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24/02/2003
-
06h01
da Folha de S.Paulo, em Angra dos Reis (RJ)
Num auditório, clima universitário e bom humor, afinal, o assunto é basicamente sexo. Assim são as palestras de Sergio Savian, terapeuta corporal e autor de vários livros sobre relacionamentos amorosos. Entre eles, títulos como "Paquera: Guia Prático da Conquista" e "Que Delícia: Paquera e Sexo de Qualidade".
Os temas abordados vão da paquera pura e simples, passando pela aproximação, até a manutenção do relacionamento amoroso.
A seguir, ele dá dicas de como se portar em uma viagem em "busca da alma gêmea".
Folha - Como é melhor se comportar numa viagem "just for singles"?
Sergio Savian - O que faz de você um bom conquistador não é uma postura ensaiada, mas a sua naturalidade. Por isso, em uma viagem, é mais fácil se aproximar de alguém se você for espontâneo.
A seu favor já existe o fato de que todos os que estão ali têm uma disponibilidade a priori para conhecer gente nova e se relacionar. Por isso não force a barra. Relaxe, seja você mesmo e fique aberto para contatos.
Folha - O que a pessoa deve fazer se estiver a fim de arrumar um namorado ou uma namorada?
Savian - Vontade de amar, de se relacionar, todos nós temos, o que falta é habilidade para isso. Vejo muitas pessoas que sofrem por se acharem inaptas para chegar a alguém e não se autorizam para o início de uma conversa. No geral, muitos se protegem o tempo todo, não permitindo que se estabeleça a intimidade.
Folha - Muitas dessas viagens têm muito mais mulheres do que homens. Qual é seu conselho para que as mulheres não sintam que entraram numa roubada?
Savian - Conheço mulheres que se dão melhor na paquera que outras. Na minha opinião, vencem as que conseguem uma boa empatia com o universo masculino.
Existe a mulher que fica reclamando dos homens, dizendo o tempo todo que eles não querem saber de nada, que são covardes. Esse é um tipo de atitude que a afasta do homem que ela tanto quer. O meu convite é para que as mulheres tentem se aproximar dos homens com mais habilidade, com vontade de entender o ponto de vista deles.
Folha - Numa viagem, as pessoas se soltam mais do que o habitual? Como diferenciar o gostar de verdade de um momento de ilusão?
Savian - Tem aquele velho ditado que diz que amor de praia não sobe a serra. Mas nem sempre isso é verdade. Vai depender da vontade e da capacidade dos dois para continuar a relação. Quando viajamos, nos desocupamos da nossa mente tensa, que muitas vezes só pensa em problemas e não abre espaço para o prazer.
Ao viajar, você entra em outro canal. Fica mais aberto para o desconhecido, abaixa a guarda, relaxa e fica mais próximo de um espaço dentro de si mesmo, mais propenso para o amor. O problema é quando, depois da viagem, você se fecha novamente.
Folha - Senti, ao me apresentar como jornalista durante a viagem, um tratamento hostil. Muita gente não quis ser entrevistada. Será que elas têm vergonha da situação?
Savian - Todo mundo tem suas vergonhas e ninguém gosta que elas sejam expostas publicamente. É muito fácil encontrar um solteiro com vergonha de estar só.
A cobrança para que você esteja namorando ou casado ainda é muito grande. Eu imagino que uma pessoa que frequenta essas viagens "for singles" tem lá seus motivos para esconder esse fato.
Aparecer numa matéria jornalística seria quase uma declaração de uma condição que, no fundo, não lhe é tão confortável assim.
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LUÍS PEREZda Folha de S.Paulo, em Angra dos Reis (RJ)
Num auditório, clima universitário e bom humor, afinal, o assunto é basicamente sexo. Assim são as palestras de Sergio Savian, terapeuta corporal e autor de vários livros sobre relacionamentos amorosos. Entre eles, títulos como "Paquera: Guia Prático da Conquista" e "Que Delícia: Paquera e Sexo de Qualidade".
Os temas abordados vão da paquera pura e simples, passando pela aproximação, até a manutenção do relacionamento amoroso.
A seguir, ele dá dicas de como se portar em uma viagem em "busca da alma gêmea".
Folha - Como é melhor se comportar numa viagem "just for singles"?
Sergio Savian - O que faz de você um bom conquistador não é uma postura ensaiada, mas a sua naturalidade. Por isso, em uma viagem, é mais fácil se aproximar de alguém se você for espontâneo.
A seu favor já existe o fato de que todos os que estão ali têm uma disponibilidade a priori para conhecer gente nova e se relacionar. Por isso não force a barra. Relaxe, seja você mesmo e fique aberto para contatos.
Folha - O que a pessoa deve fazer se estiver a fim de arrumar um namorado ou uma namorada?
Savian - Vontade de amar, de se relacionar, todos nós temos, o que falta é habilidade para isso. Vejo muitas pessoas que sofrem por se acharem inaptas para chegar a alguém e não se autorizam para o início de uma conversa. No geral, muitos se protegem o tempo todo, não permitindo que se estabeleça a intimidade.
Folha - Muitas dessas viagens têm muito mais mulheres do que homens. Qual é seu conselho para que as mulheres não sintam que entraram numa roubada?
Savian - Conheço mulheres que se dão melhor na paquera que outras. Na minha opinião, vencem as que conseguem uma boa empatia com o universo masculino.
Existe a mulher que fica reclamando dos homens, dizendo o tempo todo que eles não querem saber de nada, que são covardes. Esse é um tipo de atitude que a afasta do homem que ela tanto quer. O meu convite é para que as mulheres tentem se aproximar dos homens com mais habilidade, com vontade de entender o ponto de vista deles.
Folha - Numa viagem, as pessoas se soltam mais do que o habitual? Como diferenciar o gostar de verdade de um momento de ilusão?
Savian - Tem aquele velho ditado que diz que amor de praia não sobe a serra. Mas nem sempre isso é verdade. Vai depender da vontade e da capacidade dos dois para continuar a relação. Quando viajamos, nos desocupamos da nossa mente tensa, que muitas vezes só pensa em problemas e não abre espaço para o prazer.
Ao viajar, você entra em outro canal. Fica mais aberto para o desconhecido, abaixa a guarda, relaxa e fica mais próximo de um espaço dentro de si mesmo, mais propenso para o amor. O problema é quando, depois da viagem, você se fecha novamente.
Folha - Senti, ao me apresentar como jornalista durante a viagem, um tratamento hostil. Muita gente não quis ser entrevistada. Será que elas têm vergonha da situação?
Savian - Todo mundo tem suas vergonhas e ninguém gosta que elas sejam expostas publicamente. É muito fácil encontrar um solteiro com vergonha de estar só.
A cobrança para que você esteja namorando ou casado ainda é muito grande. Eu imagino que uma pessoa que frequenta essas viagens "for singles" tem lá seus motivos para esconder esse fato.
Aparecer numa matéria jornalística seria quase uma declaração de uma condição que, no fundo, não lhe é tão confortável assim.
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