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Vereador vota contra meia passagem e chama UNE de 'enganação'
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ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
DE SÃO PAULO
O vereador Carlos Bolsonaro (PP), 28, do Rio, puxou briga com uma parcela de estudantes.
A Câmara de Vereadores aprovou ontem uma lei que garante meia passagem no ônibus para universitários cotistas. O benefício se estende aos alunos do ProUni e àqueles inseridos em programas de cota.
Dos 45 políticos que votaram, Bolsonaro foi o único que deu sinal vermelho à proposta.
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Pelo projeto, o estudante que quiser desconto no ônibus precisa apresentar carteirinha da UNE junto com o comprovante de matrícula da faculdade.
Bolsonaro explicou seu voto ao Folhateen. "Por que não dar [o benefício] para todos os estudantes? E quem teve pai e mãe trabalhando a vida inteira para pagar curso particular?"
O político, que se diz "totalmente contra as cotas", defende que "todos têm que ser iguais perante a lei".
Ele aproveitou para descascar também a UNE.
Para Bolsonaro, a entidade está "cheia de profissionais disfarçados de estudante que, ao longo do ano, recolhem dinheiro público para lançar seus candidatos [em eleições]".
O presidente da UNE, Augusto Chagas, 27, rebateu. "O vereador deveria ter coragem de expor as verdadeiras razões para seu voto, que são defender o transporte privado, as empresas de ônibus que sabemos ter lucro em taxas superelevadas."
Ele lembra que, das grandes capitais, só Rio e Belo Horizonte ainda não tinham abraçado a política de meia passagem. "Num primeiro momento", afirma o líder estudantil, "nós comemoramos essa vitória, mesmo que a lei não beneficie todos ainda".
SÃO PAULO
Em São Paulo, o preço do ônibus pôs jovens em pé de guerra com um político: o prefeito Gilberto Kassab.
A internet está cheia de notas "fake" de R$ 3 com a cara do político, que defendeu o aumento da tarifa do ônibus para esse valor.
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