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18/04/2006
-
11h16
da Folha Online
O premiê interino de Israel, Ehud Olmert, decidiu nesta terça-feira adotar medidas restritivas em resposta ao ataque terrorista em Tel Aviv, que matou nove pessoas e feriu outras 40 nesta segunda-feira.
Israel se encontra em estado de alerta durante as festividades Pessach (a Páscoa judaica), depois que grupos radicais ameaçaram se vingar de vários ataques israelenses na faixa de Gaza, que provocaram a morte de 18 palestinos.
A principal festa da Páscoa é celebrada pelos judeus na noite desta terça-feira. Quarta-feira também é feriado em Israel.
Nesta terça-feira, Israel afirmou que considera o governo palestino, dirigido pelo grupo terrorista e partido político Hamas, responsável pelo atentado suicida.
Entre as medidas aprovadas por Olmert, está a revogação da permissão de moradia em Israel de três deputados do Hamas que moram na região leste de Jerusalém. Sem as permissões, os três legisladores serão forçados a se mudarem para a Cisjordânia.
Olmert também anunciou uma vasta operação policial para deter palestinos que vivem ilegalmente em territórios israelenses. Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, reuniu-se com autoridades da segurança para discutir as ações do Exército após o ataque.
As medidas --que devem ser aprovadas por Olmert-- prevêem a intensificação da política de dividir a Cisjordânia em setores, como parte do esforço para impedir que palestinos se mudem de uma região para a outra --principalmente de Jenin e Tulkarem para Nablus e Ramallah.
Israel também pretende manter os "assassinatos seletivos" de líderes do grupo extremista Jihad Islâmico na faixa de Gaza-- que assumiu a autoria do atentado de ontem--, além de expandir as operações militares em Jenin, Tulkarem e Nablus.
Alerta
Policiais e membros das forças de segurança estavam em alerta máximo nesta terça-feira devido ao risco de novos ataques. Todas as unidades da polícia tomaram parte em um esforço antiterror, que inclui o fechamento dos territórios israelenses e operações militares em áreas palestinas.
Soldados israelenses montaram postos de controle em estradas e locais públicos. O Exército enviou oito companhias para ajudar a polícia e aumentar a presença das forças de segurança em áreas urbanas.
Um avião militar israelense lançou mísseis contra uma fábrica de metais na faixa de Gaza, causando danos mas sem deixar vítimas.
Segundo o Exército, o ataque tinha como alvo um edifício utilizado pela Frente Popular de Libertação da Palestina para a fabricação de foguetes Qassam utilizados em ataques contra Israel.
"Resposta"
Um porta-voz do Jihad Islâmico afirmou que o atentado cometido por Samir Hamad foi uma "resposta aos massacres israelenses e ao cerco imposto ao povo palestino".
O presidente da ANP, o moderado Mahmud Abbas, condenou o que chamou de ato de terrorismo. No entanto, o Movimento de Resistência Islâmica (cujo acrônimo em árabe é Hamas), que recentemente assumiu o governo palestino, culpou Israel pela "agressão".
"A ocupação israelense é a responsável por esta situação, que é uma conseqüência de seus crimes", disse o porta-voz Sami Abu Zhuri.
A ausência de uma condenação por parte do Hamas foi criticada pelos Estados Unidos e pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Olmert, que se nega a negociar com o Hamas, quer fixar as fronteiras definitivas do Estado de Israel de forma unilateral, caso a ANP continue sendo governada pelo Hamas.
Com agências internacionais
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O premiê interino de Israel, Ehud Olmert, decidiu nesta terça-feira adotar medidas restritivas em resposta ao ataque terrorista em Tel Aviv, que matou nove pessoas e feriu outras 40 nesta segunda-feira.
Israel se encontra em estado de alerta durante as festividades Pessach (a Páscoa judaica), depois que grupos radicais ameaçaram se vingar de vários ataques israelenses na faixa de Gaza, que provocaram a morte de 18 palestinos.
A principal festa da Páscoa é celebrada pelos judeus na noite desta terça-feira. Quarta-feira também é feriado em Israel.
Nesta terça-feira, Israel afirmou que considera o governo palestino, dirigido pelo grupo terrorista e partido político Hamas, responsável pelo atentado suicida.
AP |
Mulher abraça caixão com corpo do filho, vítima de atentado que matou nove em Tel Aviv |
Olmert também anunciou uma vasta operação policial para deter palestinos que vivem ilegalmente em territórios israelenses. Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, reuniu-se com autoridades da segurança para discutir as ações do Exército após o ataque.
As medidas --que devem ser aprovadas por Olmert-- prevêem a intensificação da política de dividir a Cisjordânia em setores, como parte do esforço para impedir que palestinos se mudem de uma região para a outra --principalmente de Jenin e Tulkarem para Nablus e Ramallah.
Israel também pretende manter os "assassinatos seletivos" de líderes do grupo extremista Jihad Islâmico na faixa de Gaza-- que assumiu a autoria do atentado de ontem--, além de expandir as operações militares em Jenin, Tulkarem e Nablus.
Alerta
Policiais e membros das forças de segurança estavam em alerta máximo nesta terça-feira devido ao risco de novos ataques. Todas as unidades da polícia tomaram parte em um esforço antiterror, que inclui o fechamento dos territórios israelenses e operações militares em áreas palestinas.
Soldados israelenses montaram postos de controle em estradas e locais públicos. O Exército enviou oito companhias para ajudar a polícia e aumentar a presença das forças de segurança em áreas urbanas.
Um avião militar israelense lançou mísseis contra uma fábrica de metais na faixa de Gaza, causando danos mas sem deixar vítimas.
Segundo o Exército, o ataque tinha como alvo um edifício utilizado pela Frente Popular de Libertação da Palestina para a fabricação de foguetes Qassam utilizados em ataques contra Israel.
"Resposta"
Um porta-voz do Jihad Islâmico afirmou que o atentado cometido por Samir Hamad foi uma "resposta aos massacres israelenses e ao cerco imposto ao povo palestino".
O presidente da ANP, o moderado Mahmud Abbas, condenou o que chamou de ato de terrorismo. No entanto, o Movimento de Resistência Islâmica (cujo acrônimo em árabe é Hamas), que recentemente assumiu o governo palestino, culpou Israel pela "agressão".
"A ocupação israelense é a responsável por esta situação, que é uma conseqüência de seus crimes", disse o porta-voz Sami Abu Zhuri.
A ausência de uma condenação por parte do Hamas foi criticada pelos Estados Unidos e pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Olmert, que se nega a negociar com o Hamas, quer fixar as fronteiras definitivas do Estado de Israel de forma unilateral, caso a ANP continue sendo governada pelo Hamas.
Com agências internacionais
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