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05/08/2006 - 11h02

Confrontos entre Israel e Hizbollah no Líbano deixam ao menos 13 mortos

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da Folha Online

Um grupos de operações especiais da Marinha israelense realizou um ataque a um cidade de Tiro (sul do Líbano) neste sábado, enquanto a Força Aérea israelense realizou bombardeios no sul de Beirute (capital do Líbano). Os confrontos de hoje no Líbano entre as forças de Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah já deixaram ao menos 13 mortos.

A ação em Tiro teve início antes do amanhecer. Os soldados chegaram de helicóptero à região norte da cidade e avançaram até uma edificação de dois andares, onde estariam abrigados supostos membros do Hizbollah. O tiroteio que começou depois que os soldados israelenses se aproximaram do alvo durou cerca de três horas.

Segundo a IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), ao menos cinco libaneses --sendo quatro supostos membros do Hizbollah e um soldado libanês que estava em um posto de checagem próximo-- morreram na operação, segundo fontes das forças militares libanesas ouvidas pela agência de notícias Associated Press.

O grupo libanês, por sua vez, declarou que um soldado israelense morreu na operação. A informação foi confirmada depois pelas forças militares israelenses, segundo a agência de notícias Efe. Outros oito soldados israelenses ficaram feridos.

Um morador da região disse à AP ter visto os soldados israelenses atacarem o local. "Eles tinham barbas. Pensei que fossem do Hizbollah", disse Qassem Aad, 18. Ele afirmou que muitas pessoas saíam do edifício com as mão erguidas, e então o tiroteio começou.

Em Al Bass, na região sul de Tiro, um míssil disparado por um avião não tripulado israelense matou duas pessoas em uma motocicleta, segundo as forças militares libanesas.

A IDF realizou hoje ataques a cerca de 70 alvos no Líbano hoje. Pouco antes do amanhecer, a Força Aérea de Israel realizou bombardeios no leste do Líbano, entre eles um sobre a estrada que liga as cidades de Hermel e a cidade de Homs, na Síria. A estrada foi fechada depois do bombardeio por causa dos extensos estragos causados, segundo residentes próximos do local, segundo o "Haaretz".

Outros alvos foram atingidos em subúrbios no sul de Beirute, mas não havia ainda informações sobre feridos ou mortos, segundo estações de rádio e TV locais. Segundo a estatal Agência Nacional de Notícias do Líbano, quatro pessoas morreram nos ataques.

As operações em Tiro de hoje tinham por objetivo atingir lançadores de foguetes do Hizbollah. Ontem, três foguetes do grupo atingiram a cidade israelense de Hadera (75 km ao sul da fronteira), no ataque de maior alcance do Hizbollah contra o norte de Israel até agora.

Em um outro confronto ocorrido hoje, morteiros disparados pelo Hizbollah atingiram dois veículos de uma divisão de engenharia do Exército israelense durante conflito perto de um vilarejo na região de Taibeh (a 5 km da fronteira israelense). Um soldado israelense morreu e outros nove ficaram feridos na ação, segundo a IDF.

Apesar da resistência do Hizbollah, o Exército israelense conseguiu estabelecer posições dentro, ou perto, de 11 cidades e vilarejos no sul do Líbano. Israel pretende criar uma "zona de segurança" ao norte do país. O país tenta expandir cada vez mais sua penetração em território libanês --avançando dos 6 km já invadidos para 15 km-- a fim de evitar o lançamento de foguetes contra o norte de seu território.

No leste do país, foi encontrada nesta manhã uma van destruída perto da cidade de Qaa, no vale do Bekaa (que abriga um dos redutos do Hizbollah), disse o prefeito da cidade, Saadeh Toum. O corpo do motorista da van, ainda dentro do veículo, estava carbonizado.

Missão a cumprir

"Pretendemos cumprir nossa missão", disse o ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, segundo a AP. "O Hizbollah não deve alimentar ilusões de que venhamos a desistir. [O líder do Hizbollah, xeque Hassan] Nasrallah não deve duvidar de que enfrenta uma força que insistirá no cumprimento de sua missão."

O Hizbollah, que recebe apoio sírio e iraniano, não é visto no Líbano como uma entidade terrorista, mas como um grupo de resistência contra a invasão israelense ao país, em 1982, que só terminou em 2000, 18 anos mais tarde. O grupo foi o único a não se desarmar após a guerra civil do Líbano (1975-1991), e freqüentemente lança foguetes contra Israel.

Desde o início da ofensiva israelense contra o Hizbollah, em 12 de julho, o conflito deixou quase mil mortos. Só no Líbano, cerca de 900 pessoas morreram, sendo que mais de 800 eram civis. Em Israel, confrontos e foguetes do Hizbollah deixaram mais de 70 mortos, sendo mais de 30 civis.

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