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Urbanização do Nordeste pauta artistas em mostra

Exposição no Centro Cultural São Paulo traz recorte da produção recente da região

SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO

No canto da sala, um rádio toca canções melosas e declarações de amor --direto do Recife. Um famoso bar da capital pernambucana também está remontado no espaço do Centro Cultural São Paulo.

Enquanto a obra de Bruno Faria sintoniza ao vivo uma das estações mais populares do Nordeste em São Paulo, Fernando Peres remonta aqui o Lesbian Bar, ponto célebre de "happenings" no Recife.

São, nas palavras de Faria, um "deslocamento poético" de uma região para outra.

Nesta que é a segunda leva do projeto "Metrô de Superfície", dos curadores Bitu Cassundé e Clarissa Diniz, está em pauta agora a urbanização acelerada da região e mudanças na paisagem das cidades nordestinas vistas pelos olhos de seus artistas.

Estão na mostra nomes que há certo tempo já não se restringem só ao Nordeste, mas que têm ali uma das forças motrizes de sua produção.

Lourival Cuquinha, por exemplo, começou no Recife e ganhou o mundo com uma série de intervenções em que estende varais cheios de roupas em espaços públicos.

Um iate clube abandonado em Maceió vira tema de uma série de fotografias de Jonathas de Andrade, que partiu do Nordeste para criar uma obra que desmonta as utopias modernas, injetando drama e sentimentos humanos em construções frias.

Direto ao ponto, Yuri Firmeza mostra duas fotografias dele mesmo em sua varanda em Fortaleza. Quando criança, não havia nada atrás. Na imagem recente, um paredão de prédios cobre o céu.


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