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Companhia explora memórias de casa abandonada em SP

Primeiro trabalho da Cia. Mamífera, 'Em Cômodos' discute conceitos ligados à performance e instalação

Espetáculo tem direção da atriz Bete Dorgam, expoente da linguagem do clown que recebeu prêmio Shell em 2011

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

À porta de um velho sobrado na Vila Mariana cujo jardim frontal expõe a atmosfera de um breve período de abandono, inicia-se o espetáculo itinerante "Em Cômodos", da Cia. Mamífera, em cartaz em São Paulo.

Um ator encontra a plateia ainda na calçada. Toca o primeiro, o segundo, o terceiro sinal apertando a campainha atrás do portão de ferro. Ainda do lado de fora da residência, os espectadores assistem a uma primeira cena, espécie de introdução em que um ator perdeu seu personagem e procura por ele explorando as folhagens do jardim.

Apenas dez espectadores percorrem o trajeto por vez. Passam de cômodo em cômodo, visitando instalações criadas em diálogo com a memória que o próprio espaço carrega. A criação do grupo explora os cantos, as escadarias, a garagem. Há cenas que se passam no quintal, mas que o público vê de um quarto, através da janela.

IMPROVISOS

Com leve tom surreal, este é o primeiro trabalho do jovem grupo, que se formou na escola Célia Helena no ano passado. A inexperiência acrescenta ao trabalho uma espécie de frescor punk, lapidado pela direção de uma veterana, Bete Dorgam, pesquisadora da linguagem do clown que venceu um prêmio Shell de melhor atriz em 2011.

As histórias criadas a partir de improvisos são fragmentadas, com alguns pontos de intersecção entre elas.

Além do ator em conflito com seu personagem perdido (mais tarde ele o encontra, na verdade) há um homem que ocupa uma garagem transformando objetos, um jovem com alma de velho, uma menina que precisa descobrir sua própria estrutura a partir da falta de um osso, uma mulher contando histórias sobre um velho vestido.

É um espetáculo repleto de imagens e jogos de luz. Sua concepção conta ainda com a colaboração de outra veterana, a artista plástica Anna Maria Maiolino.


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