Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/12/2005 - 12h49

Ilhas são primeira parada entre capital Argentina e pólo Sul

JAIME BÓRQUEZ
Colaboração para a Folha de S.Paulo, nas Malvinas

Navegar até as ilhas Malvinas é a primeira etapa da viagem dos navios noruegueses Nordnorge e Nordkapp, que partem de Buenos Aires rumo à Antártida.

Ambas são embarcações modernas --o Nordnorge foi construído em 1997, e o Nordkapp, em 1996. A estrutura desses barcos é classificada como a de um navio polar, adequado para a navegação em águas geladas.

Os navios têm sala de jantar, café, bar, biblioteca, salas de conferências e de ginástica, jacuzzi, sauna e diversos lounges.

Ao avistar esses ermos pedaços de terra à distância, a pergunta surge quase obrigatoriamente: "Que intrincados meandros da mente militar fizeram que seres humanos entrassem em guerra por estas ilhas? Orgulho patriótico? Riquezas ocultas? Posição de vigilância estratégica?"

Essas são perguntas que nem o casal composto por Roddy e Lilly Napier consegue responder.
Eles moram na ilha de Westpoint, uma das cerca de 200 que formam o arquipélago das Falk land-Malvinas, no mesmo lugar a que seus antepassados chegaram em 1879.

A bandeira britânica, a reverenciada Union Jack, é agitada pelo vento inclemente, mas flameja orgulhosa perto do cais dos Napier.

Para o casal Napier, brasileiros, noruegueses, alemães, argentinos ou espanhóis são sempre vistos com os mesmos olhos. É uma boa razão, para eles, fazer uma pausa nas tarefas cotidianas e servir um inglesíssimo chá com bolos e cookies na sua casa modesta, mas aconchegante.

Os Napier fazem isso desde 1968, quando um navio aportou na sua ilha, e eles, para demonstrar carinho aos viajantes, iniciaram esse simples ritual, que vêem como uma comunhão com os cidadãos do mundo todo. Eles já chegaram a servir chá com bolo para 800 passageiros.

Ao serem questionados se são ingleses, dizem com fleuma britânica: "Não, somos kelpers, claro!"

Pingüins e albatrozes

Depois do chá dos Napier, é hora de explorar Westpoint e visitar o Nariz do Diabo, formação geológica onde ficam aninhados os engraçados pingüins-macaroni e os grandes albatrozes.

Depois dessa parada, o navio segue viagem. E o porto seguinte é New Island. Ao chegar a essa ilha, caminhe até as falésias que ficam do lado oposto do cais. Ali ficam centenas de aves. Esse lugar permite uma proximidade rara do visitante com a vida selvagem.

Leia mais
  • Cruzeiros deparam turistas às geladas ilhas Malvinas
  • Sinfonia avícola encanta "birdwatchers"
  • Atividade em pubs anima a rotina kelper (exclusivo para assinantes)
  • No extremo sul da América, Port Stanley tem sotaque britânico (exclusivo para assinantes)
  • Peleja anglo-argentina resistia há 149 anos (exclusivo para assinantes)

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a ilhas Malvina
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade