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02/08/2006 - 12h40

Israel fará mais 10 dias de ataques; Hizbollah lança 180 foguetes

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da Folha Online

Após o grupo terrorista Hizbollah ter quebrado seu recorde de lançamento de foguetes contra Israel nesta quarta-feira, quando 180 deles tiveram como alvo regiões no norte do país, o governo israelense anunciou mais dez dias consecutivos de ataques.

O anúncio da prorrogação das ações no Líbano foi feito pelo ministro da Justiça de Israel, Haim Ramon. Ele pediu paciência e determinação para deixar o Exército "terminar seu trabalho". "Esta não é uma tarefa de um ou dois dias... As ações serão mantidas até o próximo dia 12", afirmou.

O acirramento das ações de ambos os lados sinaliza o aumento do número de mortos, que já chega a 600 no Líbano [entre eles 26 soldados, 43 membros do Hizbollah e mais de 500 civis] e 55 em Israel [36 soldados e 19 civis]. A atual onda de violência teve início com o seqüestro de dois soldados israelenses levado a cabo no último dia 12 pelo Hizbollah. A ação deixou ainda oitos soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos.

Na manhã desta quarta-feira, o premiê de Israel, Ehud Olmert, havia condicionado o fim dos ataques à presença de ajuda internacional na chamada "zona de segurança" [na fronteira do sul do Líbano, onde se concentra o Hizbollah, com o norte de Israel].

Até agora, Israel rejeitou todos os pedidos de cessar-fogo feitos pela comunidade internacional e não conseguiu avanços durante as duas visitas da secretária de Estado dos EUA ao país, na última semana. No domingo (30), Israel sofreu duras críticas bombardear a cidade libanesa de Qana, deixando um rastro de 56 civis mortos, entre eles 37 crianças.

Infra-estrutura

Cerca de 8.000 soldados israelenses mantêm forte ofensiva na fronteira, e parte dessas tropas estão dentro de território libanês. O objetivo é destruir a infra-estrutura do Hizbollah e isolar a região para tentar evitar ataques de foguetes contra Israel.

O Exército israelense alega que mais de 700 posições de comandos do Hizbollah foram eliminadas por seu Exército, mas admite ter sérios problemas para localizar as bases de lançamento dos foguetes Katyusha.

"Acredito que o Hizbollah foi amplamente desarmado graças à operação militar de Israel", declarou Olmert, após o Ministério da Justiça anunciar a morte de 300 dos 2.000 combatentes do grupo. O Hizbollah, no entanto, negou a informação, afirmando que 46 é o número correto de combatentes mortos desde o início da ofensiva militar israelense contra o Líbano, há três semanas. A informação foi divulgada pela rede de TV Al Manar, ligada ao grupo.

O Hizbollah disse também que as declarações do Ministério da Justiça israelense "fazem parte da guerra psicológica do inimigo para desviar a atenção de suas perdas no campo de batalha".

Ação sem precedentes

Nesta quarta-feira, em uma ação sem precedentes, o Hizbollah lançou 180 foguetes Katyusha contra Israel [60 deles em uma hora], gerando medo e alerta à população, que foi avisada por meio de sirenes em cerca de 30 regiões rurais no norte do país. Um civil de 52 anos morreu --a vítima andava de bicicleta no Kibutz Saar, nas proximidades de Nahariya-- e outras 14 pessoas se feriram.

O ataque do Hizbollah foi tão intenso que a rádio pública de Israel teve de interromper sua programação várias vezes para alertar a população e orientá-la a se esconder em abrigos.

Desde o início dos confrontos, os foguetes do Hizbollah têm alcançado distâncias superiores às previstas. Os de hoje atingiram pela primeira vez a cidade de Beit Shean, que fica a 70 km do Líbano, além de Afula, Tiberíades e Haifa [terceira maior cidade de Israel e um dos principais alvos do Hizbollah].

Até então, acreditava-se que esses foguetes tinham potência máxima de 20 km, mas os ataques já atingem cidades a 70 km de distância da fronteira ou mais, o que aumenta a preocupação do governo israelense.

Com agências internacionais

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