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11/07/2006
-
09h02
da Folha Online
O governo israelense decidiu prosseguir e intensificar, se for necessário, os ataques do Exército contra a faixa de Gaza, informou nesta terça-feira a rádio militar israelense.
O Exército concentrou unidades de infantaria e blindados na perspectiva de novas grandes ofensivas na região, segundo a rádio.
A autorização para o prosseguimento da operação, batizada de Chuva de Verão, foi dada durante consultas entre o premiê israelense, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa Amir Peretz.
Nesta segunda-feira, Olmert prometeu manter a campanha "por tempo indeterminado" até que o soldado Gilad Shalit, 19, seja libertado, e que os lançamentos de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra o sul de Israel sejam suspensos.
Ontem, israelenses mataram nove palestinos --incluindo quatro menores de idade-- em uma série de ataques aéreos contra a faixa de Gaza.
Nesta terça-feira, na mais recente ação israelense em Gaza, aviões israelenses lançaram mísseis contra palestinos que transportavam foguetes na região de Beit Hanoun, matando um palestino e ferindo gravemente outros dois. Vários civis também ficaram feridos no ataque.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, acusou hoje Israel de promover uma escalada da violência em Gaza, dizendo que as forças israelenses atacam civis e pioram a crise palestina.
"A situação é extremamente difícil", afirmou Abbas em Amã, após uma reunião com o premiê jordaniano, Marouf al Bakhit. "Os israelenses atacam civis de um lado e a infra-esrutura da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de outro", disse.
Segundo Abbas, as tropas israelenses destróem centrais elétricas e de abastecimento de água na ação militar, assim como prédios do governo. "Mas o mais grave é que estão alvejando civis, incluindo famílias", afirmou. "Todos os dias, um grande número de mulheres e crianças morrem".
O presidente palestino disse que pediu ajuda aos países árabes e à comunidade internacional para resolver a crise, iniciada após o seqüestro de Shalit, no último dia 25, em um posto militar em Kerem Shalom, supostamente por extremistas palestinos.
Abbas disse também que pediu a secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que aja para dar fim ao "massacre" em Gaza.
Cerca de 60 palestinos morreram na região desde o início da ação militar, há 13 dias.
Hamas
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas --que prega a destruição de Israel-- escreveu em um artigo no jornal americano "Washington Post" que a "invasão de Gaza é o mais recente esforço [de Israel] para prejudicar o resultado das eleições palestinas" de 25 de janeiro.
No pleito, o Hamas obteve a maioria no Parlamento palestino. "Se Israel não permitir que os palestinos vivam em paz, com dignidade e integração nacional, os israelenses também não conseguirão desfrutar dos mesmos direitos", escreveu Haniyeh.
Ele acusou ainda Israel e os Estados Unidos --que lideraram um boicote internacional à ANP-- de empreenderem uma "guerra econômica e diplomática" contra a ANP.
Doadores internacionais suspenderam o envio de ajuda ao Hamas até que o grupo renuncie à violência e aceite os acordos de paz com Israel. O Hamas, que derrotou o Fatah nas eleições parlamentares de janeiro, rejeitou as exigências.
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O governo israelense decidiu prosseguir e intensificar, se for necessário, os ataques do Exército contra a faixa de Gaza, informou nesta terça-feira a rádio militar israelense.
O Exército concentrou unidades de infantaria e blindados na perspectiva de novas grandes ofensivas na região, segundo a rádio.
A autorização para o prosseguimento da operação, batizada de Chuva de Verão, foi dada durante consultas entre o premiê israelense, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa Amir Peretz.
Nesta segunda-feira, Olmert prometeu manter a campanha "por tempo indeterminado" até que o soldado Gilad Shalit, 19, seja libertado, e que os lançamentos de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra o sul de Israel sejam suspensos.
Ontem, israelenses mataram nove palestinos --incluindo quatro menores de idade-- em uma série de ataques aéreos contra a faixa de Gaza.
Nesta terça-feira, na mais recente ação israelense em Gaza, aviões israelenses lançaram mísseis contra palestinos que transportavam foguetes na região de Beit Hanoun, matando um palestino e ferindo gravemente outros dois. Vários civis também ficaram feridos no ataque.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, acusou hoje Israel de promover uma escalada da violência em Gaza, dizendo que as forças israelenses atacam civis e pioram a crise palestina.
"A situação é extremamente difícil", afirmou Abbas em Amã, após uma reunião com o premiê jordaniano, Marouf al Bakhit. "Os israelenses atacam civis de um lado e a infra-esrutura da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de outro", disse.
Segundo Abbas, as tropas israelenses destróem centrais elétricas e de abastecimento de água na ação militar, assim como prédios do governo. "Mas o mais grave é que estão alvejando civis, incluindo famílias", afirmou. "Todos os dias, um grande número de mulheres e crianças morrem".
O presidente palestino disse que pediu ajuda aos países árabes e à comunidade internacional para resolver a crise, iniciada após o seqüestro de Shalit, no último dia 25, em um posto militar em Kerem Shalom, supostamente por extremistas palestinos.
Abbas disse também que pediu a secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que aja para dar fim ao "massacre" em Gaza.
Cerca de 60 palestinos morreram na região desde o início da ação militar, há 13 dias.
Hamas
O premiê palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas --que prega a destruição de Israel-- escreveu em um artigo no jornal americano "Washington Post" que a "invasão de Gaza é o mais recente esforço [de Israel] para prejudicar o resultado das eleições palestinas" de 25 de janeiro.
No pleito, o Hamas obteve a maioria no Parlamento palestino. "Se Israel não permitir que os palestinos vivam em paz, com dignidade e integração nacional, os israelenses também não conseguirão desfrutar dos mesmos direitos", escreveu Haniyeh.
Ele acusou ainda Israel e os Estados Unidos --que lideraram um boicote internacional à ANP-- de empreenderem uma "guerra econômica e diplomática" contra a ANP.
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