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25/07/2006
-
08h30
da Folha Online
Forças israelenses de infantaria e carros blindados cercaram nesta terça-feira a cidade de Bint Jbeil, no sul do Líbano, considerada bastião do grupo terrorista libanês Hizbollah na região.
O número de vítimas desde o início do confronto, em 12 de julho, chega a 384 no Líbano --incluindo 20 soldados e 11 membros do Hizbollah. Ao menos 600 mil libaneses tiveram que deixar suas casas. O número de vítimas em Israel é de 36 --das quais 19 são soldados e 17 são civis mortos por foguetes do Hizbollah.
A crise teve início depois que o Hizbollah matou oito soldados e seqüestrou outros dois em um posto de controle da região da fronteira.
Segundo fontes militares, as tropas cercaram a cidade, impuseram um toque de recolher e invadiram algumas casas da região. No entanto, de acordo com o Exército de Israel, os enfrentamentos entre tropas israelenses e membros do grupo continuam na região.
"Há confrontos de todas as direções, incluindo ataques aéreos. Estamos atingindo os terroristas e fizemos vários prisioneiros nos embates", afirmou o coronel israelense Itzik Ronen, vice-comandante da unidade que opera na área, à rádio militar.
Dois soldados morreram e 14 ficaram feridos na ação --Lotan Slavin, 21, e Kobi Smileg, 20. De acordo com o Exército de Israel, o Hizbollah perdeu ao menos dez membros durante o combate.
Bint Jbeil é considerada um bastião do Hizbollah. Um dia depois que Israel deu fim à ocupação do sul do Líbano, em 2000, o líder do grupo, Hassan Nasrallah, realizou a primeira celebração em Bint Jbeil. Grande parte dos 200 mil moradores da cidade deixaram a região. Segundo a Cruz Vermelha, os poucos que permaneceram estão abrigados em escolas ou mesquitas.
A cidade fica a 2 km de Maroun al-Ras, outro bastião do Hizbollah. Durante o final de semana, tropas israelenses tentaram ocupar Maroun al Ras, que fica a 500 metros da fronteira.
Ataques aéreos
Aviões israelenses atacaram 15 locais de lançamento de foguetes na cidade de Tiro, ao nordeste do Líbano, nesta terça-feira, além de outros alvos do Hizbollah --como veículos, depósitos e de armas e cerca de 18 prédios utilizados como sedes do grupo xiita.
Casas do sul do Líbano também foram atingidas pela força aérea de Israel, matando sete pessoas e ferindo uma, segundo fontes da segurança libanesa.
Um míssil destruiu uma casa na cidade de Nabatiyeh, matando o dono, sua mulher e seus cinco filhos. Não ficou imediatamente claro porque aviões israelenses alvejaram a casa.
Foguetes
Nesta terça-feira, o Hizbollah lançou mais de 35 foguetes contra o norte de Israel, atingindo a cidade de Haifa --terceira maior cidade israelense-- e ferindo 19 civis. Um homem morreu em decorrência de um ataque cardíaco depois que um foguete atingiu sua casa.
Um dos foguetes atingiram um ônibus em Haifa e um segundo caiu sobre um prédio de apartamentos, segundo a TV israelense. Outros dois foguetes caíram próximos de um hospital.
Segundo a polícia, cerca de 16 foguetes dos 38 foguetes lançados atingiram a região de Haifa.
Visita
Ontem, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, iniciou visita à região e apresentou propostas ao Líbano e a Israel com o objetivo de pôr fim ao conflito, mas sustentou que um cessar-fogo somente poderá ser alcançado como parte de um plano mais amplo.
Durante a visita a Beirute --cidade atacada diariamente pela artilharia israelense desde o início da escalada, há duas semanas--, Rice manifestou sua simpatia ao governo do Líbano, mas deu poucos sinais de que uma trégua imediata possa ser obtida.
Logo após a chegada, Rice se reuniu com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora. Rice deve se reunir nesta manhã com o premiê de Israel, Ehud Olmert, e com o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, para discutir a crise no Oriente Médio.
Ajuda
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que vem se recusando a pedir um cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah, ordenou nesta segunda-feira o envio urgente de ajuda humanitária às vítimas dos conflitos no Líbano.
O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, afirmou que a ajuda americana incluirá toneladas de equipamentos médicos e outras provisões que a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA (Usaid) fornecerá às ONGs para que as distribuam entre os milhares de civis deslocados pelo conflito.
Whitman disse que os pacotes médicos são suficientes para abastecer dez mil pessoas durante três meses, e que o Pentágono já transferiu essas provisões por avião até o Chipre, de onde serão enviadas a Beirute.
