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24/05/2004 - 04h46

Sevilha em cena: Flamenco já teve mais canto

do enviado especial da Folha de S.Paulo a Sevilla

Sevilha não foi talvez a cidade em que o flamenco nasceu. Mas foi ali, entre os séculos 9º e 14, que essa forma particular de canto, guitarra e dança com castanholas amadureceu como um produto cultural que sintetiza boa parte da tradição musical espanhola.

O flamenco tem por origem os ciganos ibéricos imigrados de Rajasthan, no noroeste da Índia. A música hoje conhecida é produto da miscigenação com as tradições dos mouros e dos judeus sefaraditas, expulsos da Espanha em 1492.

Especialistas acreditam que o período áureo do flamenco se situa entre 1780 e 1845, quando o canto era mais importante que o acompanhamento ou a dança.

A música, essencialmente familiar ou comunitária, passou a ser interpretada em 1842 num estabelecimento sevilhano chamado Café Sin Nombre, de Silvério Franconetti, quando a ênfase mudou para os músicos e os bailarinos, tornando a arte mais visual e dela subtraindo um pouco de seu aspecto místico anterior.

O temor de que o flamenco se tornasse comercial, folclorizado para efeitos turísticos, levou intelectuais como o poeta García Lorca e o compositor Manuel de Falla a instituírem em 1922 um concurso destinado a manter sua pureza.

Estudiosos crêem que a forma primordial do flamenco está no "cante jongo" (canto profundo), baseado em uma estrutura rítmica de 12 batidas, que reflete nas letras questões como morte, angústia, desespero e dúvidas religiosas.

Hoje, locais como o Sol Caé Cantante ou El Tamboril têm espetáculos flamencos todas as noites. Os preços variam de acordo com o tamanho ou a importância do elenco e de serviços, como o jantar, conforme informam os concierges dos hotéis.

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