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07/07/2006 - 09h25

Seul suspende ajuda a Pyongyang em represália a teste de mísseis

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da Folha Online

A Coréia do Sul suspenderá por tempo indeterminado o fornecimento de ajuda alimentícia e agrícola à Coréia do Norte a partir de hoje. A ação é uma represália ao governo norte-coreano, que nesta semana lançou sete mísseis no mar do Japão, um deles [que só voou por 40 segundos] com potência para atingir o Alasca.

"Havíamos prometido enviar à Coréia do Norte, por mar, 100 mil toneladas de ajuda em fertilizantes, mas vamos congelar esta entrega. Também vamos suspender a ajuda de 500 mil toneladas de arroz, até que se resolva essa questão dos mísseis", disse o ministro sul coreano Lee Jong-seok.

A Coréia do Norte havia pedido 450 mil toneladas de fertilizantes para este ano, mas até agora a Coréia do sul só havia enviado 350 mil toneladas. Pyongyang também solicitara 500 mil toneladas de arroz.

AP
Sul-coreano protesta contra testes com mísseis norte-coreanos
A Coréia do Sul também cancelou uma reunião que teria nesta sexta-feira com o corpo militar norte-coreano. Foi a primeira vez que Seul se negou a manter conversas com Pyongyang. As duas Coréias estão tecnicamente em guerra há mais de meio século, depois de uma trégua que durou de 1950 a 1953. Há 30 mil soldados norte-americanos no sul.

Os teste com lançamentos de mísseis feitos pela Coréia do Norte geraram grande preocupação na comunidade Internacional. O Japão impôs uma série de sanções ao país, proibindo a entrada de funcionários e tripulações de navios e aviões norte-coreanos em seu território. Também chegou a pedir que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adotasse medidas contra Pyongyang.

Em resposta, o governo da Coréia do Norte afirmou nesta sexta-feira que considerava "intoleráveis" as sanções impostas pelo Japão e ameaçou tomar medidas "mais duras".

Rússia e China --principal parceiro da Coréia do Norte e fornecedor de grande parte da ajuda ao país-- têm poder de veto no CS da ONU e discordam da aplicação de sanções, alegando que a questão deve ser resolvida de forma diplomática.

Em 1998, um míssil norte-coreano Taepodong-1, com estimados 2.200 km de alcance, ultrapassou o Japão e caiu no mar. Nesta quarta-feira, a Coréia do Norte disse ter lançado, sem sucesso, um míssil Taepodong-2, que supostamente tem 6.000 km de alcance ou mais e pode atingir o Alasca e cidades litorâneas da Costa Oeste dos EUA.

Nesta sexta-feira, o governo russo disse que todo país tem direito de testar armas e minimizou o fato de a Coréia do Norte ter lançado sete mísseis nesta semana. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, general Yuri Baluyevski, descartou que a ação norte-coreana tenha oferecido perigo direto a seus país.

Ontem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que seu governo quer resolver a questão de forma diplomática, mas pediu união á comunidade internacional a fim de isolar a Coréia do Norte para enfraquecê-la.

Com agências internacionais

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