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25/05/2006
-
22h53
da France Presse, em Dili
da Folha Online
Intensos confrontos armados foram registrados nesta sexta-feira (noite de quinta-feira no Brasil) na capital do Timor Leste, Dili, um dia depois de um tiroteio ter deixado ao menos nove mortos e 27 feridos, de acordo com o relato de testemunhas.
Os tiroteios com armas automáticas aconteceram no bairro de Becora, no leste de Dili, sendo que as fontes também disseram ter ouvido disparos de morteiro na capital.
Um primeiro contingente de comandos australianos chegou nesta quinta-feira ao Timor Leste e, na próxima semana, será a vez de tropas portuguesas, depois dos enfrentamentos entre soldados leais ao governo e desertores.
O ministro timorense das Relações Exteriores, José Ramos Horta, disse que entregará às tropas australianas a tarefa de manter a segurança nas ruas de Dili.
Segundo Ramos Horta, a decisão de entregar a segurança de Dili às tropas australianas foi adotada conjuntamente pelo presidente Xanana Gusmão, o premiê Mari Alkatiri e o presidente do Parlamento timorense, durante uma reunião na noite de quinta-feira.
"O presidente da República, o chefe do Parlamento nacional e o primeiro-ministro concordaram em encarregar o Exército australiano (...) Agora as tropas australianas são as únicas que têm as rédeas da segurança" na capital, afirmou o chanceler.
O Timor Leste, um pequeno Estado independente que há quatro anos é incapaz de restabelecer a ordem em seu território, se viu obrigado a pedir ajuda às tropas estrangeiras.
Escalada
Os distúrbios são os mais sérios desde que o país se tornou independente da Indonésia, em 1999, em uma onda de violência que só teve fim com a chegada de uma missão de paz internacional liderada pela Austrália.
Após os fim dos 24 anos de ocupação indonésia, a ONU administrou o país pelos três anos seguintes. Em 2002, o Timor Leste tornou-se um Estado soberano.
Os mais recentes confrontos tiveram início em março último, quando cerca de 600 soldados --que representam 40% das forças armadas do país-- foram demitidos após entrarem em greve para protestar por melhores condições nas forças armadas.
Parte dos soldados deixou a capital e se estabeleceu nas montanhas da região, ameaçando iniciar uma guerrilha caso não fossem readmitidos no Exército.
O caos que se instalou no Timor Leste fez com que o governo pedisse o auxílio de outros países.
Com agências internacionais
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da Folha Online
Intensos confrontos armados foram registrados nesta sexta-feira (noite de quinta-feira no Brasil) na capital do Timor Leste, Dili, um dia depois de um tiroteio ter deixado ao menos nove mortos e 27 feridos, de acordo com o relato de testemunhas.
Os tiroteios com armas automáticas aconteceram no bairro de Becora, no leste de Dili, sendo que as fontes também disseram ter ouvido disparos de morteiro na capital.
Um primeiro contingente de comandos australianos chegou nesta quinta-feira ao Timor Leste e, na próxima semana, será a vez de tropas portuguesas, depois dos enfrentamentos entre soldados leais ao governo e desertores.
AP |
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Soldados australianos chegam ao Timor Leste; ao menos nove morreram em confrontos |
Segundo Ramos Horta, a decisão de entregar a segurança de Dili às tropas australianas foi adotada conjuntamente pelo presidente Xanana Gusmão, o premiê Mari Alkatiri e o presidente do Parlamento timorense, durante uma reunião na noite de quinta-feira.
"O presidente da República, o chefe do Parlamento nacional e o primeiro-ministro concordaram em encarregar o Exército australiano (...) Agora as tropas australianas são as únicas que têm as rédeas da segurança" na capital, afirmou o chanceler.
O Timor Leste, um pequeno Estado independente que há quatro anos é incapaz de restabelecer a ordem em seu território, se viu obrigado a pedir ajuda às tropas estrangeiras.
Escalada
Os distúrbios são os mais sérios desde que o país se tornou independente da Indonésia, em 1999, em uma onda de violência que só teve fim com a chegada de uma missão de paz internacional liderada pela Austrália.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-timor_leste.gif)
Os mais recentes confrontos tiveram início em março último, quando cerca de 600 soldados --que representam 40% das forças armadas do país-- foram demitidos após entrarem em greve para protestar por melhores condições nas forças armadas.
Parte dos soldados deixou a capital e se estabeleceu nas montanhas da região, ameaçando iniciar uma guerrilha caso não fossem readmitidos no Exército.
O caos que se instalou no Timor Leste fez com que o governo pedisse o auxílio de outros países.
Com agências internacionais
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