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Reclama, mas vai

80% dos paulistanos das classes A, B e C continuam a comer fora por lazer, mas maioria acha os preços altos, aponta Datafolha

DE SÃO PAULO

"Não deixo de ir por causa do preço. No máximo, mudo de restaurante. Sair para comer é um dos meus programas favoritos", diz Bianca Silvestri, 26. A empresária integra a maioria dos paulistanos que, segundo o Datafolha, não deixou de ir a restaurantes nos últimos seis meses.

Segundo a pesquisa, neste período, 80% dos moradores de São Paulo disseram que comiam fora de casa por lazer. Ante seis meses atrás, 64% continuam a ir com a mesma frequência, 21% diminuíram e 14% aumentaram.

Apesar de a maioria não ter abandonado o hábito, é quase consenso, entre os que saem, que os valores estão salgados: 29% avaliam como muito caros e 42% como caros. Para 26%, estão adequados --a taxa dos que dizem estar barato não chegou a 1%.

Nos últimos 12 meses, comer fora de casa ficou 10,3% mais caro. Já a inflação oficial acumulada, no mesmo período, está em 6,7%, de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Em abril, um dos ícones da alta e alvo da chiadeira de chefes foi o tomate, produto que subiu 19% naquele mês.

Segundo Sérgio Kuczynski, vice-presidente da Associação Nacional de Restaurantes e dono do Arábia, apesar de a frequência não ter diminuído tanto, quem vai tem consumido menos.

"Acho que os clientes têm escolhido restaurantes mais baratos ou estão sendo mais cuidadosos na hora de pedir. Se um cliente tomava duas caipirinhas, hoje toma uma", diz.

E continua: "Sabemos que os preços não evoluíram tanto quanto os custos. Mas não há espaço para aumen- tar mais. Por isso, há casas oferecendo opções mais baratas no cardápio".

PREÇOS E SEGURANÇA

Mas não é apenas o custo maior que pesou na decisão dos 21% que alegam ter deixado de sair tanto.

Empatados, os motivos, segundo o Datafolha, são falta de segurança (55% disseram que tal ponto teve muita influência na decisão) e preços elevados (54%), seguidos da falta de dinheiro (50%) e do trânsito (33%).

"Procuro não sair mais para jantar por questão de segurança. Eu e minha família preferimos almoçar", diz a bancária Ângela Kikuta, 25.


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