Enviado de Saddam à Síria descarta notícia sobre exílio
da Reuters, em Damasco (Síria)Um enviado especial do presidente do Iraque, Saddam Hussein, à Síria considerou absurda a notícia veiculada hoje de que o dirigente negociava fugir para o exílio.
"Isso é um absurdo", afirmou Ali Hassan Al Majeed, membro do Conselho do Comando Revolucionário e primo de Saddam.
"Essa é uma técnica de guerra psicológica e, se perguntarem sobre isso a uma criança no Iraque ela não acreditaria."
Autoridades iraquianas em Bagdá (capital do país árabe) disseram que Al Majeed estava na Síria para realizar negociações com o presidente Bashar Al Assad, no começo de uma viagem que deve se estender a outras capitais árabes.
O vice-primeiro-ministro do Iraque, Tareq Aziz, entregou nesta semana mensagens de Saddam para os líderes da Argélia, da Tunísia e do Marrocos e afirmou que o presidente iraquiano defenderia seu país até a última bala.
O governo sírio negou que receberia Saddam caso o dirigente fosse obrigado a fugir do Iraque.
"A Síria não discutirá uma oferta de asilo para o presidente Saddam Hussein", afirmou o vice-presidente sírio, Abdel-Halim Khaddam, ontem.
A Síria, que participou da coalizão de forças responsável pela expulsão das tropas iraquianas do Kuweit na Guerra do Golfo (1991), reconstruiu seus laços com o Iraque e declarou-se, por enquanto, contrária a uma investida militar contra o país.
A revista alemã "Der Spiegel" disse que o governo iraquiano buscava garantias para permitir que Saddam e outros líderes do país árabe fugissem para o exílio como uma maneira de resolver a crise na região.
O coordenador de política externa da União Européia (UE), Javier Solana, disse não ter informações sobre a suposta manobra.
Os EUA ameaçam invadir o Iraque se o país não se livrar das armas de destruição em massa que supostamente desenvolve. O governo iraquiano nega possuir tais armamentos.
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