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Olhar a frente
FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULOMesmo antes de os óculos computadorizados Google Glass chegarem às lojas ou de haver certezas sobre seu sucesso, a empresa Mega Sistemas, já possui um aplicativo pronto para ele.
Trata-se de uma versão do principal software desenvolvido pela empresa de Itu (interior de São Paulo) para controle financeiro. A partir dele é possível acompanhar os resultados financeiros de uma companhia nos óculos e, com a voz, pedir outras informações, explica Walmir Scaravelli, 51, sócio-fundador da empresa.
O aplicativo foi desenvolvido em parceria com a Geomob, que cria ferramentas baseadas em geolocalização, da qual Scaravelli é investidor. A Geomob também está desenvolvendo um aplicativo que vai mostrar informações de pontos turísticos por meio do aparelho.
O Bradesco também já lançou um app para o aparelho. O Google não divulga quantos aplicativos estão habilitados para a plataforma.
Scaravelli diz que a principal intenção ao desenvolver o aplicativo antecipadamente foi estar mais preparado para quando o aparelho chegar às lojas. Ainda não há definições sobre qual será o preço do sistema.
O projeto envolve risco. Lucas Longo, presidente da Iai?, desenvolvedora de aplicativos, diz que ainda não é possível saber qual será a popularidade dos óculos no futuro. Ele aposta que eles ficarão mais restritos a atividades específicas, como a policial.
Fernando de la Riva, presidente da consultoria especializada em tecnologia móvel Concrete Solutions, cita exemplos de outros produtos que foram posteriormente abandonados pela companhia americana. Entre eles o Google Wave (ferramenta anunciada em 2009 que prometia substituir o e-mail).
