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18/04/2006 - 08h45

Israel impõe alerta máximo após atentado de Tel Aviv

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da France Presse, em Jerusalém
da Folha Online

As forças oficiais de Israel estão em alerta máximo nesta terça-feira por causa dos temores de novos atentados palestinos, ao mesmo tempo que o governo analisa a resposta ao ataque desta segunda-feira, que deixou nove mortos, além do homem-bomba, e dezenas de feridos em Tel Aviv.

Autoridades determinaram a intensificação dos controles em todas as estradas e nas fronteiras entre Israel e Cisjordânia, onde morava o membro do Jihad Islâmico (grupo extremista palestino) que cometeu o atentado contra uma lanchonete nesta segunda-feira, no horário do almoço.

O primeiro-ministro em exercício, Ehud Olmert, declarou que os autores do ataque serão punidos e se comprometeu a fazer o necessário para enfrentar os terroristas e seus chefes. Militares israelenses realizaram um ataque aéreo na noite de ontem, durante o qual dispararam milhares de mísseis contra uma fábrica de metais da cidade de Gaza. A operação provocou graves danos materiais, mas não deixou vítimas, segundo fontes palestinas.

O Exército israelense prendeu nesta terça-feira o pai do autor do atentado suicida. Samih Hamad, 51, no vilarejo de Arqa, perto de Jenin, norte da Cisjordânia, segundo fontes dos serviços de segurança palestinos.

Um dos filhos de Hamad, Samir, 21, foi o responsável pelo ataque terrorista desta segunda-feira, reivindicado pelo grupo extremista Jihad Islâmico. A explosão provocou a morte de nove pessoas, o pior balanço de um atentado palestino cometido em Israel desde agosto de 2004.

O Exército israelense prendeu 22 palestinos entre a noite desta segunda-feira e a manhã desta terça-feira na Cisjordânia, informaram fontes militares.

O ministro palestino para os assuntos de Jerusalém, Khaled Abu Arafeh, 45, membro do partido político e grupo terrorista Hamas, foi retido nesta terça-feira pela polícia israelense em um posto de controle na saída de Jerusalém. Nesta terça-feira, o Japão anunciou a suspensão das doações para a ANP por causa da posição do Hamas no processo de paz do Oriente Médio.

O ministro israelense da Infra-Estrutura, Ronni Bar-On, candidato a um posto importante no futuro gabinete de Olmert, qualificou a Autoridade Nacional Palestina (ANP) de "entidade terrorista". "Nós devemos compreender claramente que a ANP se transformou em uma entidade terrorista e deve ser tratada como tal. Temos inúmeros meios e dispomos de uma importante reserva de objetivos (potenciais)", afirmou o ministro à rádio pública.

Israel se encontrava em estado de alerta durante as festividades Pessach (a Páscoa judaica), depois que grupos radicais ameaçaram se vingar de vários ataques israelenses na faixa de Gaza, que provocaram a morte de 18 palestinos.

A principal festa da Páscoa é celebrada pelos judeus na noite desta terça-feira. Quarta-feira também é feriado em Israel.

Cinco vítimas da explosão desta segunda-feira serão enterradas hoje. Dois mortos eram imigrantes romenos, de 48 e 50 anos. Outras 36 pessoas feridas no atentado permanecem hospitalizadas e três delas estão em situação grave.

Um porta-voz do Jihad Islâmico afirmou que o atentado cometido por Samir Hamad foi uma "resposta aos massacres israelenses e ao cerco imposto ao povo palestino".

O presidente da ANP, o moderado Mahmud Abbas, condenou o que chamou de ato de terrorismo. No entanto, o Movimento de Resistência Islâmica (cujo acrônimo em árabe é Hamas), que recentemente assumiu o governo palestino, culpou Israel pela "agressão".

"A ocupação israelense é a responsável por esta situação, que é uma conseqüência de seus crimes", disse o porta-voz Sami Abu Zhuri.

A ausência de uma condenação por parte do Hamas foi criticada pelos Estados Unidos e pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Olmert, que se nega a negociar com o Hamas, quer fixar as fronteiras definitivas do Estado de Israel de forma unilateral, caso a ANP continue sendo governada pelo Hamas.

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