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02/08/2006 - 08h32

Israel anuncia neutralização do Hizbollah, mas sofre 150 ataques

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da Folha Online

O governo israelense, que reforça sua invasão ao sul do território libanês com milhares de soldados, anunciou nesta quarta-feira ter conseguido neutralizar a infra-estrutura do grupo terrorista libanês Hizbollah. Apesar disso, 150 foguetes Katyusha atingiram o norte de Israel, causando a morte de uma civil e deixando 12 feridos.

Vários edifícios foram atingidos pelos foguetes do Hizbollah, que também provocaram incêndios já controlados.

"Acredito que o Hizbollah foi amplamente desarmado graças à operação militar de Israel", declarou o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, após o Ministério da Justiça haver afirmado que 300 dos 2.000 combatentes do grupo haviam morrido na ofensiva.

O Hizbollah, no entanto, negou a informação, afirmando que 43 é o número correto de combatentes mortos desde o início da ofensiva militar israelense contra o Líbano, há três semanas. A informação foi divulgada pela rede de TV Al Manar, ligada ao grupo.

Segundo o Hizbollah, as declarações do Ministério da Justiça israelense "fazem parte da guerra psicológica do inimigo para desviar a atenção de suas perdas no campo de batalha e elevar o moral de seus soldados".

Israel alega ainda que mais de 700 posições de comandos do Hizbollah foram eliminadas por seu Exército.

Carlos Barria/Reuters
Soldados israelenses rezam após regressar de ação do Exército em território libanês
"Toda a população que constitui a base de poder do Hizbollah foi deslocada", disse Olmert, acrescentando que Israel continuará a atacar enquanto não houver uma força internacional atuando na região de conflito.

Força internacional

Olmert reafirmou que Israel só interromperá sua ofensiva quando tropas internacionais assumirem a região da fronteira, onde o governo israelense anunciou na semana passada a criação de uma "zona de segurança".

O premiê condicionou o fim dos ataques israelenses à ajuda internacional --cuja ação até agora continua estagnada--, alegando que, se não for dessa maneira, o Hizbollah aproveitará o período de trégua para retomar os ataques a Israel.

O estopim da atual onda de violência entre Israel e Líbano foi o seqüestro de dois soldados israelenses levado a cabo no último dia 12 pelo Hizbollah. A ação deixou ainda oitos soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos. Desde então, Israel ataca o Líbano por ar, terra e mar.

O Hizbollah também lança dezenas de foguetes Katyusha contra o norte de Israel diariamente. O saldo de vítimas é de mais de 600 mortos no Líbano [dos quais cerca de 520 são civis, e inclui sete brasileiros] e 55 israelenses [19 civis].

Nasser Nasser/AP
Libanesa reza ao lado de foto do líder do grupo terrorista Hizbollah, xeque Hassan Nasrallah
Israel retomou com mais força nesta quarta-feira os ataques aéreos parcialmente suspensos depois do ataque do Exército à cidade libanesa de Qana no último domingo (30) --que causou a morte de 56 civis, entre eles 37 crianças, e que foi duramente criticado.

Mortes

Três soldados libaneses morreram nesta terça-feira em um bombardeio israelense contra uma importante posição do Exército ao leste de Saida, no sul do Líbano, anunciou a polícia local.

Caças-bombardeiros abriram fogo contra a posição de Sarba, na região do porto de Saida, e mataram três oficiais. Cerca de 30 militares libaneses já morreram desde o início dos confrontos.

Um porta-voz militar libanês confirmou a morte de três soldados ontem, acrescentando que os aviões israelenses dispararam contra militares que haviam se instalado nas trincheiras cavadas ao redor do posto.

ONU

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, criticou a declaração do Conselho de Segurança que não condenou Israel pelo bombardeio de Qana, sul do Líbano, que matou pelo menos 52 pessoas, incluindo mais de 30 crianças, informou a rede de televisão Al Jazira (rede de TV do Qatar).

"A declaração adotada foi menos forte do que eu gostaria, menos forte do que defendi", declarou Kofi Annan.

"A grande maioria dos membros do Conselho queria um linguagem mais forte" disse Annan, de acordo com um tradução para o árabe de suas palavras.

Com agências internacionais

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