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31/07/2006
-
08h20
Folha Online
O governo de Israel ordenou na madrugada desta segunda-feira uma interrupção de 48 horas nos ataques aéreos após a comunidade internacional ter condenado bombardeios israelenses que deixaram 56 mortos na cidade de Qana [ao menos 37 das vítimas eram crianças que morreram enquanto dormiam].
Ontem, após a mortífera ação israelense, o grupo terrorista Hizbollah lançou mais de cem foguetes Katyusha contra Israel. Não houve resgistro de vítimas.
O prédio atacado neste domingo abrigava pessoas que haviam fugido de outras regiões bombardeadas por Israel e que tentavam escapar da morte em Qana. Israel havia pedido que as pessoas deixassem a cidade, tirando a opção dos refugiados de se esconder naquele local.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que esteve em Israel neste fim de semana, disse que um cessar-fogo definitivo poderia ser acertado ainda nesta semana, embora Israel tenha dito que seriam necessários mais 15 dias de ação para alcançar os resultados desejados: destruir por completo a infra-estrutura do Hizbollah.
O cessar-fogo definitivo citado por Rice envolve o governo do Líbano --que não participa das ações violentas entre as forças israelenses e o Hizbollah. Segundo Rice, o governo libanês deve assumir o controle do sul do país, onde se concentram as bases do Hizbollah e de onde são lançados foguetes Katyusha contra o território israelense.
Apesar do cessar-fogo aéreo, Israel lançou bombardeio por mar nesta segunda-feira, causando a morte de um soldado libanês na cidade portuária de Tiro. Outros três militares libaneses ficaram feridos. Tropas israelenses também mantêm ações por terra contra o Hizbollah.
Segunda visita
Esta foi a segunda visita de Rice à região em uma semana. Desta vez a secretária de Estado americana cancelou sua passagem por Beirute após o ataque israelense a Qana. O primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, reconheceu ter pedido a Rice que não fosse ao Líbano.
A atual onda de violência teve início no último dia 12, quando membros do Hizbollah seqüestraram dois soldados israelenses. A ação deixou ainda outros oito soldados e dois membros do grupo libanês mortos. O Hizbollah quer trocar os dois soldados por libaneses presos em Israel, mas o governo israelense se nega a fazer a troca.
A violência entre Israel e Hizbollah já deixou cerca de 500 mortos no Líbano [a maioria civis, além de sete brasileiros] e 50 mortos em Israel [19 civis].
Peretz
Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse em uma sessão extraordinária do Parlamento (Knesset), que Israel não aceitará um cessar-fogo "imediato sem determinadas condições". Israel quer a devolução dos dois soldados e o controle do sul do Líbano sob o comando do Exército libanês.
"Como homem de paz, digo a vocês que não se deve proclamar um cessar-fogo imediato sem acordos prévios... Estamos em uma guerra para defender nossos lares, uma guerra que nos foi imposta, e estamos decididos a vencer", disse o ministro. Peretz disse ainda que esta é uma guerra dolorosa, mas que Israel a vencerá.
"O mundo deve saber que Israel não tem nenhum interesse em uma guerra com o povo libanês ou com os palestinos, e sim com seus grupos terroristas, respaldados pela Síria e pelo Irã."
Com agências internacionais
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Israel diz que cumpre cessar-fogo aéreo após ataque matar 56
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O governo de Israel ordenou na madrugada desta segunda-feira uma interrupção de 48 horas nos ataques aéreos após a comunidade internacional ter condenado bombardeios israelenses que deixaram 56 mortos na cidade de Qana [ao menos 37 das vítimas eram crianças que morreram enquanto dormiam].
Ontem, após a mortífera ação israelense, o grupo terrorista Hizbollah lançou mais de cem foguetes Katyusha contra Israel. Não houve resgistro de vítimas.
O prédio atacado neste domingo abrigava pessoas que haviam fugido de outras regiões bombardeadas por Israel e que tentavam escapar da morte em Qana. Israel havia pedido que as pessoas deixassem a cidade, tirando a opção dos refugiados de se esconder naquele local.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que esteve em Israel neste fim de semana, disse que um cessar-fogo definitivo poderia ser acertado ainda nesta semana, embora Israel tenha dito que seriam necessários mais 15 dias de ação para alcançar os resultados desejados: destruir por completo a infra-estrutura do Hizbollah.
O cessar-fogo definitivo citado por Rice envolve o governo do Líbano --que não participa das ações violentas entre as forças israelenses e o Hizbollah. Segundo Rice, o governo libanês deve assumir o controle do sul do país, onde se concentram as bases do Hizbollah e de onde são lançados foguetes Katyusha contra o território israelense.
Apesar do cessar-fogo aéreo, Israel lançou bombardeio por mar nesta segunda-feira, causando a morte de um soldado libanês na cidade portuária de Tiro. Outros três militares libaneses ficaram feridos. Tropas israelenses também mantêm ações por terra contra o Hizbollah.
Segunda visita
Esta foi a segunda visita de Rice à região em uma semana. Desta vez a secretária de Estado americana cancelou sua passagem por Beirute após o ataque israelense a Qana. O primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, reconheceu ter pedido a Rice que não fosse ao Líbano.
A atual onda de violência teve início no último dia 12, quando membros do Hizbollah seqüestraram dois soldados israelenses. A ação deixou ainda outros oito soldados e dois membros do grupo libanês mortos. O Hizbollah quer trocar os dois soldados por libaneses presos em Israel, mas o governo israelense se nega a fazer a troca.
A violência entre Israel e Hizbollah já deixou cerca de 500 mortos no Líbano [a maioria civis, além de sete brasileiros] e 50 mortos em Israel [19 civis].
Peretz
Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, disse em uma sessão extraordinária do Parlamento (Knesset), que Israel não aceitará um cessar-fogo "imediato sem determinadas condições". Israel quer a devolução dos dois soldados e o controle do sul do Líbano sob o comando do Exército libanês.
"Como homem de paz, digo a vocês que não se deve proclamar um cessar-fogo imediato sem acordos prévios... Estamos em uma guerra para defender nossos lares, uma guerra que nos foi imposta, e estamos decididos a vencer", disse o ministro. Peretz disse ainda que esta é uma guerra dolorosa, mas que Israel a vencerá.
"O mundo deve saber que Israel não tem nenhum interesse em uma guerra com o povo libanês ou com os palestinos, e sim com seus grupos terroristas, respaldados pela Síria e pelo Irã."
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