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31/08/2006 - 07h16

Líbano, Irã e Rússia são os temas principais de reunião da UE

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da Efe, em Bruxelas
da Folha Online

A situação no Oriente Médio após o conflito do Líbano, o programa nuclear iraniano e as relações com a Rússia serão os temas principais da reunião dos ministros de Relações Exteriores da União Européia (UE), hoje e amanhã, em Lappeeranta, no sudeste da Finlândia.

O governo finlandês, que ocupa a presidência rotativa da UE, escolheu uma fortaleza do século 18, numa localidade de 60 mil habitantes, 220 km a leste de Helsinque, perto da fronteira com a Rússia, como sede da reunião informal que acontece a cada seis meses.

Os chefes da diplomacia dos 25 países vão aproveitar para discutir o processo de paz no Oriente Médio, após a guerra de 34 dias entre Israel e o grupo xiita libanês do Hizbollah, apoiado pela Síria e pelo Irã. Eles vão estudar como reforçar o papel da UE na região.

Durante a crise, a UE fez um intenso trabalho diplomático. Agora, poderá enviar até 7.000 militares ao Líbano, como parte da missão da ONU, para reforçar as forças libanesas no sul do país, cumprindo a resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo a comissária européia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, o conflito demonstrou que não existe uma solução militar no Oriente Médio. "Agora devemos aproveitar a ocasião", disse.

Fontes diplomáticas da UE afirmaram que os últimos eventos mostraram a necessidade de atualizar o Mapa de Caminho, plano de paz elaborado em 2003 pelo Quarteto de Madri (EUA, Rússia, UE e ONU). As suas diretrizes previam a criação de um Estado palestino, convivendo em paz com Israel.

A vitória do grupo radical Hamas nas eleições palestinas de janeiro e a guerra do Líbano mudaram o panorama de um ano atrás, quando a retirada israelense da faixa de Gaza abria novas perspectivas para uma solução.

Os bombardeios israelenses sobre o Líbano e os territórios palestinos e o lançamento de foguetes contra Israel radicalizaram as posições.

A reunião na Finlândia vai começar um dia depois de terminar o prazo dado ao Irã pelo Conselho de Segurança da ONU para suspender o enriquecimento de urânio. O Alto Representante para a Política Externa e de Segurança Comum européia, Javier Solana, vai falar sobre a situação neste sábado.

Solana deve comentar a "extensa" resposta à oferta feita pela comunidade internacional a Teerã em troca da suspensão de suas atividades. Ele disse na semana passada que pediria esclarecimentos aos iranianos, que adiantaram que não interromperão seu programa nuclear e ofereceram em troca "negociações sérias".

A UE defende a manutenção das negociações com o Irã. Mas não descarta discutir a possibilidade de sanções.

O desenvolvimento das relações da UE com a Rússia, uma das prioridades Finlândia, também será abordado no sábado, em preparação para a cúpula de Helsinque, em novembro.

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