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15/12/2005 - 12h47

Cruzeiros deparam turistas às geladas ilhas Malvinas

JAIME BÓRQUEZ
Colaboração para a Folha de S.Paulo, nas Malvinas

Fisicamente, as Malvinas são compostas por duas grandes ilhas, a Oriental e a Ocidental, e mais 200 ilhas pequenas. Em conjunto, ocupam uma área de 193 km por 97 km e distam 402 km do leste da costa sul-americana.

O clima por aqui é rígido. A temperatura no verão, de novembro a janeiro, tem uma média de 8,3C; no inverno é de 2,6 ºC; bom motivo para os moradores estarem sempre nos pubs.

Jaime Borquéz
Reivindicado pela Argentina, arquipélago é do Reino Unido
Reivindicado pela Argentina, arquipélago é do Reino Unido
No inverno, o sol abandona o horizonte às 15h --outra razão mais que poderosa para ir ao pub. E não falemos das chuvas, já que possivelmente elas devem estar em algum lugar do livro de recordes "Guinness".

São 250 dias de precipitação por ano, deixando 6.600 mm nas ilhas. O guarda-chuva deveria ser acessório essencial aqui, mas dizem que, como os ventos com força de furacão costumam varrer as ilhas vindos do oeste, sudoeste e sul, não adianta usá-los: a chuva molha de qualquer lado.

Mas para os kelpers, tanto antigos como recém-chegados, não há tempo ruim. O auge econômico dos últimos anos fez que eles deixassem essas miudezas do clima e do isolamento de lado. Vivem sem problemas de violência, desemprego, concentração urbana ou poluição ambiental.

Embora não seja um destino turístico comum, dia a dia cresce o número de visitas a essas ilhas, normalmente na temporada de verão --turistas trazidos nos cruzeiros que fazem escala em Port Stanley, a caminho do pólo Sul.

A paisagem dessas terras é variada. Há lagos, rios, fiordes e suaves colinas que delineiam todo o cenário. As ilhas têm cenários de natureza quase selvagem, como West Point, New Island ou as redondezas de Port Stanley. Os navios de cruzeiros passam um dia inteiro ancorados, tempo suficiente para conhecer alguns pontos interessantes. É fácil percorrer a cidade a pé, mas de táxi se otimiza o tempo.

O primeiro a fazer é entrar no organizado Centro de Turismo, logo na entrada da cidade. Fica-se sabendo que as casas justamente ao lado do centro, as Jubilee Villas, datam de 1887, construídas em comemoração do jubileu da rainha Vitória. São casas típicas, exemplares únicos da arquitetura clássica britânica nas ilhas.

Uma entrada na catedral, a mais ao sul de todo o Reino Unido, que data de 1890, é imperdível. Ao lado dela há uma praça, cujo centro é feito com ossos de baleia.

Ao visitar a catedral e logo após ir até a igreja católica de St. Mary, percebe-se que religião protestante é poderosa nessas paragens. O correio é outro ponto em que parece que estamos no interior do Reino Unido: cabines telefônicas e uma caixa de correio absolutamente londrinas esperam por você logo na entrada.

Saindo um pouco do centro fica a elegante Government House. Construída em 1840, é outro ponto que merece um clique. O museu, na Holdfast Road, pode ser um bom final para a visita à cidade. Aqui está o passado das ilhas --seu descobrimento, sua colonização e a odiosa guerra.

O melhor ponto para ter uma total visão de Port Stanley, e excelente lugar para fotografá-la, é o morro Kent. Depois das caminhadas e, possivelmente, desejando um lugar para se proteger da chuva e do frio, a melhor opção é entrar num pub, pedir uma cerveja e jogar dardos, para tentar viver alguns momentos da vida kelper.

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