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12/08/2006 - 15h43

Rice diz que cessar-fogo deve entrar em vigor em até 48 horas

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da Folha Online

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, disse esperar que o cessar-fogo no Líbano entre em vigor em até 48 horas. A declaração foi feita ao Canal 1 da televisão pública israelense.

Pouco antes, o grupo terrorista libanês Hizbollah afirmou que se "compromete a interromper todos os atos hostis" com Israel uma vez que tenha sido negociada uma data por parte das Nações Unidas.

Segundo uma autoridade governamental citada pelo jornal "Haaretz", Israel espera poder instaurar um cessar-fogo no domingo ou na segunda-feira (14). A decisão dependeria de debates no gabinete israelense (que se reúne neste domingo) e na ONU (Organização das Nações Unidas).

O Canal 2 da televisão israelense informou que a expectativa é de que o cessar-fogo comece a vigorar na segunda-feira (14), às 7h (2h de Brasília). A informação ainda não foi confirmada e segue uma declaração anterior do chefe do Estado-maior israelense, general Dan Halutz, que afirmou que a ofensiva expandida israelense por terra deve continuar por uma semana antes de uma trégua.

O anúncio do Hizbollah foi feito pelo chefe do movimento, Hassan Nasrallah, em discurso difundido pela rede de TV Al Manar.

Após algumas horas da aprovação na ONU da resolução, que pede um cessar-fogo no conflito entre o Exército israelense e o Hizbollah, o primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, afirmou neste sábado que a proposta satisfaz os interesses de seu país.

Siniora afirmou que seu gabinete aprovará o plano ainda hoje. "Esta resolução prova que o mundo inteiro ficou ao lado do Líbano", disse.

Apesar da aprovação da resolução, os combates continuam. Israel leva a cabo uma ampliação de sua ofensiva no sul do Líbano --segundo o chefe do Estado-maior israelense, general Dan Halutz, Israel triplicou o número de seus militares em ação-- e o Hizbollah segue lançando foguetes contra o norte de Israel --20 deles já teriam sido lançados hoje. O conflito, iniciado no dia 12 de julho, já dura um mês.

Pelo menos 19 libaneses e sete soldados israelenses morreram nos combates deste sábado. Israel declarou ainda que atingiu rio Litani e matou 500 membros do Hizbollah.

O Conselho de Segurança (CS) da ONU aprovou por unanimidade nesta sexta-feira uma resolução que pede o fim dos confrontos entre Israel e o Hizbollah e a retirada das tropas israelenses do Líbano.

A escalada de violência entre o Exército de Israel e o Hizbollah começou quando o grupo terrorista seqüestrou dois soldados israelenses, em ação que deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos. Desde então, forças israelenses atacam o Líbano por terra, ar e mar, deixando inúmeras cidades libanesas destruídas, sem luz, água e telefone. Em resposta, o Hizbollah lança foguetes: mais de 3.000 já atingiram o norte de Israel.

Ao menos 1.061 pessoas morreram no Líbano, a maioria civis --sendo 30% deles crianças com menos de 12 anos. No lado israelense, as baixas somam 124-- entre soldados e civis, incluindo mulheres e crianças.

A ONU não fixou a data para a entrada em vigor da resolução. Antes, o texto deve ser aprovado pelos governos dos dois países.

ONU

A resolução aprovada ontem autoriza o envio de 15 mil soldados de uma força de paz das Nações Unidas. Esta aprovação pelo CS é a primeira ação significativa adotada pelo organismo para tentar pôr fim à guerra no Oriente Médio.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou que centenas de milhões de pessoas em todo o mundo compartilhavam da sua frustração pelo fato de o CS ter demorado tanto tempo para agir. A inércia do órgão máximo da ONU "abalou extremamente a confiança do mundo sobre sua autoridade e integridade", criticou Annan.

A resolução, adotada por 15 a 0, exige a "completa suspensão das hostilidades", determinando que o Hizbollah interrompa imediatamente todos os ataques e que Israel pare com "todas operações ofensivas".

Assim que os confrontos cheguem ao fim, Israel deve empreender uma retirada em etapas do Líbano, à medida que o Exército libanês e uma força de paz ampliada da ONU --com 15 mil soldados-- avancem na área sob o domínio do Hizbollah no sul do Líbano.

Ofensiva

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, aceitou os termos da resolução que prevê um cessar-fogo no Líbano, mas dará continuidade à ofensiva contra o grupo terrorista Hizbollah até que o gabinete israelense aprove a trégua, informaram nesta sexta-feira autoridades israelenses.

Olmert, o ministro da Defesa Amir Peretz e a ministra de Relações Exteriores Tzipi Livni concordaram com os pontos do projeto de resolução apresentado no Conselho de Segurança da ONU, de acordo com fontes do governo citadas, sob a condição de anonimato, por agências de notícias.

Gideon Meir, alta autoridade da chancelaria israelense, declarou que Olmert vai discutir com seu gabinete os termos do acordo em sua próxima reunião, neste domingo (13).

A nova invasão reforçou o contingente de 6.500 soldados que já estavam no sul do Líbano, operando numa faixa territorial de seis a oito quilômetros ao longo da fronteira.

A ofensiva israelense começou pouco antes de o Conselho de Segurança da ONU aprovar a resolução para o cessar-fogo. As tropas pretendem desmontar a infra-estrutura de combate do Hizbollah, o que pode levar várias semanas.

Com agências internacionais

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