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05/07/2006
-
07h04
da Efe, na Cidade do México
As autoridades eleitorais mexicanas anunciaram nesta terça-feira (4) uma redução na diferença entre os dois principais candidatos, após a soma de milhões de votos que não tinham sido contados na apuração preliminar.
Os resultados preliminares, divulgados na segunda-feira, tinham dado uma vantagem de 1,04% ao conservador Felipe Calderón, do Partido Ação Nacional (PAN), sobre o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, da Aliança para o Bem de Todos.
Passados três dias após as eleições presidenciais, os mexicanos ainda não sabem de quem foi a vitória nas urnas --embora os dois principais candidatos já tenham se proclamado vencedores. A apuração definitiva começará nesta quarta-feira nos 300 distritos eleitorais. A data limite para entregar os resultados é domingo. Assim, a incógnita sobre quem ganhou pode se manter por vários dias.
O presidente do IFE (Instituto Federal Eleitoral), Luis Carlos Ugalde, disse em entrevista coletiva que 2,58 milhões de votos ficaram de fora da apuração devido a irregularidades nas atas. Com a sua inclusão, a diferença caiu para 0,64%.
Dos 2,58 milhões de votos, 743.795 votos foram para Calderón, e 888.971 para López Obrador. Assim, o governista teria 14.771.009 votos, contra 14.513.477 do esquerdista, uma diferença de 257.532. "Há 11.184 atas que foram recebidas mas não foram contabilizadas. Elas representam 2.581.226 votos que serão somados", explicou Ugalde. Todos estes números, porém, referem-se à apuração preliminar.
Mesmo antes do início da apuração definitiva, o PAN solicitou às autoridades eleitorais que declarassem Calderón o vencedor da eleição. Germán Martínez, representante do partido no IFE, disse à imprensa que a apuração definitiva não vai impedir a vitória.
O Partido da Revolução Democrática (PRD), por sua vez, exigiu que o IFE esclareça o destino de 3,5 milhões de votos e das atas de 13 mil urnas não contabilizadas nos resultados preliminares.
O responsável pelo Programa de Resultados Preliminares (Prep), René Miranda, disse em entrevista coletiva que "é impossível manipular a contagem oficial, que acontece na presença de todos os partidos políticos".
Inquietação
Em Guerrero, no sul do país, o suposto grupo armado Movimento Revolucionário Lucio Cabañas Barrientos desqualificou hoje os números preliminares e pediu aos cidadãos que rejeitem a "fraude eleitoral preparada, anunciada e promovida pelo aparelho do Governo".
Na capital mexicana, um grupo de pessoas iniciou uma vigília em frente às instalações do IFE, com velas e lâmpadas, protestando contra os resultados preliminares e ameaçando entrar em greve de fome.
"Estamos indignados e exigimos a contagem voto a voto para esclarecer o resultado das eleições", disse um porta-voz da ONG Cidadãos Unidos pela Democracia.
A possibilidade de distúrbios e confrontos provocados pela incerteza eleitoral é descartada pelo secretário de Interior do governo federal, Carlos Abascal, para quem o México vive na "normalidade democrática".
"Não vemos incerteza, estamos entrando num processo democrático interessante em que cada vez participamos mais. As instituições existem para resolver os possíveis conflitos", disse o presidente do CCE (Conselho Coordenador Empresarial), José Luis Barraza.
"O mercado está dando um voto de confiança ao país", afirmou disse o líder empresarial, referindo-se às altas da bolsa mexicana, além da valorização do peso.
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As autoridades eleitorais mexicanas anunciaram nesta terça-feira (4) uma redução na diferença entre os dois principais candidatos, após a soma de milhões de votos que não tinham sido contados na apuração preliminar.
Os resultados preliminares, divulgados na segunda-feira, tinham dado uma vantagem de 1,04% ao conservador Felipe Calderón, do Partido Ação Nacional (PAN), sobre o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, da Aliança para o Bem de Todos.
Passados três dias após as eleições presidenciais, os mexicanos ainda não sabem de quem foi a vitória nas urnas --embora os dois principais candidatos já tenham se proclamado vencedores. A apuração definitiva começará nesta quarta-feira nos 300 distritos eleitorais. A data limite para entregar os resultados é domingo. Assim, a incógnita sobre quem ganhou pode se manter por vários dias.
O presidente do IFE (Instituto Federal Eleitoral), Luis Carlos Ugalde, disse em entrevista coletiva que 2,58 milhões de votos ficaram de fora da apuração devido a irregularidades nas atas. Com a sua inclusão, a diferença caiu para 0,64%.
Dos 2,58 milhões de votos, 743.795 votos foram para Calderón, e 888.971 para López Obrador. Assim, o governista teria 14.771.009 votos, contra 14.513.477 do esquerdista, uma diferença de 257.532. "Há 11.184 atas que foram recebidas mas não foram contabilizadas. Elas representam 2.581.226 votos que serão somados", explicou Ugalde. Todos estes números, porém, referem-se à apuração preliminar.
Mesmo antes do início da apuração definitiva, o PAN solicitou às autoridades eleitorais que declarassem Calderón o vencedor da eleição. Germán Martínez, representante do partido no IFE, disse à imprensa que a apuração definitiva não vai impedir a vitória.
O Partido da Revolução Democrática (PRD), por sua vez, exigiu que o IFE esclareça o destino de 3,5 milhões de votos e das atas de 13 mil urnas não contabilizadas nos resultados preliminares.
O responsável pelo Programa de Resultados Preliminares (Prep), René Miranda, disse em entrevista coletiva que "é impossível manipular a contagem oficial, que acontece na presença de todos os partidos políticos".
Inquietação
Em Guerrero, no sul do país, o suposto grupo armado Movimento Revolucionário Lucio Cabañas Barrientos desqualificou hoje os números preliminares e pediu aos cidadãos que rejeitem a "fraude eleitoral preparada, anunciada e promovida pelo aparelho do Governo".
Na capital mexicana, um grupo de pessoas iniciou uma vigília em frente às instalações do IFE, com velas e lâmpadas, protestando contra os resultados preliminares e ameaçando entrar em greve de fome.
"Estamos indignados e exigimos a contagem voto a voto para esclarecer o resultado das eleições", disse um porta-voz da ONG Cidadãos Unidos pela Democracia.
A possibilidade de distúrbios e confrontos provocados pela incerteza eleitoral é descartada pelo secretário de Interior do governo federal, Carlos Abascal, para quem o México vive na "normalidade democrática".
"Não vemos incerteza, estamos entrando num processo democrático interessante em que cada vez participamos mais. As instituições existem para resolver os possíveis conflitos", disse o presidente do CCE (Conselho Coordenador Empresarial), José Luis Barraza.
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