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10/07/2006 - 15h28

Rebelde tchetcheno morto hoje era o mais procurado por Moscou

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da Folha Online

O líder rebelde tchetcheno Shamil Basayev [o homem mais procurado pela Rússia], cuja morte foi anunciada nessa segunda-feira pelo governo russo, reivindicou a maior parte dos atentados cometidos nos últimos anos na Rússia --entre eles, o ataque contra uma escola em Beslan em 2004, que matou cerca de 330 pessoas --a maioria crianças.

Basayev -- que tinha 41 anos e era casado-- foi mostrado por redes de TV russas nesta segunda-feira usando um gorro de lã preto e cercado de homens armados.

Nascido em 14 de janeiro de 1965 em Dychne-Vedeno, no sudeste da Tchetchênia, Basayev estudou em Moscou e começou sua carreira lutando ao lado dos separatistas pró-russos contra a Geórgia, onde havia colaborado com os serviços secretos russos.

Em 1995, tornou-se conhecido durante a primeira guerra separatista tchetchena, quando comandou um seqüestro em Budennovsk, na Rússia. A ação deixou 166 mortos e forçou a Rússia a iniciar as negociações de paz.

O líder rebelde conseguiu esconder-se durante anos das autoridades russas nos bosques e montanhas do Cáucaso, apesar de ter sofrido amputação da perna direita. Em julho de 2005, concedeu entrevista a uma rede de TV americana.

Na entrevista, reivindicou o ataque de Beslan e prometeu realizar mais ataques se a Rússia não colocasse fim ao que chamou de "genocídio" na Tchetchênia, república rebelde do Cáucaso.

Basayev também afirmou estar por trás do seqüestro no teatro de Dubrokva, em Moscou, em outubro de 2002, que deixou 130 mortos entre 800 reféns, e um atentado suicida em agosto de 2003 contra um hospital militar de Mozdok, na Ossétia do Norte, que deixou mais de 50 mortos.

Em maio deste ano, Basayev afirmou ser responsável pela morte do líder tchetcheno pró-Moscou e ameaçou matar mais autoridades, entre elas, o premiê russo, Akhmad Kadyrov.

A explosão matou seis pessoas e feriu outras 60, incluindo o comandante do Exército russo, que perdeu uma das pernas no ataque.

Em agosto de 2003, os Estados Unidos incluíram o nome do líder radical em sua lista negra de pessoas ligadas ao terrorismo.

Com agências internacionais

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