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28/08/2006 - 12h51

Annan pede libertação de soldados israelenses ao Hizbollah

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da Folha Online

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu nesta segunda-feira ao grupo terrorista Hizbollah que liberte os dois soldados israelenses seqüestrados em 12 de julho último [ação considerada o estopim do conflito que durou 34 dias e deixou um rastro de destruição e mortes]. Annan também pediu que Israel ponha fim a seu bloqueio aéreo e marítimo contra o Líbano.

Annan, que iniciou sua vista de 11 dias pelo Oriente Médio por Beirute, capital do Líbano, reuniu-se com o ministro libanês da Energia, Mohammed Fneish, representante da ala política do grupo terrorista libanês Hizbollah, após encontro oficial com autoridades libanesas.

O encontro ocorreu no escritório do primeiro-ministro Fouad Siniora, em Beirute. A informação foi transmitida por uma autoridade libanesa que não quis ser identificada. Segundo a fonte, Annan pediu a autoridades libanesas que entreguem os dois soldados israelenses seqüestrados pelo Hizbollah à Cruz Vermelha.

A ação levada a cabo pelo grupo para seqüestrar os soldados deixou ainda oito soldados israelenses e dois membros do Hizbollah mortos.

O líder do Hizbollah, Hassan Nasrallah, disse neste domingo que não teria ordenado a captura de dois soldados israelenses se imaginasse que a ação levaria à guerra no Líbano.

Durante 34 dias, Israel lançou ataques ao Líbano por terra, ar e mar. O Hizbollah também lançou foguetes (cerca de 4.000) contra o território israelense.

O saldo dos ataques é de mais de 1.200 mortos [a maioria civis libaneses] e cidades libanesas inteiras destruídas, sem água, luz e telefone. Algumas cidades israelenses tiveram prédios danificados.

Visita

Pouco antes, Annan afirmou que recebeu os respectivos compromissos do Líbano e de Israel de que cumprirão a resolução 1.701 do Conselho de Segurança.

A resolução 1.701 decreta o cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hizbollah e estipula o envio de soldados da ONU e do Exército libanês para o sul do Líbano.

Após se reunir com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, e com Siniora, Annan disse que informou às autoridades do Líbano sobre o envio de 6.000 homens para o sul do país, integrando a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).

"Queremos uma paz total e permanente", declarou o secretário-geral da ONU, que expressou a esperança de que a paz possa ser estabelecida com a ajuda de todas as partes envolvidas.

Berri agradeceu a Annan por todos os seus esforços para a obtenção da paz no Líbano e na região. Segundo o parlamentar, as conversas foram frutíferas e se concentraram no "contínuo bloqueio --imposto por Israel ao Líbano--, nas violações da resolução 1.701, na situação do aeroporto de Beirute e nos serviços públicos".

Annan também realizará encontros com o ministro da Defesa Elias Murr e com o comandante do Exército libanês, general Michel Sleiman.

No entanto, não está prevista nenhuma reunião com o presidente do país, Émile Lahoud.

Tropas internacionais

As discussões de Annan com os dirigentes libaneses estão centradas na suspensão do embargo que Israel mantém sobre o Líbano e sobre as condições de segurança na fronteira com a Síria, onde o Exército libanês já se posicionou.

Tanto o governo libanês como Hizbollah rejeitam a presença de tropas internacionais na fronteira com a Síria. Israel exige o posicionamento de tropas na fronteira entre Líbano e Síria para controlar o possível fornecimento de armas ao Hizbollah pelo país vizinho.

Kofi Annan, que viaja acompanhado pelo chefe de departamento das operações de manutenção de paz, Jean-Marie Guéhenno, e seu representante especial para o Oriente Médio, Terje Roed-Larsen, permanecerá no Líbano até esta terça-feira.

Em seguida, o secretário-geral da ONU deve passar por Israel, Qatar, Turquia, Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Síria e provavelmente Irã.

Com agências internacionais

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