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13/07/2006
-
08h35
da Folha Online
Forças israelenses intensificaram os ataques no sul do Líbano nesta quinta-feira, impondo um bloqueio naval ao país e fechando o aeroporto internacional de Beirute e uma rede de TV ligada ao Hizbollah.
Ao menos 36 pessoas morreram --entre eles, vários civis, incluindo crianças. Uma família de dez pessoas e outra família com sete integrantes foram mortas na vila de Dweir, perto de Nabatiyeh.
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, afirmou que suas forças não irão permitir que membros do Hizbollah voltem a se posicionar na fronteira do sul do Líbano. "Se o governo libanês não consegue destacar suas forças, como é esperado de um governo soberano, não devemos permitir que o Hizbollah permaneça nas fronteira com Israel", afirmou Peretz.
O Líbano se recusou a destacar mais que um número limitado de membros das forças de segurança na fronteira, dizendo que não é responsabilidade libanesa proteger Israel.
No norte de Israel, milhares de civis passaram a noite de quarta-feira em abrigos subterrâneos, enquanto o Hizbollah lançava foguetes contra territórios israelenses. Uma israelense de 40 anos morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas nos ataques, segundo o Exército de Israel.
"O governo quer mudar as regras do jogo no Líbano e mostrar ao governo libanês que é sua responsabilidade o que acontece no país", afirmou o ministro israelense da Agricultura, Shalom Simchon.
Segundo o comandante da Força Aérea israelense Amir Eshel a campanha é a maior ofensiva aérea de Israel já realizada no Líbano, se forem medidos "o número e a complexidade dos ataques". A maior ofensiva aérea, terrestre e marítima contra o Líbano foi em 1996, que matou 150 civis.
Líbano
Nesta quarta-feira, o governo libanês afirmou que não tinha conhecimento da ação do Hizbollah e negou ter qualquer responsabilidade pelo ocorrido.
A crise teve início ontem, quando o Hizbollah anunciou o seqüestro de dois soldados israelenses. Em troca da libertação dos reféns, o grupo exige a libertação dos prisioneiros libaneses detidos em Israel.
Entre os presos, está o extremista Samir al Quntar, que cumpre 542 anos de prisão e é acusado de um seqüestro ocorrido em 1979, no qual o israelense Danny Haran, 28, e sua filha de quatro anos foram mortos. Autoridades israelenses rejeitaram a exigência.
O governo libanês --que inclui dois ministros ligados ao Hizbollah-- fez um apelo para que o Conselho de Segurança da ONU intervenha para resolver a crise na região
A Liga Árabe convocou uma reunião de emergência entre ministros das Relações Exteriores, que deve acontecer no Cairo.
Ofensiva
Depois de atingir estradas e pontes no sul do Líbano durante todo o dia de ontem, Israel expandiu a ofensiva nesta quinta-feira, impondo um bloqueio naval nos portos libaneses.
Na manhã de hoje, um míssil israelense atingiu a sede da rede de TV libanesa Al Manar, ligada ao Hizbollah, que fica no subúrbio de Haret Hreik, ao sul de Beirute. A rede de TV continuou em funcionamento e afirmou que o míssil atingiu apenas "uma unidade pequena de transmissão".
Segundo o diretor da rede de TV, Abdullah Kassir, uma pessoa ficou ferida no ataque.
A ofensiva aérea também foi intensificada no leste do Líbano, atingindo um centro cívico vizinho a uma mesquita muçulmana xiita perto da cidade de Baalbek, assim como uma antena de transmissão da Al Manar. O sinal da rede de TV foi interrompido na região.
Aeroporto
Aviões israelenses também atingiram a ponte de Khardali, no rio Litani, 16 km ao norte da fronteira entre o Líbano e Israel, segundo testemunhas.
Mísseis israelenses foram lançados contra o aeroporto internacional de Beirute, forçando seu fechamento e o desvio dos vôos para Chipre.
Foi a primeira vez desde a invasão israelense do Líbano, em 1982, que o aeroporto foi atingido por Israel. Em 1968, Israel explodiu 13 aviões de passageiros em Beirute, em retaliação ao o ataque de militantes libaneses contra um avião israelense em Atenas.
