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07/07/2006
-
16h06
da Folha Online
A Coréia do Norte ameaçou o Japão nesta sexta-feira devido à imposição de sanções após a realização de testes com mísseis nucleares, enquanto os EUA pedem uma solução diplomática e "unificada" para o impasse em torno das atividades norte-coreanas.
O governo norte-coreano considera a imposição de sanções do Japão contra o país uma "declaração de guerra", segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita Song Il-Ho, Embaixador norte-coreano responsável pelas negociações sobre o conflito.
Hoje, Pyongyang fez ameaças contra o Japão caso o país não retire as sanções-- entre elas, a proibição da entrada de funcionários e tripulações de navios e aviões norte-coreanos em território japonês, além de um pedido para que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adote medidas contra Pyongyang.
Desafiando a oposição da comunidade internacional à realização dos testes, a Coréia do Norte prometeu realizar novos lançamentos e fazer uso da força caso outros países tentem impedi-la.
Nesta quarta-feira (5), a Coréia do Norte lançou sete mísseis --entre eles, um Taepodong-2, arma de longa distância que, segundo especialistas, teria capacidade para atingir o Alasca. De acordo com autoridades americanas, o míssil voou por 40 segundos e caiu no mar do Japão.
A Coréia do Sul anunciou a suspensão por tempo indeterminado do fornecimento de ajuda alimentícia e agrícola à Coréia do Norte, em represália aos testes com mísseis nucleares.
O governo norte-coreano havia pedido 450 mil toneladas de fertilizantes para este ano, mas até agora a Coréia do sul só havia enviado 350 mil toneladas. Pyongyang também solicitara 500 mil toneladas de arroz.
A Coréia do Sul também cancelou uma reunião que teria nesta sexta-feira com o corpo militar norte-coreano. Foi a primeira vez que Seul se negou a manter conversas com Pyongyang. As duas Coréias estão tecnicamente em guerra há mais de meio século, depois de uma trégua que durou de 1950 a 1953. Há 30 mil soldados norte-americanos no sul.
EUA
O presidente americano, George W. Bush, afirmou hoje em coletiva de imprensa que o Conselho de Segurança da ONU deve aprovar uma resolução que "condene" a Coréia do Norte por seus testes com mísseis, mas não deixou claro se deveriam ser aplicadas sanções.
Questionado qual seria a razão da insistência em levar o país ao CS da ONU, quando os EUA ignoraram a oposição do conselho à guerra do Iraque, em 2003, Bush diz que pretende utilizar 'todas as vias diplomáticas antes de partir para o uso da força'.
Rússia e China --principal parceiro da Coréia do Norte e fornecedor de grande parte da ajuda ao país-- têm poder de veto no CS da ONU e discordam da aplicação de sanções, alegando que a questão deve ser resolvida de forma diplomática.
Em 1998, um míssil norte-coreano Taepodong-1, com estimados 2.200 km de alcance, ultrapassou o Japão e caiu no mar. Nesta quarta-feira, a Coréia do Norte disse ter lançado, sem sucesso, um míssil Taepodong-2, que supostamente tem 6.000 km de alcance ou mais e pode atingir o Alasca e cidades litorâneas da Costa Oeste dos EUA.
Nesta sexta-feira, o governo russo disse que todo país tem direito de testar armas e minimizou o fato de a Coréia do Norte ter lançado sete mísseis nesta semana. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, general Yuri Baluyevski, descartou que a ação norte-coreana tenha oferecido perigo direto a seus país.
Com agências internacionais
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O governo norte-coreano considera a imposição de sanções do Japão contra o país uma "declaração de guerra", segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita Song Il-Ho, Embaixador norte-coreano responsável pelas negociações sobre o conflito.
Hoje, Pyongyang fez ameaças contra o Japão caso o país não retire as sanções-- entre elas, a proibição da entrada de funcionários e tripulações de navios e aviões norte-coreanos em território japonês, além de um pedido para que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adote medidas contra Pyongyang.
Desafiando a oposição da comunidade internacional à realização dos testes, a Coréia do Norte prometeu realizar novos lançamentos e fazer uso da força caso outros países tentem impedi-la.
Nesta quarta-feira (5), a Coréia do Norte lançou sete mísseis --entre eles, um Taepodong-2, arma de longa distância que, segundo especialistas, teria capacidade para atingir o Alasca. De acordo com autoridades americanas, o míssil voou por 40 segundos e caiu no mar do Japão.
A Coréia do Sul anunciou a suspensão por tempo indeterminado do fornecimento de ajuda alimentícia e agrícola à Coréia do Norte, em represália aos testes com mísseis nucleares.
O governo norte-coreano havia pedido 450 mil toneladas de fertilizantes para este ano, mas até agora a Coréia do sul só havia enviado 350 mil toneladas. Pyongyang também solicitara 500 mil toneladas de arroz.
A Coréia do Sul também cancelou uma reunião que teria nesta sexta-feira com o corpo militar norte-coreano. Foi a primeira vez que Seul se negou a manter conversas com Pyongyang. As duas Coréias estão tecnicamente em guerra há mais de meio século, depois de uma trégua que durou de 1950 a 1953. Há 30 mil soldados norte-americanos no sul.
EUA
O presidente americano, George W. Bush, afirmou hoje em coletiva de imprensa que o Conselho de Segurança da ONU deve aprovar uma resolução que "condene" a Coréia do Norte por seus testes com mísseis, mas não deixou claro se deveriam ser aplicadas sanções.
Questionado qual seria a razão da insistência em levar o país ao CS da ONU, quando os EUA ignoraram a oposição do conselho à guerra do Iraque, em 2003, Bush diz que pretende utilizar 'todas as vias diplomáticas antes de partir para o uso da força'.
Rússia e China --principal parceiro da Coréia do Norte e fornecedor de grande parte da ajuda ao país-- têm poder de veto no CS da ONU e discordam da aplicação de sanções, alegando que a questão deve ser resolvida de forma diplomática.
Em 1998, um míssil norte-coreano Taepodong-1, com estimados 2.200 km de alcance, ultrapassou o Japão e caiu no mar. Nesta quarta-feira, a Coréia do Norte disse ter lançado, sem sucesso, um míssil Taepodong-2, que supostamente tem 6.000 km de alcance ou mais e pode atingir o Alasca e cidades litorâneas da Costa Oeste dos EUA.
Nesta sexta-feira, o governo russo disse que todo país tem direito de testar armas e minimizou o fato de a Coréia do Norte ter lançado sete mísseis nesta semana. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, general Yuri Baluyevski, descartou que a ação norte-coreana tenha oferecido perigo direto a seus país.
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