Folha de S.Paulo

Outro Lado

Casas atribuem preços ao custo de produtos de qualidade

DE SÃO PAULO

Em resposta às críticas apontadas na reportagem, o restaurante Benihana disse que o trabalho de seus chefs no salão é uma das atrações da casa, "mas em nenhum momento eles [os chefs] se tornam mais importantes do que o preparo do prato."

"O Benihana Brasil investe muito na comida do restaurante. Seguimos o padrão da rede americana, prezando os melhores ingredientes."

Quanto aos preços, a casa diz que os pratos preparados na chapa são bem servidos e podem ser divididos por duas ou três pessoas e que o valor reflete o custo com ingredientes e preparo.

Já o restaurante Coco Bambu respondeu que a casa tem "excelente custo-benefício". "O prato camarões Coco Bambu serve bem quatro pessoas e custa R$ 108,90. Pode sair mais barato que comer um hambúrguer em São Paulo."

Sobre o tamanho, a casa disse que as porções grandes são um diferencial do lugar.

O rodízio Kappa e Kanashiro respondeu que já fez algumas alterações no seu cardápio. "Inserimos novos produtos, como os sushis trufados."

Os preços praticados, segundo a casa, são coerentes com os gastos. "Só o salmão, nossa principal matéria-prima, aumentou 80% de janeiro até agora, por causa da escassez e pela alta do dólar."

A casa de carnes BOS BBQ disse que seus preços estão de acordo com o mercado. "Desde o final do ano passado, não aumentamos os preços, embora tenhamos sentido o peso da inflação."

A casa disse ainda usar carne de gado angus e black angus, costelas de porco com garantia de origem e cordeiro da Nova Zelândia. "Em decorrência do alto tempo de cozimento [sete horas], as costelinhas são saborosas e se descolam facilmente do osso."

O Serafina respondeu que é conhecido por ter "ótimo custo-benefício", porque usa "os melhores ingredientes" e cobra um "preço bem justo". "Não achar graça no Serafina é uma visão particular."

Em resposta às críticas ao Paris 6, Isaac Azar, proprietário, disse ouvir e respeitar a opinião do público. "Temos mais de 200 mil seguidores entre Twitter, Facebook e Instagram." Para ele, as críticas da reportagem não "calam a opinião dos milhares que frequentam e admiram o Paris 6".

Procurado pela reportagem, o restaurante W não quis responder às críticas.