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13/08/2006 - 23h47

Premiê israelense ordena cessar-fogo no Líbano

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da France Presse
da Folha Online

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, ordenou o cessar-fogo às suas tropas a partir das 2h de segunda-feira (20h de domingo em Brasília), seis horas antes do previsto no acordo com a ONU, informou o jornal "Haaretz" em sua página na Internet. O acordo previa o fim das hostilidades entre Israel e o grupo extremista libanês Hizbollah a partir das 2h de Brasília desta segunda-feira (14).

Segundo o "Haaretz", Olmert reuniu-se na noite deste domingo com o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, e os comandantes militares, e deu a ordem para início do cessar-fogo, pedido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em sua resolução 1701, aprovada por unanimidade na sexta-feira (11). Os militares foram autorizados, porém, a abrir fogo em caso de legítima defesa.

O "Haaretz" afirma que o Exército israelense recebeu ordens para se retirar imediatamente do sul do Líbano e se manter apenas nas posições estratégicas, cujo controle será entregue ao Exército libanês e à Finul (Força Interina da ONU). Enquanto isso, o Exército de Israel deverá continuar sua busca por esconderijos de armas.

O cessar-fogo foi aprovado neste domingo pelo governo israelense. Neste sábado, o gabinete do Líbano e o Hizbollah também aceitaram a resolução aprovada na sexta-feira pela ONU pedindo o fim dos conflitos.

A resolução autoriza o envio de 15 mil soldados de uma força de paz das Nações Unidas. Esta aprovação pelo Conselho de Segurança é a primeira ação significativa adotada pelo organismo para tentar pôr fim à guerra no Oriente Médio.

A resolução, aprovada por 15 a 0, exige a "completa suspensão das hostilidades", determinando que o Hizbollah interrompa imediatamente todos os ataques e que Israel pare com "todas operações ofensivas".

Assim que os confrontos cheguem ao fim, Israel deve empreender uma retirada em etapas do Líbano, à medida que o Exército libanês e uma força de paz ampliada da ONU --com 15 mil soldados-- avancem na área sob o domínio do Hizbollah no sul do Líbano.

Violência

Horas antes do cessar-fogo, Israel e o Hizbollah intensificaram os ataques neste domingo. Israel castigou Beirute com intensos bombardeios, e o grupo terrorista libanês Hizbollah lançou vários foguetes contra Haifa e outras cidades.

Neste domingo, a aviação israelense retomou seus ataques contra o Líbano, onde bombardeou a localidade de Brital, no leste do país, matando pelo menos quatro pessoas e deixando cerca de 20 feridos, segundo informações da emissora libanesa "NewTV".

As forças de Israel bombardearam também uma fábrica ao sudeste de Beirute, causando muitos danos materiais, e atacaram o sul do Líbano, onde ocorre um forte enfrentamento com o Hizbollah.

Do lado israelense, ao menos cinco soldados foram mortos hoje no sul do Líbano pelo grupo terrorista libanês.

Conflito

A escalada de violência entre o Exército de Israel e o Hizbollah começou quando o grupo terrorista seqüestrou dois soldados israelenses, em ação que deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos.

Desde então, forças israelenses atacam o Líbano por terra, ar e mar, deixando inúmeras cidades libanesas destruídas, sem luz, água e telefone. Em resposta, o Hizbollah lança foguetes: mais de 4.000 já teriam atingido o norte de Israel.

Cerca de 1.100 pessoas morreram no Líbano, a maioria civis --sendo 30% deles crianças com menos de 12 anos. No lado israelense, as baixas somam 150 --entre soldados e civis, incluindo mulheres e crianças.

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