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Monitoramento de redes sociais fica mais acessível

Sistemas simples que indicam o comportamento dos consumidores custam até R$ 1.000 por mês

DERLA CARDOSO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Monitorar o modo como os internautas interagem com as empresas nas redes sociais e o que eles dizem sobre as marcas pode fazer a diferença nos negócios.

A loja virtual de produtos para crianças e gestantes Tricae tem 18 meses de existência e mais de 3,5 milhões de visitas por mês. Desse total, mais de 40% é resultado das ações que a empresa faz nesses sites.

"Conseguimos saber quem clicou em uma publicação, quantas dessas pessoas visitaram o site e quem finalizou a compra", diz o cofundador Wilson Cimino, 28.

As promoções feitas na página são monitoradas a cada hora, segundo ele, para saber se precisam ser melhoradas.

Esse é um dos exemplos de como voltar a atenção para o Facebook e Twitter pode gerar retorno financeiro para proprietários de pequenos e médios negócios.

Para monitorar o comportamento dos consumidores nesse tipo de site, existem ferramentas gratuitas e também serviços acessíveis a pequenas empresas, que custam até cerca de R$ 1.000 por mês.

"É uma questão de custo-benefício. No primeiro momento, os empresários não têm dinheiro para fazer propaganda nas mídias tradicionais", afirma Eduardo Prange, sócio da Seekr, companhia de gestão e monitoramento de marcas.

É possível, segundo ele, começar a trabalhar da mesma maneira sem ter que contratar uma pessoa para fazer isso o dia inteiro. À medida que a receita crescer, pode-se pagar por ferramentas específicas ou agências (veja exemplos na página 10).

"Usar as próprias redes como o Facebook Pages é uma boa opção para quem está começando. Dá para gerenciar as performances das publicações sem pagar nada", indica Alessandro Lima presidente-executivo da E.life, companhia de análise de mídia.

MERGULHO

Para Rodrigo Arrigoni, sócio da R18, especializada em análise de mídia social, antes de tomar qualquer iniciativa é preciso pesquisar todas as informações relacionadas ao negócio, desde concorrentes até que tipo de internauta busca o serviço.

"Vale fazer um mergulho geral mesmo para saber como as pessoas falam sobre o assunto. Com as informações na mão dá para traçar os objetivos para saber como agir dentro das redes sociais."

Os alertas do Google, gratuitos, podem servir para fazer planejamentos.

A ferramenta envia por e-mail as publicações em blogs, sites de notícias e redes sociais Google+ e YouTube que citam o nome da companhia ou outras palavras buscadas.

"Todo mundo precisa dessa interação, pois é o caminho dos negócios no futuro. Quem está perdendo informações fica sem ganhar dinheiro", argumenta Renato Shirakashi, cofundador do Scup, companhia de monitoramento e métricas.

O Brasil tem empresas com expertise em gestão de redes sociais que oferecem ações para turbinar as marcas. A contratação de um serviço, porém, pode custar até R$ 9.000 por mês, de acordo com o grau de detalhes que se quer conhecer dos usuários --os mais caros são voltados a grandes empresas.

Uma das mais baratas para começar é o Scup, que oferece por R$ 200 mensais um mecanismo que monitora 17 redes sociais, analisa perfil de crescimento da marca e permite a classificação das mensagens.

Na prática, o empresário consegue configurar que tipo de notícia acha negativa ou positiva e o sistema aplica o critério sozinho. O resultado são relatórios gráficos sobre as opiniões do público sem que seja preciso pagar alguém para ficar o dia inteiro lendo cada citação.

O concorrente E.Life Buzzmonitor captura em tempo real até 2.500 posts de Facebook, Twitter e blogs e gera análise de dados por R$ 499 mensais.

Com um investimento inicial de R$ 600 por mês, o serviço Seekr Monitor trabalha com até 7.500 postagens em 30 redes sociais e gera 4.000 tipos de relatórios sobre diferentes caraterísticas dos internautas, como horários e dias mais frequentes em que eles falam sobre a empresa.

Uma novata do mercado é o Airstrip, da R18, que também tem classificações automáticas para um número ilimitado de mensagens em oito plataformas de relacionamento, além de blogs. O preço inicial é de R$ 990 mensais. O sistema deve ser lançado em um mês e meio.

ABUSO

A falta de bom senso no posicionamento da companhia na web pode ser prejudicial.

"Cuidado para não invadir a privacidade das pessoas. Uma coisa é alguém fazer uma pergunta aberta no Facebook querendo saber onde encontrar um chaveiro e você interferir. Outra é se meter no meio de um bate-papo de dois amigos sobre o assunto para oferecer o serviço", afirma Arrigoni, da R18.

Lima, da E.life, concorda que a exposição da marca precisa ter limites.

"É sempre bom lembrar que as pessoas não estão na rede para receber anúncio e sim para conversar com os colegas", diz.


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