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20/05/2006
-
11h17
da Folha Online
Vários atos de violência foram registrados neste sábado no Iraque, mesmo dia em que o Parlamento do país aprovou o primeiro governo permanente desde a queda de Saddam Hussein, há três anos. A explosão de uma bomba matou 19 pessoas e feriu outras 58 no bairro pobre de Al Sadr, ao leste de Bagdá; 15 corpos com sinais de tortura e marcas de tiros foram encontrados em Mussayeb e, na cidade de Qaim, pelo menos cinco policiais morreram.
A bomba que matou 19 explodiu no bairro xiita de Medina Sadr, um dos mais movimentados da região, no meio de uma multidão de trabalhadores reunidos para procurar emprego no sábado, às 6h45 locais (23h45 desta sexta-feira em Brasília). A ação lembra os atentados cometidos por grupos da minoria sunita.
Testemunhas e policiais disseram que a bomba foi colocada num dos pontos onde multidões de desempregados se reúnem logo cedo em busca de ofertas de empregos por um dia --e que os atacantes conheciam antecipadamente. Pontos como este já foram atacados antes.
Medina Sadr é um reduto das milícias de Al Mahdi, criadas pelo religioso xiita rebelde Moqtada Al Sadr. Ele é um dos mais radicais chefes da oposição às forças de ocupação lideradas pelo exército americano.
Corpos
Também na manhã deste sábado, 15 corpos com sinais de tortura e marcas de tiros foram encontrados em Mussayeb, a 55 km de Bagdá, anunciaram fontes do Ministério da Defesa. Os corpos, que tinham as mãos amarradas, foram deixados em um campo próximo à cidade.
Os seqüestros seguidos de execuções sumárias multiplicaram-se no Iraque nos últimos meses, e a violência entre comunidades atingiu níveis alarmantes desde fevereiro, quando um mausoléu xiita da cidade sunita de Samarra foi dinamitado.
Já na cidade de Qaim, 250 quilômetros a oeste de Bagdá, pelo menos cinco policiais morreram e outras 12 pessoas foram feridas quando um carro-bomba, conduzido por um suicida, bateu contra um posto de controle .
Segundo fontes policiais, o posto fica em frente a um quartel das forças iraquianas de segurança. Qaim, perto da fronteira com a Síria, é considerada um dos centros da resistência sunita que enfrenta as forças de ocupação comandadas pelos Estados Unidos.
Primeiro governo
Os registros de violência ocorreram no Iraque poucas horas antes de o Parlamento iraquiano ter aprovado o novo governo de união nacional, composto por 37 ministérios. Por enquanto, três pastas serão ocupadas provisoriamente pelo primeiro-ministro Nuri Al Maliki e seus dois vice-primeiros-ministros.
"Em um primeiro momento, assumirei a responsabilidade pelo Ministério do Interior, o vice Salam Al Zobaie será o ministro da Defesa interino, e o vice Barham Saleh será o ministro da Segurança Nacional interino", explicou Al Maliki. Entre os ministros aprovados estão três mulheres.
Após a votação, Al Maliki prestou juramento ao cargo perante os 275 deputados presentes à sessão. O ato não contou com a presença da sunita Frente do Consenso Iraquiano (FCI), que se retirou da sala em protesto contra o novo governo, o primeiro permanente da era pós-Saddam Hussein.
Segundo a FCI, o primeiro-ministro fracassou na nomeação dos ministérios mais importantes do Executivo, Interior e Defesa.
Com agências internacionais
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A bomba que matou 19 explodiu no bairro xiita de Medina Sadr, um dos mais movimentados da região, no meio de uma multidão de trabalhadores reunidos para procurar emprego no sábado, às 6h45 locais (23h45 desta sexta-feira em Brasília). A ação lembra os atentados cometidos por grupos da minoria sunita.
Testemunhas e policiais disseram que a bomba foi colocada num dos pontos onde multidões de desempregados se reúnem logo cedo em busca de ofertas de empregos por um dia --e que os atacantes conheciam antecipadamente. Pontos como este já foram atacados antes.
Medina Sadr é um reduto das milícias de Al Mahdi, criadas pelo religioso xiita rebelde Moqtada Al Sadr. Ele é um dos mais radicais chefes da oposição às forças de ocupação lideradas pelo exército americano.
Corpos
Também na manhã deste sábado, 15 corpos com sinais de tortura e marcas de tiros foram encontrados em Mussayeb, a 55 km de Bagdá, anunciaram fontes do Ministério da Defesa. Os corpos, que tinham as mãos amarradas, foram deixados em um campo próximo à cidade.
Os seqüestros seguidos de execuções sumárias multiplicaram-se no Iraque nos últimos meses, e a violência entre comunidades atingiu níveis alarmantes desde fevereiro, quando um mausoléu xiita da cidade sunita de Samarra foi dinamitado.
Já na cidade de Qaim, 250 quilômetros a oeste de Bagdá, pelo menos cinco policiais morreram e outras 12 pessoas foram feridas quando um carro-bomba, conduzido por um suicida, bateu contra um posto de controle .
Segundo fontes policiais, o posto fica em frente a um quartel das forças iraquianas de segurança. Qaim, perto da fronteira com a Síria, é considerada um dos centros da resistência sunita que enfrenta as forças de ocupação comandadas pelos Estados Unidos.
Primeiro governo
Os registros de violência ocorreram no Iraque poucas horas antes de o Parlamento iraquiano ter aprovado o novo governo de união nacional, composto por 37 ministérios. Por enquanto, três pastas serão ocupadas provisoriamente pelo primeiro-ministro Nuri Al Maliki e seus dois vice-primeiros-ministros.
"Em um primeiro momento, assumirei a responsabilidade pelo Ministério do Interior, o vice Salam Al Zobaie será o ministro da Defesa interino, e o vice Barham Saleh será o ministro da Segurança Nacional interino", explicou Al Maliki. Entre os ministros aprovados estão três mulheres.
Após a votação, Al Maliki prestou juramento ao cargo perante os 275 deputados presentes à sessão. O ato não contou com a presença da sunita Frente do Consenso Iraquiano (FCI), que se retirou da sala em protesto contra o novo governo, o primeiro permanente da era pós-Saddam Hussein.
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