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23/07/2006 - 19h34

Rei saudita pede intervenção dos EUA; Israel quer Síria e Irã fora de conflito

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da Efe, em Washington

O rei Abdullah, da Arábia Saudita, pediu neste domingo ao presidente americano, George W. Bush, que os Estados Unidos intervenham para conseguir um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hizbollah.

"Pedimos um cessar-fogo que permita o fim das hostilidades", disse o ministro das Relações Exteriores saudita, Saud al Faisal, após se reunir com Bush na Casa Branca. Também participaram da reunião a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e o chefe do Conselho de Segurança Nacional saudita, Bandar bin Sultan. Al Faisal disse que o pedido foi feito pelo rei Abdullah por meio de uma carta entregue a Bush.

Rice, que viaja hoje à região, se reunirá em Jerusalém com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e na Cisjordânia com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

A primeira parada de Rice será em Roma, onde tem prevista uma reunião com representantes de governos europeus e árabes que tentam dar apoio ao governo do Líbano.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, disse neste domingo em Damasco que o governo está disposto ao diálogo com os EUA para resolver o conflito entre Israel e o Hizbollah. O governo Bush afirma que a Síria e o Irã têm grande responsabilidade na situação atual, e que o grupo terrorista atende às instruções e depende do apoio de Damasco e Teerã.

Ao mesmo tempo, Washington recusa qualquer diálogo direto ou indireto com a Síria e o Irã. Edward Djerejian, ex-subsecretário de Estado para o Oriente Médio e ex-embaixador dos EUA na Síria e em Israel, criticou a reticência da administração Bush em conversar com a Síria para auxiliar no fim às hostilidades no sul do Líbano.

"Pertenço à escola da diplomacia, segundo a qual alguém negocia com seus adversários, não com seus aliados e amigos", disse Djerejian na televisão americana.

Síria e Irã

Israel quer evitar que sua operação militar contra o Hezbollah no Líbano provoque uma escalada que envolva a Síria e o Irã, declarou neste domingo o general Amos Yadlin, chefe da inteligência militar do exército israelense.

"As operações são conduzidas com o intuito de evitar uma escalada envolvendo a Síria e o Irã, Estados que apóiam o Hizbollah", declarou o general Yadlin, no 12º dia da ofensiva do exército israelense contra o grupo terrorista no Líbano. "Israel não está interessado em um confronto com a Síria e com o Irã, mas fará de tudo para que esses dois países deixem de apoiar o Hizbollah", acrescentou.

Yadlin afirmou ainda que Israel deseja estabelecer relações "de Estado para Estado" com o Líbano. "Queremos que o país assuma a responsabilidade pelas ações que são conduzidas contra Israel a partir de seu território", destacou o general. "Queremos acabar com o terrorismo contra Israel a partir do Líbano e [...] criar condições que permitam a restituição dos dois militares capturados", frisou o general.

Ofensiva

Neste domingo, forças israelenses realizaram novos ataques aéreos no Líbano e o Hizbollah lançou mais foguetes sobre Haifa (terceira maior cidade israelense), apesar das exigências da ONU para que o conflito --que já matou quase 400-- chegue ao fim.

Além da movimentação que indica a intensificação dos ataques por terra, hoje aviões israelenses bombardearam alvos em Beirute e nas regiões sul e leste do Líbano, matando ao menos cinco civis e ferindo outros 80, grande parte na cidade de Tiro.

A crise teve início em 12 de julho, depois que o Hizbollah seqüestrou dois soldados israelenses. Ao menos 361 pessoas já morreram no Líbano e outras 37 em Israel.

Com agências internacionais

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