Com agências internacionais
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Novos ataques de Israel matam ao menos 36 no sul do Líbano
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Forças israelenses intensificaram os ataques no sul do Líbano nesta quinta-feira, impondo um bloqueio naval ao país e fechando o aeroporto internacional de Beirute e uma rede de TV ligada ao Hizbollah.
Ao menos 36 pessoas morreram --entre eles, vários civis, incluindo crianças. Uma família de dez pessoas e outra família com sete integrantes foram mortas na vila de Dweir, perto de Nabatiyeh.
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, afirmou que suas forças não irão permitir que membros do Hizbollah voltem a se posicionar na fronteira do sul do Líbano. "Se o governo libanês não consegue destacar suas forças, como é esperado de um governo soberano, não devemos permitir que o Hizbollah permaneça nas fronteira com Israel", afirmou Peretz.
O Líbano se recusou a destacar mais que um número limitado de membros das forças de segurança na fronteira, dizendo que não é responsabilidade libanesa proteger Israel.
No norte de Israel, milhares de civis passaram a noite de quarta-feira em abrigos subterrâneos, enquanto o Hizbollah lançava foguetes contra territórios israelenses. Uma israelense de 40 anos morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas nos ataques, segundo o Exército de Israel.
"O governo quer mudar as regras do jogo no Líbano e mostrar ao governo libanês que é sua responsabilidade o que acontece no país", afirmou o ministro israelense da Agricultura, Shalom Simchon.
Segundo o comandante da Força Aérea israelense Amir Eshel a campanha é a maior ofensiva aérea de Israel já realizada no Líbano, se forem medidos "o número e a complexidade dos ataques". A maior ofensiva aérea, terrestre e marítima contra o Líbano foi em 1996, que matou 150 civis.
Líbano
Nesta quarta-feira, o governo libanês afirmou que não tinha conhecimento da ação do Hizbollah e negou ter qualquer responsabilidade pelo ocorrido.
A crise teve início ontem, quando o Hizbollah anunciou o seqüestro de dois soldados israelenses. Em troca da libertação dos reféns, o grupo exige a libertação dos prisioneiros libaneses detidos em Israel.
Entre os presos, está o extremista Samir al Quntar, que cumpre 542 anos de prisão e é acusado de um seqüestro ocorrido em 1979, no qual o israelense Danny Haran, 28, e sua filha de quatro anos foram mortos. Autoridades israelenses rejeitaram a exigência.
O governo libanês --que inclui dois ministros ligados ao Hizbollah-- fez um apelo para que o Conselho de Segurança da ONU intervenha para resolver a crise na região
A Liga Árabe convocou uma reunião de emergência entre ministros das Relações Exteriores, que deve acontecer no Cairo.
Ofensiva
Depois de atingir estradas e pontes no sul do Líbano durante todo o dia de ontem, Israel expandiu a ofensiva nesta quinta-feira, impondo um bloqueio naval nos portos libaneses.
Na manhã de hoje, um míssil israelense atingiu a sede da rede de TV libanesa Al Manar, ligada ao Hizbollah, que fica no subúrbio de Haret Hreik, ao sul de Beirute. A rede de TV continuou em funcionamento e afirmou que o míssil atingiu apenas "uma unidade pequena de transmissão".
Segundo o diretor da rede de TV, Abdullah Kassir, uma pessoa ficou ferida no ataque.
A ofensiva aérea também foi intensificada no leste do Líbano, atingindo um centro cívico vizinho a uma mesquita muçulmana xiita perto da cidade de Baalbek, assim como uma antena de transmissão da Al Manar. O sinal da rede de TV foi interrompido na região.
Aeroporto
Aviões israelenses também atingiram a ponte de Khardali, no rio Litani, 16 km ao norte da fronteira entre o Líbano e Israel, segundo testemunhas.
Mísseis israelenses foram lançados contra o aeroporto internacional de Beirute, forçando seu fechamento e o desvio dos vôos para Chipre.
Foi a primeira vez desde a invasão israelense do Líbano, em 1982, que o aeroporto foi atingido por Israel. Em 1968, Israel explodiu 13 aviões de passageiros em Beirute, em retaliação ao o ataque de militantes libaneses contra um avião israelense em Atenas.
Com agências internacionais
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