Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Família troca restaurante por almoço em casa

Os que ficam mais em casa listam como motivos preços e segurança

Quem continua a sair diz que, no máximo, muda o local, mas que comer fora é a melhor forma de se divertir

MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO

"Na quarta-feira eu já começava uma maratona a bares e restaurantes. Hoje, reduzi para três ou quatro saídas semanais", conta a bancária Ângela Kikuta, 25, ao falar dos preços altos.

Além dos valores, o medo de arrastões é outro motivo para a redução das saídas."Quando saímos, levamos apenas aparelhos celulares alugados, a carteira de motorista e o cartão", conta

A solução: a família decidiu se revezar na cozinha ou contratar um cozinheiro para almoços em casa. "Nós somos em 15 pessoas. Em um restaurante gastávamos R$ 1.200. Contratamos um sushiman por R$ 500 e ainda sobra dinheiro para o vinho."

A família Kikuta não está sozinha. De 80% dos moradores da capital paulista que frequentam restaurantes, 21% reduziram almoços e jantares fora de casa nos últimos seis meses.

Mesmo achando que São Paulo incentiva esse tipo de saída, a advogada Adriana Leal, 51, reduziu para uma vez a cada dez dias os jantares a lazer, apesar de almoçar fora de segunda a sexta. "Falta de segurança, preço alto e lei seca são três questões importantes para eu evitar saídas noturnas", conta.

Incomodado com o valor que gastava e com o fato de ter que deixar a bebida alcoólica de lado por causa da lei seca, o publicitário Carlos Acosta, 39, equipou a cozinha e passou a receber os amigos.

"Mesmo pensando em pratos elaborados se economiza de 35% a 40%. O trabalho que tenho depois do jantar não supera os problemas ao sair. E o convidado, que traz o vinho, também é beneficiado."

A empresária Bianca Silvestri, 26, faz parte da fatia que não mudou a frequência das visitas a restaurantes (64%). "Em São Paulo, com tantos lugares novos, sempre tem algum que quero conhecer."

Assim como 14% dos entrevistados, o bancário Felipe Smith, 30, aumentou a frequência com que sai. "Eu não deixo de ir por causa do preço, mas me informo antes para não cair em enrascadas."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página