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 37ª Mostra

Trilogia coreana da vingança é exibida hoje

Obras de Park Chan-wook, que entrelaçam família e violência, são mostradas na Faap

CESAR SOTO DE SÃO PAULO

Família é algo muito importante para Park Chan-wook, 50, um dos diretores responsáveis pela recente popularização do cinema coreano. Tanto que ele diz que seria capaz de realizar um plano semelhante ao do vilão de "Oldboy", deixando alguém preso por 15 anos, caso algo acontecesse aos seus entes queridos.

O longa de 2003, vencedor do prêmio do júri no Festival de Cannes, faz parte daquela que ficou conhecida como trilogia da vingança --composta por "Mr. Vingança" (2002), "Oldboy" e "Lady Vingança" (2005). Os três filmes serão exibidos hoje na Faap.

Além da desforra, há apenas um fator em comum às três obras. Os laços sanguíneos são as motivações das vinganças, tão determinantes que os filmes poderiam receber outro título: o de trilogia da família.

"Acho interessante trabalhar com esses sentimentos de vingança e ódio", afirma o diretor. "Não é algo esperado de alguém como eu, que teve uma boa educação, mas todo mundo tem esse lado. Às vezes eu também penso em me vingar de algumas pessoas."

A ideia da trilogia surgiu como uma brincadeira. "Após lançar Oldboy', a imprensa perguntou se eu já estava cheio de trabalhar com esse assunto tão difícil. Falei que, na verdade, seria uma trilogia, mesmo sem os planos para Lady Vingança'", ri.

"Além disso, os dois últimos filmes foram escolhidos para festivais e premiados ao redor do mundo, mas pouca gente viu Mr. Vingança' na época de seu lançamento", diz. "Então é uma boa forma de vender o filme."

Apesar dos personagens diferentes, alguns rostos se repetem na trilogia. É o caso de Choi Min-sik, protagonista de "Oldboy" e vilão de "Lady Vingança", e de Song Kang-ho, que trabalhou em quatro filmes do diretor.

"Gosto de trabalhar com os mesmos atores, porque já os conheço e me sinto mais confortável", afirma. "Através da repetição, acabamos nos tornando uma família."


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