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Há
restaurantes para os tipos de gostos, para todo o tipo de
gente, para todo o tipo de comida. Por isso há todos
os tipos de restaurantes. Restaurantes aclamam as suas clientelas
com seus princípios, seus preços, seu requinte,
sua simplicidade, sua distancia, seus chefes, seus "carros-chefes".
Precisa-se comer. Isso é uma verdade. Mas o que faz
as pessoas trocarem suas cadeiras no trabalho, seus sofás,
suas atividades, pelas cadeiras desses estabelecimentos, num
rumo determinado ao deleite gustativo? Quais as alternativas
e que ato coletivo ou solitário é este? As alternativas
são estas:
Fast Food pra quem tem pressa. Pode-se encontrar numa "casa"
deste tipo, comida impessoal e preparada, comprada antecipadamente
ao ato da devoração , pois come-se quase que
em pé, lanches rápidos e pasteurizados, para
clientes apressados e também pasteurizados, ou acoplados
de crianças famintas, cujo o hábito alimentar
é difícil de educar. Não costuma acontecer
queixas ou reclamações com seus donos , maitres
ou garçons, pois em fast foods, estes seres ou inexistem
ou não aparecem. Assépticos e com alto giro
de capital, come-se então em uma empresa.
Por quilo: Permite ao usuário, prever intimamente,
o quanto pretende despender em troco de uma refeição
rápida, porque encontra-se pronta, com seu quilo exposto
em rechauds e mesas frias, com preços pré-fixados,
muitas vezes divulgando suas promoções em gramas,
para acabar com o monopólio do vizinho que também
trabalha na área e com o mesmo marketing empresarial.
Oferecem massas, saladas, carnes, feijão, arroz e massas,
mesclando folhas de alface, chuchu, vagem, ovos, maioneses,
frango ensopado, lingüiça, almôndegas, carne
de panela, cenoura ralada, pepino, jiló, beterraba
e berinjela, numa relação custo-benefício,
que agrada aos proprietários e não chegam a
entristecer o consumidor. Pode-se pagar com vales refeições,
o que se pode chamar de uma "mão na roda",
mas não deixam lembranças. Quem se costuma referir
mesmo que rapidamente ao companheiro, com a explanação,
"comi uma maionese divina" no quilo da esquina.
Salvo as raras exceções, por quilos tem a função
imediata e aceita de alimentar e pronto.
Cantinas "a la Italiana" aproximam seus freqüentadores
as chamadas porções, que os permitem dividir
pratos, conviver com um certo barulho, sentirem-se acolhidos
ou próximos da cozinha de casa, estabelecerem intimidade
com o garçon de gravata borboleta e gola muitas vezes
puída, e acharem que estão na Itália,
terra onde poucos foram e comida que poucos conhecem e que
sem dúvida são bem distantes na apresentação
e preparo da original. Como diz Allan Vila Espejo , são
cozinhas "cantineiras". Nem por isso come-se mal.
Pode-se encontrar bons preços em cantinas, as sobremesas
costumam ser terceirizadas, e pode-se pedir ao garçon
uma garrafa daquele vinho que se encontra dependurado no teto
junto a camisetas de jogadores de futebol, principalmente
palmeirenses, e tomar um café que ainda resiste ao
advento da máquina expressa, e peca por coar-se em
filtros.
Bistrôs ou restaurantes franceses, portugueses, italianos
refinados, fazem das refeições um ato social.
Variam de preços, porém costumam ser mais caros
do que as outras categorias de casas, pois além de
oferecerem serviço de manobrista, mâitres, sommeliers
, hostess, brigada treinada, chefe de cozinha com "release"
, subchefes treinados e supervisionados por chefes , gourmets
ou assessores gastronômicos, reciclam seus cardápio
conciliando as novidades do mercado com tendências e
inovações. Oferecem quase sempre boas cartas
de vinhos, item este dispensado pela maioria de outros restaurantes,
que insistem em garrafas de Forestier, Chateau Duvallier,
Valppolicella , Frascatti , Santa Helena ou Lieubfraumilch,
devido a demanda certa e venda garantida. Preparam suas próprias
sobremesas, valorizando o término da refeição
com um "prato doce".
Restaurantes japoneses: mais do que uma categoria, esses fazem
parte da rotina de quem aprecia comer e sem preconceitos com
peixe cru, estranheza já obsoleta, já que proliferam-se
notavelmente no cenário das grandes cidades, com aceitação
já assimilada, balcões de madeira e preparo
frente aos clientes. Fala-se baixo, come-se com atenção
e ingere-se sakê, bebida consumida quase que somente
nestas situações. Existem restaurantes japoneses,
caros e baratos (poucos). O que prevalece como saldo final,
além do atendimento e instalações, é
a figura do Sushi man, frescor dos peixes, como ele os corta
e a apresentação dos pratos.
Existem muito mais modalidades de restaurantes, étnicos
ou não, bairristas ou não, caros ou não,
cozinhas contemporâneas, churrascarias, vegetarianas,
macrobióticas, e as ditas "leves". Todas
as alternativas acima mencionadas, além de válidas
devem se enquadrar no momento em que são eleitas. Nem
todo o dia temos tempo, dinheiro, companhia, disposição
ou transporte para escolhermos a melhor. Das categorias, vamos
tirar o melhor proveito, engrandecendo nosso acervo de opções,
pois se gastronomia também é cultura, comer
mal além de proteínas, nada nos acrescenta.
CAFÉ RISTORO GIRONDINO
COZINHA RÁPIDA , SANDUICHES, PRATOS QUENTES, SALADAS,
BUFFET NO ALMOÇO, CHOPERIA.
Tel:0/xx/11/ 229.1287 / r. Boa Vista, 365 (centro)
MERCEARIA DO CONDE
PRATOS RÁPIDOS, SANDUICHES, SOBREMESA, PIZZAS E ETC.
Tel: 0/xx/11/8817204 / r. Joaquim Antunes, 217 (zona Oeste)
SEA
HOUSE
SUSHI, SASHIMI, OSTRAS , PRATOS QUENTES.
Tel: 0/xx/11/3064.6404 / al. Lorena, 1.267 (Jardins , zona
Sul)
LAURENT
COZINHA
FRANCESA COMANDADA PELO CHEFE-PROPRIETÁRIO LAURENT
SUAUDEAU.
Tel: 0/xx/11/853.5573 / al. Jaú, 1.606 (Jardins, zona
sul)
CAMELO
PIZZARIA
COM QUALIDADE E TRADIÇÃO.
Tel: 0/xx/11/3887.8764 / r. Pamplona, 1.873 (Jardim Paulista,
zona Sul)
MEIO QUILO
POR
QUILO PIONEIRO EM SÃO PAULO, HONESTO, LOCAL AGRADÁVEL,
COMIDA DIFERENCIADA.
Tel: 0/xx/11/2201928 / r. Dona Veridiana, 64 (Santa Cecília)
IL SOGNO DI ANARELLO
CANTINA
ITALIANA TRADICIONAL DE GIOVANNI BRUNO.
Tel: 0/xx/11/575.4266 / r. Il Sogno di Anarello, 58 (Vila
Mariana, zona sul)
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