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18/08/2003
-
04h11
A cidade é de brinquedo e foi fundada em 1972, mas os prédios são históricos de verdade na Taiwan Folk Village, nas cercanias de Changhua.
O empreendimento ocupa 51 hectares e salvou prédios antigos da demolição. Reinstalados num parque, cuja entrada tem uma muralha de cerâmica vermelha de dois séculos, que protegia uma cidade nos arredores, esses prédios revelam a história e os hábitos de tempos passados.
Passada a muralha, 200 árvores seculares foram replantadas na entrada da vila, inclusive uma que os chineses imaginam sagrada, de presumíveis 300 anos, onde são suspensos bilhetes com pedidos.
O local é turístico, mas pouco visitado por estrangeiros, falta-lhe sinalização em inglês, e as lojas não aceitam cartão de crédito.
Há um hotel no parque, cujas diárias custam US$ 100, mas a localização da Folk Village, numa zona quase rural, talvez seja erma demais para valer a pena se hospedar lá. De todo modo, o parque é arrebatador para uma visita.
Ele mostra como os chineses fabricavam macarrão, papel e produtos de saúde e de beleza, como prensavam grãos para fazer óleo e até como eram os canhões das eras Ming e Ching.
A visita contempla casas camponesas, feitas de bambu e de taipa, cobertas de palha de arroz.
Os trajes pendurados no interior são feitos de materiais intrigantes, como folhas de palmeira. Cada casinha tem seu altar, a deusa da Misericórdia é uma imagem constante neles, como o são também as fotos de familiares mortos, os bordados e os objetos onde eram queimados incensos.
Ali há duas fábricas rudimentares de macarrão, uma usava trigo como matéria-prima; a outra, arroz. A fábrica de papel natural, de celulose, é rodeada de árvores que eram usadas para fazer móveis.
Na China, nas famílias camponesas, quando nascia uma menina, o pai plantava uma árvore que, 17 anos depois, estava pronta para ser transformada na mobília que seria seu dote de casamento.
Durante a ocupação japonesa, além de madeiras, Taiwan exportava cana e cânfora -madeira que tem utilização medicinal.
Já as casas formais da vila têm três peças. Do ponto de vista arquitetônico, os prédios mais refinados são a residência imperial da ilha Peng Hu, e uma casa aristocrática que ficava em Chang Shou St. Na última, fora do muro, há uma fonte, pois segundo a tradição chinesa, não se pode negar água a um passante com sede.
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Taiwan Folk Village salvou prédios da demolição
do enviado especial da Folha de S.Paulo a TaiwanA cidade é de brinquedo e foi fundada em 1972, mas os prédios são históricos de verdade na Taiwan Folk Village, nas cercanias de Changhua.
O empreendimento ocupa 51 hectares e salvou prédios antigos da demolição. Reinstalados num parque, cuja entrada tem uma muralha de cerâmica vermelha de dois séculos, que protegia uma cidade nos arredores, esses prédios revelam a história e os hábitos de tempos passados.
Passada a muralha, 200 árvores seculares foram replantadas na entrada da vila, inclusive uma que os chineses imaginam sagrada, de presumíveis 300 anos, onde são suspensos bilhetes com pedidos.
O local é turístico, mas pouco visitado por estrangeiros, falta-lhe sinalização em inglês, e as lojas não aceitam cartão de crédito.
Há um hotel no parque, cujas diárias custam US$ 100, mas a localização da Folk Village, numa zona quase rural, talvez seja erma demais para valer a pena se hospedar lá. De todo modo, o parque é arrebatador para uma visita.
Ele mostra como os chineses fabricavam macarrão, papel e produtos de saúde e de beleza, como prensavam grãos para fazer óleo e até como eram os canhões das eras Ming e Ching.
A visita contempla casas camponesas, feitas de bambu e de taipa, cobertas de palha de arroz.
Os trajes pendurados no interior são feitos de materiais intrigantes, como folhas de palmeira. Cada casinha tem seu altar, a deusa da Misericórdia é uma imagem constante neles, como o são também as fotos de familiares mortos, os bordados e os objetos onde eram queimados incensos.
Ali há duas fábricas rudimentares de macarrão, uma usava trigo como matéria-prima; a outra, arroz. A fábrica de papel natural, de celulose, é rodeada de árvores que eram usadas para fazer móveis.
Na China, nas famílias camponesas, quando nascia uma menina, o pai plantava uma árvore que, 17 anos depois, estava pronta para ser transformada na mobília que seria seu dote de casamento.
Durante a ocupação japonesa, além de madeiras, Taiwan exportava cana e cânfora -madeira que tem utilização medicinal.
Já as casas formais da vila têm três peças. Do ponto de vista arquitetônico, os prédios mais refinados são a residência imperial da ilha Peng Hu, e uma casa aristocrática que ficava em Chang Shou St. Na última, fora do muro, há uma fonte, pois segundo a tradição chinesa, não se pode negar água a um passante com sede.
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