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30/03/2006
-
12h56
Colaboração para a Folha de S. Paulo, no Chile
A pequena e pacata cidade de Puerto Natales, no extremo sul do Chile, caiu nas graças dos estrangeiros e vem se transformando no coração do turismo patagônico desse país.
Quem algum dia já visitou o Parque Nacional Torres del Paine poderá, fazendo um esforço e mergulhando nas lembranças, trazer à mente imagens dessa cidadezinha.
Recordará, talvez, que parou num posto de gasolina, reabasteceu e continuou a viagem rumo ao parque. Ou, quem sabe, conseguirá lembrar que aproveitou a parada e tomou um chá no fim de tarde, após quase três horas de estrada, vindo da cidade mais austral do Chile, Punta Arenas.
E aí morrem as imagens de Puerto Natales.
Despertar
Pois é, aquela sonolenta cidade hoje é o centro distribuidor do turismo patagônico.
E nem todos os que passam por ela estão só a caminho do mais belo e conhecido parque nacional chileno. Longe disso.
O entorno de Natales, como agora a chamam os íntimos, oferece muito mais destinos além de Torres del Paine.
Há cruzeiros até as geleiras, cavalgadas pelos pampas, visita a fazendas de ovelhas, caminhadas, observação da natureza e dos hábitos dos baqueanos, os gaúchos da região, pesca esportiva, escalada em gelo, enfim, um leque de opções turísticas para todas as idades, contas bancárias e sensibilidades.
Até acaba de ser aberto o primeiro cinco-estrelas da cidade. E, o que é mais importante, os visitantes começam a descobrir que a a Patagônia chilena é interessante em todas as estações --cada uma tem sua graça.
No frio ou no calor
No verão, o sol quer aproveitar as férias e fica muito tempo distribuindo sua luz. Sai às 4h30 e cai, sem muita vontade, perto da meia-noite.
No outono, os carvalhos oferecem uma bela paisagem avermelhada. No inverno, some aquele vento inclemente --que, às vezes, nos impede de caminhar direito e pode até nos jogar ao chão--, e o sol fica preguiçoso: tempo especial para quem está em lua-de-mel. E, na primavera, fauna e flora se energizam.
A Patagônia chilena quebrou a sazonalidade, e as visitas entram e saem durante todo o ano.
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JAIME BÓRQUEZColaboração para a Folha de S. Paulo, no Chile
A pequena e pacata cidade de Puerto Natales, no extremo sul do Chile, caiu nas graças dos estrangeiros e vem se transformando no coração do turismo patagônico desse país.
Jaime Bórquez |
Vista da cordilheira de Paine |
Recordará, talvez, que parou num posto de gasolina, reabasteceu e continuou a viagem rumo ao parque. Ou, quem sabe, conseguirá lembrar que aproveitou a parada e tomou um chá no fim de tarde, após quase três horas de estrada, vindo da cidade mais austral do Chile, Punta Arenas.
E aí morrem as imagens de Puerto Natales.
Despertar
Pois é, aquela sonolenta cidade hoje é o centro distribuidor do turismo patagônico.
E nem todos os que passam por ela estão só a caminho do mais belo e conhecido parque nacional chileno. Longe disso.
Jaime Bórquez |
Cavalgada até monte Dorotea, de onde se vê Puerto Natales |
Há cruzeiros até as geleiras, cavalgadas pelos pampas, visita a fazendas de ovelhas, caminhadas, observação da natureza e dos hábitos dos baqueanos, os gaúchos da região, pesca esportiva, escalada em gelo, enfim, um leque de opções turísticas para todas as idades, contas bancárias e sensibilidades.
Até acaba de ser aberto o primeiro cinco-estrelas da cidade. E, o que é mais importante, os visitantes começam a descobrir que a a Patagônia chilena é interessante em todas as estações --cada uma tem sua graça.
No frio ou no calor
No verão, o sol quer aproveitar as férias e fica muito tempo distribuindo sua luz. Sai às 4h30 e cai, sem muita vontade, perto da meia-noite.
No outono, os carvalhos oferecem uma bela paisagem avermelhada. No inverno, some aquele vento inclemente --que, às vezes, nos impede de caminhar direito e pode até nos jogar ao chão--, e o sol fica preguiçoso: tempo especial para quem está em lua-de-mel. E, na primavera, fauna e flora se energizam.
A Patagônia chilena quebrou a sazonalidade, e as visitas entram e saem durante todo o ano.
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