Com agências internacionais
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Forças israelenses de infantaria e carros blindados cercaram nesta terça-feira a cidade de Bint Jbeil, no sul do Líbano, considerada bastião do grupo terrorista libanês Hizbollah na região.
O número de vítimas desde o início do confronto, em 12 de julho, chega a 384 no Líbano --incluindo 20 soldados e 11 membros do Hizbollah. Ao menos 600 mil libaneses tiveram que deixar suas casas. O número de vítimas em Israel é de 36 --das quais 19 são soldados e 17 são civis mortos por foguetes do Hizbollah.
A crise teve início depois que o Hizbollah matou oito soldados e seqüestrou outros dois em um posto de controle da região da fronteira.
Segundo fontes militares, as tropas cercaram a cidade, impuseram um toque de recolher e invadiram algumas casas da região. No entanto, de acordo com o Exército de Israel, os enfrentamentos entre tropas israelenses e membros do grupo continuam na região.
Kai Pfaffenbach/Reuters |
Israelenses exibem bandeiras do Líbano e do Hizbollah (à dir.) após ações no sul do Líbano |
Dois soldados morreram e 14 ficaram feridos na ação --Lotan Slavin, 21, e Kobi Smileg, 20. De acordo com o Exército de Israel, o Hizbollah perdeu ao menos dez membros durante o combate.
Bint Jbeil é considerada um bastião do Hizbollah. Um dia depois que Israel deu fim à ocupação do sul do Líbano, em 2000, o líder do grupo, Hassan Nasrallah, realizou a primeira celebração em Bint Jbeil. Grande parte dos 200 mil moradores da cidade deixaram a região. Segundo a Cruz Vermelha, os poucos que permaneceram estão abrigados em escolas ou mesquitas.
A cidade fica a 2 km de Maroun al-Ras, outro bastião do Hizbollah. Durante o final de semana, tropas israelenses tentaram ocupar Maroun al Ras, que fica a 500 metros da fronteira.
Ataques aéreos
Aviões israelenses atacaram 15 locais de lançamento de foguetes na cidade de Tiro, ao nordeste do Líbano, nesta terça-feira, além de outros alvos do Hizbollah --como veículos, depósitos e de armas e cerca de 18 prédios utilizados como sedes do grupo xiita.
Casas do sul do Líbano também foram atingidas pela força aérea de Israel, matando sete pessoas e ferindo uma, segundo fontes da segurança libanesa.
Um míssil destruiu uma casa na cidade de Nabatiyeh, matando o dono, sua mulher e seus cinco filhos. Não ficou imediatamente claro porque aviões israelenses alvejaram a casa.
Foguetes
Nesta terça-feira, o Hizbollah lançou mais de 35 foguetes contra o norte de Israel, atingindo a cidade de Haifa --terceira maior cidade israelense-- e ferindo 19 civis. Um homem morreu em decorrência de um ataque cardíaco depois que um foguete atingiu sua casa.
Mahmoud Tawil/AP |
Libanês exibe bandeiras do Líbano (à dir.) e do Hizbollah em frente a prédio da ONU em Beirute |
Segundo a polícia, cerca de 16 foguetes dos 38 foguetes lançados atingiram a região de Haifa.
Visita
Ontem, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, iniciou visita à região e apresentou propostas ao Líbano e a Israel com o objetivo de pôr fim ao conflito, mas sustentou que um cessar-fogo somente poderá ser alcançado como parte de um plano mais amplo.
Durante a visita a Beirute --cidade atacada diariamente pela artilharia israelense desde o início da escalada, há duas semanas--, Rice manifestou sua simpatia ao governo do Líbano, mas deu poucos sinais de que uma trégua imediata possa ser obtida.
Logo após a chegada, Rice se reuniu com o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora. Rice deve se reunir nesta manhã com o premiê de Israel, Ehud Olmert, e com o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, para discutir a crise no Oriente Médio.
Ajuda
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que vem se recusando a pedir um cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah, ordenou nesta segunda-feira o envio urgente de ajuda humanitária às vítimas dos conflitos no Líbano.
O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, afirmou que a ajuda americana incluirá toneladas de equipamentos médicos e outras provisões que a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA (Usaid) fornecerá às ONGs para que as distribuam entre os milhares de civis deslocados pelo conflito.
Whitman disse que os pacotes médicos são suficientes para abastecer dez mil pessoas durante três meses, e que o Pentágono já transferiu essas provisões por avião até o Chipre, de onde serão enviadas a Beirute.
Com agências internacionais
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