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01/09/2003 - 06h36

Estudante é menos estrangeiro no Canadá

da enviada especial ao Canadá

Preços mais baixos, visto mais fácil, segurança e qualidade de vida são alguns dos motivos que levam os estudantes a escolher o Canadá para aprender inglês. Além disso, a diversidade do país, proporcionada graças à existência de imigrantes de vários cantos do mundo, pode ajudar o estudante a se sentir mais à vontade.

"O que eu mais gosto é que tem muito imigrante, e eu não me sinto estrangeira", diz Tatiana Fialho, 24. Em recente ida aos EUA, a estudante teve que tirar o tênis para ser revistada. "Fiquei decepcionada. No Canadá, não há tanto preconceito."

Estudando em uma classe com grande concentração de asiáticos, a jovem brasileira destaca o convívio com os colegas como um ponto positivo. "Como há muitos asiáticos na sala, só conversamos em inglês."

As escolas limitam o número de alunos da mesma nacionalidade por sala. "Se quiséssemos, teríamos classes inteiras de coreanos, mas aí perderíamos em multiculturalismo. A Coréia é o mercado mais forte, existem em torno de 20 mil coreanos no Canadá", afirma Alfredo Marchevsky, diretor de marketing da Ilac (sigla em inglês para Escola Internacional de Idiomas do Canadá).

As turmas da Ilac têm, em geral, 30% de coreanos, 25% de brasileiros, 25% de outros latinos e 20% de jovens vindos do resto do mundo.

Além do convívio com estudantes de outros países, que força o uso do inglês nas conversas, a relação com a família que abriga o aluno ajuda no aprendizado da língua. O campineiro Augusto Silva, 22, explica: "O convívio com pessoas de várias partes do mundo é desafiador, porque são sotaques diferentes, mas o convívio com a família vale muito, pois lá eles cobram a pronúncia correta".

Visto

A falta de complicação na hora de obter o visto canadense acaba levando os alunos a optarem pelo Canadá. É o caso de Jonadab Mansur, 29, de Recife (PE), que queria estudar nos EUA, mas teve o visto negado. Então, ele decidiu ir para o Canadá.

A qualidade de vida e os baixos índices de violência também contam. Mas para a rotina ser tranquila no país é importante que exista afinidade entre o estudante e a família que o acolhe.

Por isso é preciso atenção e cuidado na hora de preencher a ficha que vai definir a escolha da casa que vai hospedar o aluno.

As diferenças de hábito e de alimentação podem criar problemas. Para Vanessa Abreu Marcelo, 22, de Poços de Caldas (MG), o principal defeito da casa em que está hospedada é a quantidade de pimenta na comida. "Em compensação, fico sempre encantada com a educação no trânsito. Coloco o pé na rua e os carros param."

Método de ensino

Nas aulas, a principal queixa dos alunos é o estudo da gramática. Melhorar a pronúncia aparece como uma das primeiras necessidades dos estudantes. Assim, pesquise os métodos de ensino antes de se matricular. Para isso, defina suas prioridades. Atividades fora da sala de aula, como passeios e prática de esportes, são frequentes e positivas. A convivência fora da escola estimula a turma a se entrosar mais rapidamente.

Na English for Life, o foco é no aprendizado da fala cotidiana. Aulas de gramática acontecem somente no fim do curso, quando o aluno já se sente à vontade com o idioma.

Na International Language School of Canada (ILSC), alunos que falam sua língua nativa durante a aula levam cartão amarelo e cartão vermelho. Se tomarem muitos cartões vermelhos, são suspensos e podem até ser expulsos. A Ilac também proíbe o uso da língua nativa nas aulas, mas sem punições. O aluno Luiz Fernando Tonidandel, 23, de São Paulo, aprova a medida: "Isso força o aprendizado e faz com que você pense no quão importante é falar em inglês com seus colegas que também querem aprender".

Na hora de decidir, reúna a maior quantidade de informações possível para não se deixar impressionar com o tamanho da escola. Nem sempre a maior será a mais adequada ao seu perfil.

Ugo Pallavicini, 27, foi para o Canadá sem saber onde ia estudar. Ele mora com sua tia-avó. Quando chegou ao país, procurou conhecer inúmeras escolas, para depois escolher com calma.

"Visitei cerca de 25 escolas em Toronto. Quando eu tentava falar com os atendentes em inglês e eles chamavam alguém para falar em espanhol comigo e traduzir para eles, eu descartava a escola."

O preço era a última coisa que Pallavicini perguntava. Antes disso, prestava atenção no clima da escola e nos idiomas que as pessoas falavam ali. "Eu queria falar em inglês e não em espanhol", diz.

No fim da jornada, ele ficou em dúvida entre três ou quatro escolas. "Algumas tinham ambiente pouco aconchegante." No final, escolheu a English School of Canada (ESC). A decisão se deu pelo tratamento que ele recebeu em um papo com o diretor da escola.

Veterana

Não há idade para se aprimorar ou para enrolar a língua em outro idioma. Com 70 anos, completados em 20 de agosto, a japonesa Taguchi Mitsuko, que trabalha numa associação no Japão como voluntária e lida com pessoas de cem diferentes nacionalidades, não se acanha em se misturar com jovens. Atualmente, está em um programa de intercâmbio da Ilac, que aceita alunos de 14 a 70 anos.

Onde Encontrar - ESC: 00/xx/1/416/ 686-1596; www.esc-toronto.com; English For Life: 00/xx/1/416/323-3085; www.lci-canada.com; Ilac: 00/xx/1/ 416/961-5151; www.ilac.com; ILSC: 00/xx/1/416/323-1770; www.ilsc.ca


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