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27/06/2006 - 10h02

Soldado seqüestrado em Gaza está em local seguro, diz grupo palestino

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da Folha Online

Porta-voz de um grupo extremista palestino afirmou nesta terça-feira que o soldado israelense seqüestrado no último domingo (25) em Gaza está sendo mantido em um local seguro, no primeiro pronunciamento dos seqüestradores durante as 48 horas de cativeiro.

"O soldado está em um local seguro, que os sionistas não podem alcançar", afirmou Mohammed Abdel Al, porta-voz dos Comitês de Resistência Popular (PRC, na sigla em inglês).

Os seqüestradores não divulgaram imagens do soldado Gilad Shalit, 19. O PRC foi um dos três grupos extremistas a reivindicar --ao lado do braço armado do Hamas e de um terceiro grupo conhecido como Exército Islâmico-- o seqüestro de Shalit.

Efe
O soldado israelense Gilad Shalit, 19; grupo palestino diz que refém está vivo
Abdel Al disse ainda que seu grupo estaria mantendo um colono judeu da Cisjordânia como refém. Segundo a rádio israelense, o colono está desaparecido desde a noite de ontem.

De acordo com Abdel Al, a divulgação de mais informações sobre Shalit dependerá de Israel. "Os sionistas estão à procura de mais informações. Nós os lembramos que nada é de graça".

Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou a exigência dos grupos palestinos, que pediram a libertação de mulheres e adolescentes das prisões israelenses em troca de informações a respeito do soldado.

Um total de 95 mulheres e 313 menores de 18 anos estão entre os 9.000 palestinos detidos em prisões de Israel.

Seqüestro

O seqüestro de Shalit foi a primeira ação palestina contra um soldado israelense em 12 anos.

O soldado foi seqüestrado em um posto militar de Israel localizado perto de Kerem Shalom, na região da fronteira com Gaza, em uma ação que matou outros dois soldados israelenses.

Dois terroristas palestinos também morreram na ação e outros quatro soldados israelenses ficaram feridos.

Os palestinos invadiram o território israelense por meio de um túnel escavado sob a cerca que o separa da faixa de Gaza, na primeira ação deste tipo desde a retirada das forças de Israel da região, em setembro do ano passado.

Shalit, que vive em Mitzpe Hilla, na Alta Galiléia, foi recrutado há 11 meses e integra o Corpo de Blindados na base de Telem, no triângulo fronteiriço entre Gaza, Egito e Israel.

Operação

Nesta segunda-feira, Olmert, afirmou que o Exército de Israel está 'pronto' para lançar uma grande ofensiva militar contra terroristas palestinos na faixa de Gaza.

Cerca de 3.000 soldados, além de tanques e veículos blindados, estão posicionados na fronteira israelense com Gaza nesta terça-feira. Comandantes militares dizem estar "totalmente preparados" para uma operação militar e aguardam apenas ordens para invadir a região.

Embora Israel realize ataques aéreos com freqüência em Gaza, tropas terrestres entraram na região apenas três vezes desda a retirada israelense na região, em setembro de 2005.

Em uma medida inicial, Israel bloqueou as passagens para Gaza para impedir a entrada ou saída de mercadorias da região, segundo o Exército.

Reunião

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, se reuniu com líderes do governo palestino ligados ao Hamas na noite de ontem, pedindo que assegurem a libertação do soldado. Abbas também se encontrou ontem com mediadores egípcios.

"O presidente está fazendo o máximo esforço para evitar qualquer reação israelense", afirmou Tayib Abdel Rahim, assessor de Abbas.

Segundo o jornal israelense "Haaretz", que cita fontes que participaram da reunião, a atmosfera do encontro foi tensa e Abbas afirmou que os líderes do Hamas serão responsabilizados por qualquer represália de Israel.

O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, disse durante o encontro que não tem informações sobre o paradeiro do soldado, de acordo com o "Haaretz".

Líder

Nesta terça-feira, o ministro de infra-estruturas israelense, Benjamin Ben-Eliezer, afirmou que o líder máximo do Hamas [grupo terrorista e partido político], Khaled Mashaal, exilado na Síria, pode ser alvo das forças de segurança de Israel.

Em declarações à Galei Tzahal, a emissora das forças armadas, o general reformado Ben Eliezer afirmou que "ninguém está imune" entre as personalidades palestinas.

A ameaça já havia sido feita ontem à noite pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que afirmou que órgãos de segurança de Israel, que concentram suas forças junto à faixa de Gaza para resgatar Shalit, "podem ir muito longe".

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