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10/03/2003
-
07h09
da Folha de S.Paulo, na Grécia
Não é novidade para os gregos passar por grandes reformas. No tempo de Péricles -estadista que liderou Atenas de 450 a.C. a 429 a.C.-, a cidade havia sido destruída pelos persas e precisava ser reconstruída.
Hoje a capital da Grécia, berço da democracia e palco de alguns dos eventos históricos mais importantes da civilização ocidental, também atravessa uma reforma geral. Repleta de canteiros de obras espalhados no centro e em seus arredores, dessa vez a causa é bem mais nobre.
Com restaurações e construções, Atenas, que geralmente é entreposto turístico para veranistas que visitam as ilhas gregas, prepara-se para receber os Jogos Olímpicos de 2004, 108 anos após abrigar a primeira Olimpíada da Idade Moderna, em 1896.
A organização dos jogos estima que Atenas, com 4 milhões de habitantes, receberá, durante a competição, 10.500 atletas, além de suas comitivas, da imprensa e dos turistas. Mas a enxurrada de pessoas não deve ser problema para o país, que vive do turismo e recebe por ano 12 milhões de visitantes.
Uma das prioridades do governo grego é prover meios que facilitem a circulação de turistas e atletas pela cidade. Um anel viário contornando o centro de Atenas está sendo criado, pois tanto a Vila Olímpica, que abrigará os atletas, como o estádio Olímpico ficam fora do centro e a cerca de 8 km de distância um do outro.
Há outros pontos espalhados pela cidade onde haverá disputas, como o ginásio Nikaia, que está sendo construído para abrigar o halterofilismo -esporte que é xodó dos gregos-, e o centro de esportes aquáticos.
Dinheiro também está sendo gasto no prolongamento de uma das linhas de metrô e na junção desta com uma nova linha de trem urbano, até o estádio Olímpico.
A idéia é que os turistas que desejem assistir aos jogos possam pegar um metrô no centro da cidade, onde está concentrada a quase totalidade de hotéis de Atenas, e descer já numa estação às portas do estádio Olímpico.
Para transportar atletas, comitivas e imprensa, ônibus exclusivos deverão circular pelo anel, com uma ou duas faixas só para eles. Para o público, as linhas de ônibus serão estendidas dos atuais 16 km para 100 km.
O estádio Olímpico, onde serão feitas as cerimônias de abertura e encerramento dos jogos, que acontecerão entre 13 e 29 de agosto do ano que vem, também está em reformas.
Para abrigar todo o pessoal que competirá e trabalhará no evento, bem como os turistas, algumas soluções criativas são cogitadas, como a utilização do atracadouro do Pireus para que sejam estacionados barcos-dormitórios.
As obras seguem sob supervisão de uma equipe de arqueólogos, o que já se mostrou providencial, pelo menos no caso da Vila Olímpica, onde foi descoberto um aqueduto do século 2º d.C.
Para erigir toda a infra-estrutura necessária à Olimpíada, bem como para manter os serviços necessários durante a realização da mesma, o governo grego tem um orçamento de 4,4 bilhões. O Comitê Olímpico de Atenas, co-responsável pela organização dos jogos, ajuda com 1,92 bilhões.
Fábio Chiossi, coordenador de Artigos e Eventos, viajou a convite do consulado da Grécia em São Paulo.
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FÁBIO CHIOSSIda Folha de S.Paulo, na Grécia
Não é novidade para os gregos passar por grandes reformas. No tempo de Péricles -estadista que liderou Atenas de 450 a.C. a 429 a.C.-, a cidade havia sido destruída pelos persas e precisava ser reconstruída.
Hoje a capital da Grécia, berço da democracia e palco de alguns dos eventos históricos mais importantes da civilização ocidental, também atravessa uma reforma geral. Repleta de canteiros de obras espalhados no centro e em seus arredores, dessa vez a causa é bem mais nobre.
Com restaurações e construções, Atenas, que geralmente é entreposto turístico para veranistas que visitam as ilhas gregas, prepara-se para receber os Jogos Olímpicos de 2004, 108 anos após abrigar a primeira Olimpíada da Idade Moderna, em 1896.
A organização dos jogos estima que Atenas, com 4 milhões de habitantes, receberá, durante a competição, 10.500 atletas, além de suas comitivas, da imprensa e dos turistas. Mas a enxurrada de pessoas não deve ser problema para o país, que vive do turismo e recebe por ano 12 milhões de visitantes.
Uma das prioridades do governo grego é prover meios que facilitem a circulação de turistas e atletas pela cidade. Um anel viário contornando o centro de Atenas está sendo criado, pois tanto a Vila Olímpica, que abrigará os atletas, como o estádio Olímpico ficam fora do centro e a cerca de 8 km de distância um do outro.
Há outros pontos espalhados pela cidade onde haverá disputas, como o ginásio Nikaia, que está sendo construído para abrigar o halterofilismo -esporte que é xodó dos gregos-, e o centro de esportes aquáticos.
Dinheiro também está sendo gasto no prolongamento de uma das linhas de metrô e na junção desta com uma nova linha de trem urbano, até o estádio Olímpico.
A idéia é que os turistas que desejem assistir aos jogos possam pegar um metrô no centro da cidade, onde está concentrada a quase totalidade de hotéis de Atenas, e descer já numa estação às portas do estádio Olímpico.
Para transportar atletas, comitivas e imprensa, ônibus exclusivos deverão circular pelo anel, com uma ou duas faixas só para eles. Para o público, as linhas de ônibus serão estendidas dos atuais 16 km para 100 km.
O estádio Olímpico, onde serão feitas as cerimônias de abertura e encerramento dos jogos, que acontecerão entre 13 e 29 de agosto do ano que vem, também está em reformas.
Para abrigar todo o pessoal que competirá e trabalhará no evento, bem como os turistas, algumas soluções criativas são cogitadas, como a utilização do atracadouro do Pireus para que sejam estacionados barcos-dormitórios.
As obras seguem sob supervisão de uma equipe de arqueólogos, o que já se mostrou providencial, pelo menos no caso da Vila Olímpica, onde foi descoberto um aqueduto do século 2º d.C.
Para erigir toda a infra-estrutura necessária à Olimpíada, bem como para manter os serviços necessários durante a realização da mesma, o governo grego tem um orçamento de 4,4 bilhões. O Comitê Olímpico de Atenas, co-responsável pela organização dos jogos, ajuda com 1,92 bilhões.
Fábio Chiossi, coordenador de Artigos e Eventos, viajou a convite do consulado da Grécia em São Paulo.
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