as pesquisas apontam.
Segundo Moshe Sasson, um dos candidatos a deputado pelo partido, apesar do que pode parecer no exterior, "para os israelenses não interessa apenas a solução do conflito com os palestinos (...) Não queremos promover o uso de drogas, e sim a sua legalização, como na Holanda (...) É verdade que o denominador comum é o amor pela cannabis."
Para o especialista em política Sergio Yani, do Alternative Information Center (AIC) de Jerusalém, é "muito provável" que o partido Folha Verde ganhe espaço no Parlamento. "É um erro pensar que em Israel as pessoas só pensam em paz e segurança. A maioria dos cidadãos quer apenas uma vida normal", comentou.
Para Yani, os eleitores da Folha Verde --a maioria jovem-- e de outros partidos minoritários sentem um grande desgosto e decepção diante das eleições. "Eles acham que todos os políticos, de direita e esquerda, estão mentindo. O problema dos partidos grandes é que eles têm programas que estão muito distantes do eleitor israelense, por isso não têm credibilidade", explicou.
Segundo os membros do Folha Verde, legalizar o consumo de maconha traria benefícios econômicos para o país, já que US$ 111 milhões saem anualmente de Israel destinados à compra de maconha, "um dinheiro que poderia ficar no país se o consumo fosse legalizado".
Ao contrário do que se pode pensar, os candidatos do partido não são hippies, e sim estudantes ou profissionais com carreiras bem-sucedidas, muitos deles formados no exterior. Seu presidente, Boaz Wachtel, 47, é um especialista na crise da água no Oriente Médio, e trabalhou na embaixada israelense em Washington.
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