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06/07/2006
-
22h23
GERARDO TENA
da Efe, na Cidade do México
O vencedor das eleições presidenciais do México, o conservador Felipe Calderón, tornou verdadeiro o ditado popular que diz que "cavalo que empata, ganha", pois iniciou sua corrida pela Presidência em desvantagem: poucos, inclusive em seu partido, apostavam nele.
Após uma apertada disputa eleitoral, e após mais de vinte horas em que estava perdendo para seu rival, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, Calderón conseguiu superá-lo ao obter oficialmente 243.934 votos a mais, equivalentes a 0,58 ponto percentual.
No entanto, o líder conservador deverá enfrentar agora o processo anunciado por López Obrador de impugnação eleitoral no Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF), única instituição que pode validá-lo como presidente eleito.
Calderón, 43, membro do Partido Ação Nacional (PAN), se apresentou na campanha eleitoral como o "presidente do emprego", afirmando ter as mãos limpas da corrupção que permeia a política do México.
Um mês antes das eleições, a oposição revelou um episódio turvo sobre um suposto tráfico de influência em favor de um cunhado, denúncia que o derrubou da primeira à segunda colocação nas pesquisas, mas que não foi suficiente para destruí-lo.
Há dois anos, o próprio presidente Vicente Fox o criticou publicamente por expressar seu desejo de brigar pela candidatura presidencial do PAN.
A candidatura forçou Calderón a renunciar de seu cargo no Ministério da Energia, mesmo que sem o apoio presidencial, que preferia outro candidato, o ex-ministro de Governo (Interior) Santiago Creel.
Superada a briga interna, Calderón enfrentou López Obrador, que figurava em todas as enquetes como o candidato favorito.
Relegado ao segundo posto, dez pontos percentuais abaixo de um López Obrador em ascensão, Calderón mudou o tom de sua campanha eleitoral em março último, aderindo a mensagens agressivas contra seu principal adversário, que, segundo analistas, cometeu uma série de erros.
A campanha agressiva e os erros judiciais de López Obrador catapultaram Calderón ao primeiro posto por alguns meses, para ser novamente ultrapassado por López Obrador. O candidato conservador só voltaria à liderança no último dia 2 de julho, quando se consagrou vencedor das eleições presidenciais do México.
Calderón construiu toda sua carreira política dentro do PAN, influenciado pelas idéias de sua família.
Seu pai, Luis Calderón, foi um dos fundadores do PAN e sua esposa, Margarita Zavala, é deputada pelo partido conservador.
Desde sua juventude, ocupou diferentes postos na estrutura partidária, até chegar à presidência do PAN.
À frente do PAN, Calderón se caracterizou por uma participação ativa do partido nas negociações pela reforma política, e obteve importantes vitórias políticas para seu partido nos Estados de Nuevo León, Querétaro e Aguascalientes.
Calderón estudou Direito na Escola Livre de Direito, fez mestrado em Economia no Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM) e em Administração Pública pela Universidade de Harvard.
Seus detratores o acusam de ter aprovado, como presidente do PAN, que o Congresso aprove a conversão em dívida pública de US$ 120 bilhões do resgate feito pelo governo dos bancos privados na crise econômica de 1994.
Alguns críticos também como o classificam como um representante da extrema direita, que procura diluir o Estado laico e permitir uma maior participação privada em setores estratégicos do país, como o energético.
Calderón se opõe aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, ao aborto e à eutanásia, e é favorável à prisão perpétua, especialmente para os seqüestradores.
Ele promete pôr em ordem as finanças públicas e, principalmente, impulsionar a criação de novos postos de trabalho.
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da Efe, na Cidade do México
O vencedor das eleições presidenciais do México, o conservador Felipe Calderón, tornou verdadeiro o ditado popular que diz que "cavalo que empata, ganha", pois iniciou sua corrida pela Presidência em desvantagem: poucos, inclusive em seu partido, apostavam nele.
Após uma apertada disputa eleitoral, e após mais de vinte horas em que estava perdendo para seu rival, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, Calderón conseguiu superá-lo ao obter oficialmente 243.934 votos a mais, equivalentes a 0,58 ponto percentual.
No entanto, o líder conservador deverá enfrentar agora o processo anunciado por López Obrador de impugnação eleitoral no Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF), única instituição que pode validá-lo como presidente eleito.
Calderón, 43, membro do Partido Ação Nacional (PAN), se apresentou na campanha eleitoral como o "presidente do emprego", afirmando ter as mãos limpas da corrupção que permeia a política do México.
Um mês antes das eleições, a oposição revelou um episódio turvo sobre um suposto tráfico de influência em favor de um cunhado, denúncia que o derrubou da primeira à segunda colocação nas pesquisas, mas que não foi suficiente para destruí-lo.
Há dois anos, o próprio presidente Vicente Fox o criticou publicamente por expressar seu desejo de brigar pela candidatura presidencial do PAN.
A candidatura forçou Calderón a renunciar de seu cargo no Ministério da Energia, mesmo que sem o apoio presidencial, que preferia outro candidato, o ex-ministro de Governo (Interior) Santiago Creel.
Superada a briga interna, Calderón enfrentou López Obrador, que figurava em todas as enquetes como o candidato favorito.
Relegado ao segundo posto, dez pontos percentuais abaixo de um López Obrador em ascensão, Calderón mudou o tom de sua campanha eleitoral em março último, aderindo a mensagens agressivas contra seu principal adversário, que, segundo analistas, cometeu uma série de erros.
A campanha agressiva e os erros judiciais de López Obrador catapultaram Calderón ao primeiro posto por alguns meses, para ser novamente ultrapassado por López Obrador. O candidato conservador só voltaria à liderança no último dia 2 de julho, quando se consagrou vencedor das eleições presidenciais do México.
Calderón construiu toda sua carreira política dentro do PAN, influenciado pelas idéias de sua família.
Seu pai, Luis Calderón, foi um dos fundadores do PAN e sua esposa, Margarita Zavala, é deputada pelo partido conservador.
Desde sua juventude, ocupou diferentes postos na estrutura partidária, até chegar à presidência do PAN.
À frente do PAN, Calderón se caracterizou por uma participação ativa do partido nas negociações pela reforma política, e obteve importantes vitórias políticas para seu partido nos Estados de Nuevo León, Querétaro e Aguascalientes.
Calderón estudou Direito na Escola Livre de Direito, fez mestrado em Economia no Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM) e em Administração Pública pela Universidade de Harvard.
Seus detratores o acusam de ter aprovado, como presidente do PAN, que o Congresso aprove a conversão em dívida pública de US$ 120 bilhões do resgate feito pelo governo dos bancos privados na crise econômica de 1994.
Alguns críticos também como o classificam como um representante da extrema direita, que procura diluir o Estado laico e permitir uma maior participação privada em setores estratégicos do país, como o energético.
Calderón se opõe aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, ao aborto e à eutanásia, e é favorável à prisão perpétua, especialmente para os seqüestradores.
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