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31/07/2006
-
11h42
da Folha Online
O presidente norte-americano, George W. Bush, pediu nesta segunda-feira uma paz duradoura no Oriente Médio, porém não mencionou um cessar-fogo, reivindicado pela comunidade internacional após o ataque israelense que deixou 56 mortos neste domingo no sul do Líbano.
"Asseguro que elaboraremos um plano no Conselho de Segurança que aborde o problema desde a raiz", declarou Bush após um encontro com empresários em Miami.
"Queremos uma paz duradoura, uma paz que seja viável", acrescentou.
O presidente norte-americano ainda acusou o Irã de dar apoio financeiro e militar ao Hizbollah e pediu que Teerã deixe de ajudar o grupo libanês. "O Irã deve parar com sua ajuda financeira e fornecimento de armas a grupos terroristas como o Hizbollah", disse, acrescentando que a "Síria deve encerrar seu apoio ao terror e respeitar a soberania do Líbano".
O governo de Israel ordenou na madrugada desta segunda-feira uma interrupção de 48 horas nos ataques aéreos após a comunidade internacional ter condenado bombardeios israelenses que deixaram 56 mortos na cidade de Qana [ao menos 37 das vítimas eram crianças que morreram enquanto dormiam].
Ontem, após a mortífera ação israelense, o grupo terrorista Hizbollah lançou mais de cem foguetes Katyusha contra Israel. Não houve registro de vítimas.
EUA
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que esteve em Israel neste fim de semana, disse que um cessar-fogo definitivo poderia ser acertado ainda nesta semana, embora Israel tenha dito que seriam necessários mais 15 dias de ação para alcançar os resultados desejados: destruir por completo a infra-estrutura do Hizbollah.
O cessar-fogo definitivo citado por Rice envolve o governo do Líbano --que não participa das ações violentas entre as forças israelenses-- e o Hizbollah. Segundo Rice, o governo libanês deve assumir o controle do sul do país, onde se concentram as bases do Hizbollah e de onde são lançados foguetes Katyusha contra o território israelense.
Bush volta hoje a Washington e deve debater o tema com Rice nesta tarde. "A secretária de Estado Condoleezza Rice trabalha para obter de maneira urgente um cessar-fogo, um cessar-fogo duradouro", disse Bush em Miami.
Os Estados Unidos apoiaram a ofensiva israelense durante as últimas três semanas apesar de insistirem em que Israel deve conter sua campanha contra o Hizbollah.
Autoridades israelenses afirmam que planejam seguir com a campanha militar contra o Hizbollah até que uma força internacional atue no sul do Líbano.
Conflito
Apesar do cessar-fogo aéreo, Israel lançou bombardeio por mar nesta segunda-feira, causando a morte de um soldado libanês na cidade portuária de Tiro. Outros três militares libaneses ficaram feridos. Tropas israelenses também mantêm ações por terra contra o Hizbollah.
A atual onda de violência teve início no último dia 12, quando membros do Hizbollah seqüestraram dois soldados israelenses. A ação deixou ainda outros oito soldados e dois membros do grupo libanês mortos. O Hizbollah quer trocar os dois soldados por libaneses presos em Israel, mas o governo israelense se nega a fazer a troca.
A violência entre Israel e Hizbollah já deixou cerca de 500 mortos no Líbano [a maioria civis, além de sete brasileiros] e 50 mortos em Israel [19 civis].
Com agências internacionais
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Bush resiste a pedir cessar-fogo imediato no Oriente Médio
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O presidente norte-americano, George W. Bush, pediu nesta segunda-feira uma paz duradoura no Oriente Médio, porém não mencionou um cessar-fogo, reivindicado pela comunidade internacional após o ataque israelense que deixou 56 mortos neste domingo no sul do Líbano.
"Asseguro que elaboraremos um plano no Conselho de Segurança que aborde o problema desde a raiz", declarou Bush após um encontro com empresários em Miami.
"Queremos uma paz duradoura, uma paz que seja viável", acrescentou.
01.mar.2006/AP |
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush |
O governo de Israel ordenou na madrugada desta segunda-feira uma interrupção de 48 horas nos ataques aéreos após a comunidade internacional ter condenado bombardeios israelenses que deixaram 56 mortos na cidade de Qana [ao menos 37 das vítimas eram crianças que morreram enquanto dormiam].
Ontem, após a mortífera ação israelense, o grupo terrorista Hizbollah lançou mais de cem foguetes Katyusha contra Israel. Não houve registro de vítimas.
EUA
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, que esteve em Israel neste fim de semana, disse que um cessar-fogo definitivo poderia ser acertado ainda nesta semana, embora Israel tenha dito que seriam necessários mais 15 dias de ação para alcançar os resultados desejados: destruir por completo a infra-estrutura do Hizbollah.
O cessar-fogo definitivo citado por Rice envolve o governo do Líbano --que não participa das ações violentas entre as forças israelenses-- e o Hizbollah. Segundo Rice, o governo libanês deve assumir o controle do sul do país, onde se concentram as bases do Hizbollah e de onde são lançados foguetes Katyusha contra o território israelense.
Bush volta hoje a Washington e deve debater o tema com Rice nesta tarde. "A secretária de Estado Condoleezza Rice trabalha para obter de maneira urgente um cessar-fogo, um cessar-fogo duradouro", disse Bush em Miami.
Os Estados Unidos apoiaram a ofensiva israelense durante as últimas três semanas apesar de insistirem em que Israel deve conter sua campanha contra o Hizbollah.
Autoridades israelenses afirmam que planejam seguir com a campanha militar contra o Hizbollah até que uma força internacional atue no sul do Líbano.
Conflito
Apesar do cessar-fogo aéreo, Israel lançou bombardeio por mar nesta segunda-feira, causando a morte de um soldado libanês na cidade portuária de Tiro. Outros três militares libaneses ficaram feridos. Tropas israelenses também mantêm ações por terra contra o Hizbollah.
A atual onda de violência teve início no último dia 12, quando membros do Hizbollah seqüestraram dois soldados israelenses. A ação deixou ainda outros oito soldados e dois membros do grupo libanês mortos. O Hizbollah quer trocar os dois soldados por libaneses presos em Israel, mas o governo israelense se nega a fazer a troca.
A violência entre Israel e Hizbollah já deixou cerca de 500 mortos no Líbano [a maioria civis, além de sete brasileiros] e 50 mortos em Israel [19 civis].
Com agências internacionais
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